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  3. Capítulo 831 - 831 Sopro do Maldito 831 Sopro do Maldito
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831: Sopro do Maldito 831: Sopro do Maldito “””
A escuridão cercava Asher.

Mas não era o tipo de escuridão que sufocava.

Não—isso era diferente.

Essa escuridão estava viva.

Pulsava, respirava e sussurrava enquanto se enrolava ao redor dele como um vasto e antigo oceano.

Ele estava sentado com as pernas cruzadas, imóvel como uma pedra, seu corpo envolvido por tentáculos de mana verde-escuro que giravam como serpentes em uma espiral eterna. Eles deslizavam pelo ar, ondulando com poder antigo, não corrompido ou vil—mas puro, refinado além da compreensão da criação mortal.

Essa mana não brilhava como energia radiante nem escurecia como mana demoníaca. Ela simplesmente existia. Livre, sem forma, intemporal.

E enquanto Asher a absorvia, ele entendeu por que Skully a chamava de divina. Ele ainda conseguia ouvir tudo o que estava acontecendo ao seu redor, apesar de estar profundamente em meditação.

Sua pele—o pouco que restava dela—brilhava na luz ambiente, revelando o contorno reluzente de seu esqueleto. Osso por osso, célula por célula, músculo por músculo—sua forma inteira estava se reconstruindo desde a base.

A mana não curava simplesmente.

Ela reformava.

Destruía o que era fraco, o que era mortal, o que era imperfeito… e substituía por algo mais. Seu corpo se torcia para dentro, não em dor, mas em uma estranha eufórica agonia—como um casulo rachando por dentro.

Suas veias pulsavam enquanto seu circuito de mana se esticava e se remodelava. O que antes era linear e imperfeito agora se curvava e ramificava como as raízes de uma antiga árvore mundial—cada caminho um canal para algo muito maior que mana ordinária.

Ele sentiu—seu núcleo se abrindo, se esticando mais do que nunca. O ar ao seu redor tremeu enquanto a mana respondia, vibrando com um zumbido baixo e profundo que ecoava pelas ruínas como o batimento cardíaco perdido de um deus antigo.

Isso era o que ele vinha faltando o tempo todo.

Não força… mas o caminho para ela.

E então, ele ouviu.

Aquela voz.

Aquele eco vazio e oco que ele aprendera a reconhecer.

Skully.

“Seu corpo lembra. Sua alma se agarra ao instinto. Mas o instinto deve ser afiado em vontade.”

As palavras ecoaram no ar sem emoção, sem inflexão. Como um sermão da própria morte.

Os pensamentos de Asher se agitaram. Suas sobrancelhas se franziram dentro do casulo de poder.

“O que estou faltando?” ele perguntou silenciosamente, não com os lábios—mas com sua vontade. Por algum motivo, Skully parecia capaz de ouvir seus pensamentos.

A voz de Skully ecoou em sua mente, “Você agora entende o que seu corpo realmente precisa. Mas entender não é dominar.”

Os tentáculos de mana ao redor de Asher tornaram-se selvagens, mais turbulentos. Seus ossos se quebraram e se reformaram novamente, os músculos engrossaram e se esticaram enquanto os circuitos dentro de seu corpo brilhavam com linhas verde-escuro, marcando a elevação de seu ser.

“Então diga-me o que devo dominar,” Asher exigiu interiormente.

Houve silêncio no início. Então—
“O mundo se alimenta de vida. Tudo o que vive consome outra coisa. Até os deuses. Até os condenados.”

Os olhos de Asher brilharam dentro da escuridão, sua respiração lenta e constante.

“Então o que eu consumo?” ele perguntou.

“O último suspiro da vida se desvanece com a morte… mas a alma, mesmo quando quebrada, deixa para trás ecos.”

Uma visão reluziu na mente de Asher.

Ele se viu no meio de um campo de batalha. Cadáveres por toda parte. Dezenas—não, centenas—de corpos espalhados pela terra encharcada de sangue.

Mas então ele viu—fagulhas de luz pálida subindo de cada inimigo caído. Tentáculos tênues de mana deixados para trás no rastro da morte. O último suspiro da alma agonizante… intocável, despercebido, desperdiçado.

Até agora.

Na visão, as fagulhas se curvaram em direção a Asher. Como mariposas rumo à chama, elas o buscaram, agarraram-se a ele… e desapareceram em seu núcleo.

Cada uma enviava um impulso de energia através de seus membros. Poder. Vida. Força. O próprio Hálito dos Condenados—tornando-se dele.

“Essa é sua natureza,” a voz de Skully ecoou mais uma vez. “Você não é do ciclo. Você foi forjado fora dele. E assim o mundo deve lhe dar… mesmo na morte.”

“Que poder é esse?” Asher perguntou, sua voz um sussurro em sua mente. No entanto, ele estava curioso para saber como Skully sabia de sua natureza, mesmo sabendo que sua pergunta provavelmente não seria respondida.

“O último suspiro de um homem carrega a escuridão de sua alma. Uma escuridão que apenas você pode consumir. O Hálito dos Condenados.”

Caiu um silêncio. Mas nesse silêncio, o núcleo de Asher se acendeu.

Um segundo pulso trovejou pelas ruínas.

Um brilho verde-escuro explodiu de seu peito. Os tentáculos de mana chicoteavam e se espalhavam como uma tempestade desencadeada. O chão tremeu. O ar se distorceu.

“Que diabos é isso?” Mesmo de longe, Rebecca, que já havia se curado e acordado, deu um salto alarmado ao ver o ciclone de energia rodopiando ao redor dele.

Valeria, em pé como uma sombra vigilante, estreitou os olhos.

Skully apenas inclinou levemente a cabeça, as chamas nas órbitas cobertas de magma piscando.

Dentro do redemoinho, os olhos de Asher ardiam com um verde radiativo e infernal. O ar ao seu redor distorcia-se. A escuridão tremia.

O Hálito dos Condenados agora fazia parte dele—um instinto renascido.

Ele fluía a cada inspiração, exalava a cada batida de seu coração.

E bem no fundo de sua alma, algo clicou.

[ Nova Habilidade Passiva Adquirida ]
Habilidade Passiva:
[ Hálito dos Condenados – Todo inimigo que cair por sua mão, toda alma que chorar em seu último suspiro agora irá alimentá-lo. Seu sofrimento. Sua morte. Sua libertação—serão sua salvação ]
Asher sentiu uma sensação de alívio e satisfação ao ver o que ele acabara de dominar.

Desde que despertou como um demônio, ele foi atormentado pelo fato de não conseguir absorver mana.

Mas agora ele não se importava mais de não poder absorver mana como outros podiam.

Por que se importar quando ele pode absorver daqueles que arderão em suas chamas condenadas?

Não muito longe,
Os olhos de Rebecca brilhavam com frustração e inveja enquanto ela observava Asher em pé no centro dos campos de treinamento, sua forma esquelética envolvida em tentáculos retorcidos de mana verde-escuro.

Ela podia sentir o poder opressor irradiando dele, intensificando-se dia após dia. Era como se o próprio ar ao redor dele tivesse se tornado pesado, saturado com força infernal.

Ela virou o olhar para Skully, parado ereto e imóvel nas proximidades.

Ele observava Asher silenciosamente, totalmente imóvel e sem emoção.

Ela tinha certeza agora de que Skully estava de alguma forma ensinando ou guiando Asher, já que, às vezes, ele ficava parado e encarava Asher por horas sem se mexer, não importava o que ela dissesse ou perguntasse.

Rebecca sentiu uma pontada de amargura no peito, cerrando os punhos até que seus nós dos dedos ficassem brancos. Quão mais forte Asher se tornaria antes de finalmente considerá-la inútil, apenas um fardo indigno de estar ao seu lado?

O pensamento acendeu uma fervorosa desesperação dentro dela. Sem mais hesitação, ela caminhou até Skully, seus passos pesados com determinação. Parando abruptamente diante de sua figura condenada, ela cruzou os braços, sua aura gélida esfriando o ar ao seu redor.

“Você,” ela começou abruptamente, levantando o queixo de forma desafiadora, “Já chega de ficar parada. Exijo que você me guie também. Mostre-me o caminho para ganhar mais força.”

Skully virou-se lentamente para encará-la, as chamas pálidas nas órbitas de seus olhos piscando curiosamente. “Guiá-la?” Sua voz ecoou com diversão, profunda e ressonante. “Você já possui poder formidável em relação à escala deste mundo. Você alcançou o verdadeiro ápice de seu potencial.”

Os olhos de Rebecca estreitaram perigosamente, sua voz carregando arrogância fria, “Apogeu? Não acredito que você disse isso depois que seu querido discípulo esmagou meu rosto bonito. Isso não pode ser meu apogeu enquanto Asher está ultrapassando todas as limitações, ficando mais forte sob sua orientação todos os dias, sem mencionar Valeria. Se você me ensinar, talvez,” ela fez uma pausa, o orgulho gotejando em sua voz, “talvez eu até permita que me torne sua nova discípula.”

Skully permaneceu indiferente ao dizer, “Sua ousadia é irrelevante. O caminho para você não se trata apenas de evoluir suas habilidades. Seu poder sobre gelo, sangue e até mesmo os sussurros da própria morte—não pode avançar sem fortalecer seu corpo físico também. E evoluir sua força inata neste estágio é quase impossível.”

Rebecca apertou a mandíbula, cerrando os dentes audivelmente enquanto a frustração borbulhava dentro dela. Seu olhar voltou para Asher, cujos ossos reluziam com poder recém-descoberto, a aura ao seu redor pulsando com potência assustadora. A distância entre eles estava aumentando, e a dolorosa verdade se retorcia como uma adaga em seu peito.

“Eu não me importo com probabilidades,” ela sussurrou entre dentes cerrados, virando-se novamente para encarar Skully. “Mesmo que a chance seja apenas uma em um milhão, como você fez parecer, eu vou arriscar. Já sobrevivi a chances impossíveis muito piores.”

Skully inclinou levemente a cabeça, sua voz soando ainda mais fria. “Você tem certeza? O fracasso significará uma morte excruciante—e mesmo que não, você sofrerá uma agonia além da sua compreensão.”

Rebecca hesitou momentaneamente, sua bravata gélida vacilando. Mas ao se lembrar do mundo acima dela—a paisagem sombria e destruída de Zalthor, sua casa à beira da destruição nas mãos dos humanos implacáveis—sua determinação endureceu em uma certeza congelada. Seus olhos, brilhando vermelho-escuro e feroz, encararam os de Skully sem hesitação.

Um sorriso frio curvou seus lábios enquanto ela endireitava o corpo, sua voz carregando convicção gélida. “A primeira lição que aprendi neste mundo miserável foi que sem força, eu não valho nada. A dor? A dor foi minha professora. Ela me moldou, me forjou de uma criatura frágil em algo capaz de sobreviver a tudo que este mundo jogou contra mim.”

Sua voz caiu para um sussurro, crua e sincera. “Os humanos irão destruir tudo o que eu já conheci—tudo o que ainda me importa—se eu permanecer fraca. Se isso significa suportar uma agonia inimaginável, então aceitarei de bom grado.”

Um silêncio tenso pairou entre eles. Finalmente, a voz de Skully ecoou como uma profecia sombria.

“Muito bem. Vamos começar.”

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