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  3. Capítulo 828 - 828 A Filha que Acreditou 828 A Filha que Acreditou A sala
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828: A Filha que Acreditou 828: A Filha que Acreditou A sala estava imersa em silêncio.

Não do tipo que acalma.

Mas do tipo que sufoca.

Isola estava sentada diante de Rowena, suas mãos entrelaçadas em seu colo, seus olhos geralmente cativantes opacos com uma culpa silenciosa. Seu coração estava pesado—não por si mesma, mas por ela.

Por Rowena.

Pela mulher que sempre se portou como uma tempestade inabalável, implacável e majestosa, que agora estava sentada sob a luz sombria do fogo, sua forma imóvel, seu olhar fixo na escuridão além da varanda.

Ela havia insistido em ver aquelas memórias.

E agora ela as havia visto.

A verdade.

A crueldade.

O sofrimento.

E o pior de tudo…

O pai que ela amava estava lá, sem fazer nada.

Isola engoliu em seco, lutando com o peso de sua própria escolha.

Ela não queria fazer isso.

Rowena estava esperando um filho, uma vida ainda não nascida, um símbolo de esperança em um mundo ainda lutando para se levantar das cinzas da guerra. Ela havia implorado para que esperasse, para não se sobrecarregar com isso agora.

Mas Rowena insistiu.

E Rowena nunca implorava.

Então Isola atendeu seu desejo, sabendo que isso a despedaçaria. Ela sabia que Asher não teria revelado isso a ela agora se ele soubesse.

Mas infelizmente, eles tinham um entendimento silencioso de que não o distraíriam com outros assuntos… não em sua situação.

Se ele soubesse que tinha um filho prestes a nascer, seu coração não estaria totalmente comprometido com o treinamento infernal que estava passando.

E agora, enquanto olhava para o rosto de Rowena—ainda inexpressivo, ainda composto—ela se perguntou se havia feito a coisa certa.

Seus dedos se curvaram em suas palmas.

Ela odiava isso.

Ela odiava ver Rowena assim.

Ela a tinha visto sangrar, a tinha visto quebrar, a tinha visto lutar e arranhar seu caminho para fora do desespero com nada além de pura força de vontade.

Mas isso era diferente.

Isso não era uma ferida que poderia ser costurada novamente.

Isso não era uma batalha que poderia ser vencida com aço e fogo.

Isso era luto.

Um luto que Rowena nunca esperava suportar.

E este foi um dos raros momentos em que Isola não sabia o que dizer.

Mas finalmente Rowena falou.

Sua voz, embora calma, carregava um peso que Isola nunca havia ouvido antes.

“Eu não sabia…”
Isola apertou a mandíbula, mas não disse nada.

Ela podia ver os pensamentos se desenrolando na mente de Rowena—o jeito como seus dedos se moviam ligeiramente contra o vestido, o jeito como seus lábios se juntavam um pouco demais, o jeito como mantinha a postura composta mesmo quando seu mundo inteiro havia se despedaçado sob ela.

Ela estava quebrando.

Mas ela não permitiria que isso transparecesse.

Rowena sempre foi assim.

Ela sempre carregou tudo sozinha.

E pela primeira vez, Isola a odiou por isso.

Ela queria sacudi-la.

Dizer que estava tudo bem em sofrer. Gritar. Sentir.

Mas ela sabia que Rowena não faria isso.

Então, em vez disso, ela falou suavemente.

“Rowena,” Isola disse, cuidadosamente, “você não precisa carregar isso sozinha.”

Rowena exalou lentamente, voltando seu olhar para a janela.

“Meu pai… ele algum dia amou nosso reino?”

Isola hesitou.

A resposta era óbvia.

Mas dizê-la em voz alta parecia cruel.

Finalmente, ela se decidiu, “Talvez da maneira que um tirano ama seu poder.”

A expressão de Rowena não mudou.

Mas algo em seus olhos mudou.

“Por ele mesmo,” ela disse, mais para si mesma do que para Isola.

Ela olhou para suas mãos, olhando para elas como se esperasse que estivessem manchadas com algo invisível.

“Eu pensei que ele governava com sabedoria. Que ele protegia nosso povo com força. Que ele era… justo como meu antepassado, o Devorador. Eu pensei que ele sustentava as ideias e valores de Raziel mais do que qualquer um dos meus antepassados. Mas, em vez disso, ele o desonrou… desonrou sua própria família e seu povo.”

Sua voz ainda estava calma.

Ainda composta.

Mas Isola podia ouvi-lo.

A quebra sob a superfície.

A devastação silenciosa.

Rowena inalou bruscamente, pressionando uma mão em seu estômago como se se firmasse.

Pelo filho.

Pelo futuro.

Ela não podia se desmanchar agora.

Ela não iria.

Porque se ela o fizesse—então o que restaria?

Ela fechou os olhos.

Então, com a mesma voz fria e medida que ela sempre usava, ela disse, “Passei toda a minha vida acreditando em uma mentira. Talvez minha mãe também tenha acreditado e pagou por isso com sua vida.”

E o coração de Isola doeu.

Porque Rowena não estava errada.

E ela não podia dizer o contrário.

Então ela simplesmente disse, “Você acreditou no seu pai.”

Rowena deu um olhar amargo, seus olhos vazios, “E isso me torna uma tola.”

“Não,” Isola disse firmemente. “Isso te faz a filha dele.”

Rowena ficou em silêncio.

Então, após uma longa pausa, ela sussurrou, “Então por que parece que eu falhei? Minha mãe… Eu ainda falhei em protegê-la.”

Isola balançou a cabeça com convicção, “Você não pode dizer isso por algo que nem foi sua culpa.”

Rowena balançou a cabeça suavemente, “Você pode estar certa. Eu era uma criança, e eu não podia saber melhor. Mas e depois, quando eu me tornei rainha? Eu deixei este reino apodrecer por dentro,” ela murmurou, “Eu me chamava de rainha, mas eu era cega para os horrores sob meus pés, especialmente aqueles que cometiam os ditos horrores. Talvez eu soubesse o tipo de pessoas que eram, mas eu tinha medo… medo de que tinha que mantê-los como um mal necessário para o bem do reino. Mas eu estava errada.”

Isola continuou balançando a cabeça enquanto dizia, “Se você realmente tivesse medo, hesitaria em dar o exemplo matando sua tia. Isso mostra que você é implacável com aqueles que tentam ferir seu reino ou seu povo e que você não faz concessões. Quanto aos horrores cometidos por aquelas pessoas… você não agiu porque eles habilmente esconderam de você e tinham a ajuda de poderosos inimigos de fora do nosso reino. Você é apenas uma pessoa. Você não pode magicamente conhecer a verdadeira natureza de todos ou as coisas que fazem pelas suas costas.”

Rowena exalou pelo nariz enquanto escutava silenciosamente Isola.

No entanto, Isola acrescentou,
“E Asher?”

O apertar de Isola se intensificou ligeiramente em torno da mão de Rowena.

“Ele nunca quis que você carregasse esse fardo. Ele só te contou porque não tinha outra escolha para te fazer entender porque ele mentiu tanto.”

Os olhos de Rowena cintilaram e olharam para suas mãos unidas.

Então, finalmente, ela disse, “Então é ainda mais razão para que eu deva. Eu não posso deixar que ele carregue mais fardos por minha causa.”

Isola sorriu suavemente enquanto dizia, “Você está certa. Não podemos deixá-lo fazer isso.”

O olhar de Rowena suavizou enquanto olhava para Isola e assentia suavemente.

—
Outra semana passou,
O pátio interno do castelo estava banhado na suave luz do crepúsculo, o céu carmesim refletindo seus tons quentes sobre as delicadas flores que floresciam apesar da queda do reino. O ar carregava uma brisa suave, farfalhando as folhas, sussurrando segredos que só o vento conhecia.

Entre a cena tranquila, uma figura vibrante girava, seus longos cabelos de rubi trançados acariciando o chão ao girar num deleite jubiloso, segurando uma carta vermelha escura firmemente contra seu peito.

Os olhos de rubi de Silvia brilhavam com calor enquanto ela soltava um hummm de alegria, seus pés mal tocando o chão enquanto se banhava nas emoções que inundavam seu coração.

“Marido ama Silvia tanto que envia cartas apesar de estar em um lugar tão ruim. Silvia vai guardar essas cartas para sempre!”

Sua voz era uma melodia de pura felicidade, um contraste gritante com a turbulência que havia agarrado seu coração e ainda agarra.

Mas este momento proporcionava alívio daquela turbulência, mesmo que possa ser passageiro.

A apenas alguns metros de distância, Merina estava ajoelhada no canteiro de flores do pátio, seus dedos esguios cuidando delicadamente das violetas e rosas de sangue que Silvia havia pedido para plantar. Ela fez uma pausa por um momento, afastando seu sedoso cabelo preto e inclinando a cabeça em direção a Silvia com um sorriso suave e caloroso.

Ver Silvia tão feliz era como assistir a um raro e precioso momento de inocência em um mundo cheio de sombras.

Ele estava bem.

Isso era tudo o que importava.

Ela também os recebeu.

As cartas eram mais do que simples tinta no pergaminho; carregavam sua presença, seu calor, sua promessa silenciosa de que não as havia esquecido, apesar de onde estava.

Merina lembrou-se das palavras que seu mestre escreveu para ela brevemente, fechando os olhos.

A maneira como ele a fazia se sentir amada através das palavras era tudo o que ela precisava para continuar.

Enquanto ela levantava o olhar, outra voz se uniu—sedutora, provocante, mas igualmente satisfeita.

“Você está certa. Pelo menos ele não esqueceu de nós, apesar de estar preso em um inferno.”

A voz de Sabina era suave como seda enquanto se aproximava, seus longos cabelos prateados dançando ao vento, seus passos lentos e deliberados, um sorriso sedutor brincando em seus lábios.

Ela girou sua carta entre os dedos antes de pressioná-la contra os lábios, beijando o pergaminho com uma risada astuta.

“Mas eu não posso descansar tranquila até poder provar seu sangue quente e sentir seu grosso pau alienígena preenchendo meus buracos,” ela acrescentou, sua voz pingando com uma fome sensual enquanto passava a língua provocantemente pelos lábios.

Silvia, que ainda estava imersa em sua felicidade sonhadora, de repente tropeçou em seu giro, suas bochechas corando enquanto soltava um suspiro exasperado.

Ela fez beicinho enquanto se virava para Sabina, seus olhos estreitando ligeiramente.

“Você o ama por seu coração ou por seu… p-pequeno dragão?”

As duas últimas palavras saíram de seus lábios em um sussurro, como se dizê-las em voz alta convidaria o julgamento dos próprios demônios.

Sabina parou em sua pista. E então—
Ela soltou uma risada rica e divertida, balançando a cabeça enquanto colocava a mão no quadril,
“Fufuu, quando uma esposa amorosa como eu é privada do doce amor de seu marido por tanto tempo, obviamente, você começa a desejar mais do que apenas seu coração. Você deve desejar isso também, certo? Eu ainda me lembro de você me atacando como uma cadela no cio por seu ‘pequeno dragão’, sua garota travessa.”

Silvia engoliu em seco enquanto evitava o olhar de Sabina.

Seu sorriso se alargou enquanto ela se inclinava ligeiramente em direção a Silvia, sua voz abaixando-se em um sussurro provocante,
“Mesmo se você fingir que não, tenho certeza de que você entenderá isso à medida que se tornar mais madura, minha pequena Silvia.”

Ela brincou carinhosamente com a cabeça de Silvia antes de se afastar, cantando com diversão.

O rosto de Silvia ficou ainda mais vermelho, seu corpo enrijecendo enquanto ela cerrava os punhos.

“Silvia não é pequena!” ela bufou, batendo o pé, “Silvia é quase três vezes mais velha que seu marido! Silvia seria considerada sua avó se ela e ele fossem humanos.”

A risada de Sabina apenas cresceu enquanto ela olhava por cima do ombro, cobrindo os lábios com a mão.

“Fufufu~ Minha culpa, Vovó Silvia.”

A boca de Silvia se abriu em pura indignação, seu rosto inteiro queimando de vergonha.

“Sabinaaaa! Sua malvada!” ela choramingou, correndo atrás dela enquanto a figura sedutora a evitava com facilidade e uma risada.

Merina as observava, diversão cintilando em seus olhos azuis escuros enquanto balançava a cabeça.

Ela sabia que Sabina estava tentando fazer Silvia voltar ao normal depois de se afogar em dor e desespero por tantos dias, especialmente depois de perder ambos os pais de maneiras diferentes e dolorosas.

Felizmente, as cartas de Asher e o cuidado de Sabina foram suficientes para fazê-la sorrir novamente.

Mas enquanto ela soltava uma risada suave, seu olhar lentamente se voltou para o céu escurecendo.

E seu sorriso desapareceu.

Por mais que a visão da felicidade delas aquecesse seu coração, ela não podia deixar de pensar em… ela.

Em Ceti.

E em suas interações com Kookus e elas como uma família.

Ela ainda se lembrava do jeito que Ceti brincava com Kookus, como ela agia durona, mas secretamente se importava com ele.

Ela lembrava-se dos pequenos momentos—o calor nos olhos de Ceti sempre que ela olhava para aqueles de quem cuidava.

Mas agora—
Sua filha não estava mais com ela, mesmo que ela tivesse ganhado outra.

Ainda a corroía que ela não podia nem mesmo dizer palavras de despedida para Ceti.

Ela nem mesmo teve a chance de viver a vida que merecia.

Seu peito doía, e seus olhos se tornavam úmidos, mesmo que ela dissesse a si mesma para se manter forte.

Então ela fez a única coisa que podia.

Ela fechou os olhos e rezou.

Rezou para que Ceti estivesse em um lugar melhor e mais feliz, se tal lugar existisse nos Sete Infernos.

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