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  3. Capítulo 821 - 821 Apenas Um Sentimento 821 Apenas Um Sentimento O Tribunal
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821: Apenas Um Sentimento 821: Apenas Um Sentimento O Tribunal, não muito longe da Torre do Infinito, apareceu acima deles como uma fortaleza inquebrável, sua grandiosa arquitetura misturando a majestade do mundo da Terra com a modernidade implacável de Marte.

Dentro, o ar estava carregado de tensão. As paredes, revestidas com intrincados entalhes de aço sobre justiça e equilíbrio, eram testemunhas silenciosas do destino daqueles que passavam por seus corredores.

Fileiras de guardas da WHA estavam em posição de sentido, suas armas prontas, suas expressões frias.

E no meio de tudo isso, Arthur estava em sua regalia completa de Caçador.

Seu dourado brilhava sob as luzes artificiais, a capa branca imaculada ondulando atrás dele enquanto ele conduzia seus prisioneiros à frente.

Grace. Amélia. Yui. Remy.

Cada um deles algemado com algemas que restringiam mana, seus rostos ilegíveis.

Arthur podia sentir os olhos de todos no salão perfurando ele e os “prisioneiros”.

Amélia, Remy e Grace podiam sentir os olhares zombeteiros e desdenhosos sobre eles, especialmente porque vinham de famílias da Elite.

O coração de Yui batia forte, mas ela obrigou-se a permanecer forte e corajosa. Ela tinha plena fé na crença de Grace de que o Juiz não era um homem mau.

No entanto, ela ainda estava ansiosa sobre o que o futuro reservava para elas.

Ele forçou-se a continuar andando, ignorando a incerteza corroendo dentro dele.

O Juiz sentava-se em um assento elevado de autoridade, supervisionando os procedimentos da corte com uma presença tranquila e inabalável.

O homem parecia frágil—velho e delicado, sua pele enrugada contando a história de quase um século de vida. No entanto, no momento em que os olhos de Arthur se encontraram com os dele, ele sentiu.

Um peso inegável.

Este não era um homem velho comum, e encontrá-lo pela segunda vez apenas selou isso.

Os olhos escuros e aguçados do Juiz continham um intelecto e um poder que Arthur não podia definir, mas que o deixava cauteloso. Sua presença sozinha comandava a sala com um ar de neutralidade absoluta.

Ele era um Caçador aposentado, mas dizia-se que era o homem mais conhecedor e poderoso vivo.

Não era surpreendente ouvir de Grace que o Juiz ainda comandava certa autoridade na WHA apesar do domínio de Derek sobre ela.

O coração de Arthur martelava em seu peito.

Será que ele realmente faria justiça?

Ou Derek já tinha envenenado seu veredicto?

Com uma respiração medida, ele se inclinou ligeiramente e declarou, “Meritíssimo, apresento perante você quatro cultistas capturados, presos por sua associação com o culto chamado Convenção dos Malditos. Eles foram considerados culpados de conspirar contra a WHA e ajudar na destruição da Torre Nexus.”

Sussurros fervorosos percorreram a sala com suas palavras.

Todos sabiam sobre o atentado à Torre Nexus. Tinha sido um dos maiores ataques na história de Marte.

O Juiz estudou os quatro prisioneiros antes de olhar para os membros do conselho sentados ao lado dele.

Sentados ao lado dele estavam Max Thorn e Evelyn St. Clair, ambos membros do conselho. O único outro membro do conselho que parecia não estar presente era Albert Hart.

Max Thorn, parecendo estar em seus sessenta e poucos anos, com um físico musculoso e uma postura militar, olhava para Arthur com um sorriso perturbador, fazendo Arthur se sentir desconfortável e sentir que havia algo de muito errado com ele.

No entanto, a velha senhora com cabelo prateado amarrado sentada ao lado do Juiz e vestida em seu terno impecável e com aparência autoritária deu-lhe um olhar impressionado.

Max limpou a garganta e perguntou em um tom cético, “Príncipe Estelar, dado que esses indivíduos têm claros vínculos com atividades criminosas, por que eles não foram executados no local? Isso teria sido o procedimento padrão.”

Arthur lutou contra o impulso de cerrar os punhos.

Ele já esperava isso.

Havia aqueles que queriam que eles morressem imediatamente.

“Eles merecem um julgamento justo,” respondeu Arthur firmemente. “A execução sem devido processo contradiz tudo o que a WHA representa. Se abandonarmos a justiça, nos tornamos tão ruins quanto os demônios que combatemos.”

Max clicou a língua em aborrecimento, mas antes que pudesse dizer algo, Evelyn deu um aceno de aprovação, “O jovem está certo. A justiça não deve ser abandonada, não importa quem estamos lidando.”

Max estreitou os olhos com desagrado, mas não disse mais nada.

O Juiz finalmente falou, sua voz sendo um peso lento e deliberado contra a sala.

“Entendo. Que os acusados avancem.”

Grace, Amélia, Yui e Remy foram escoltados à frente pelos guardas.

Arthur orou para que ele julgasse com justiça.

Ele havia feito tudo que podia para ganhar tempo para eles, mas se o Juiz estava do lado de Derek, sua sentença seria selada em sangue.

“Algum de vocês deseja contestar as acusações?” O Juiz perguntou.

Um silêncio pesado se seguiu.

Arthur sentiu um suor frio em suas costas.

Mas então, Grace avançou, sorrindo levemente.

“Não, Meritíssimo. Não tenho nada a dizer em minha defesa,” ela disse, sua voz impregnada de divertimento. “Exceto que a WHA deveria aprender a construir torres melhores.”

Arthur mal conteve um gemido.

Ele desejou poder chamar a atenção dela para ter cuidado.

Amélia sabia que não era hora de se sentir divertida, mas achou difícil suprimir um sorriso.

Os guardas eriçaram-se, as mãos apertando as armas.

O Juiz, no entanto, não mostrou reação.

Em vez disso, ele se voltou para Arthur.

“Você acredita que eles deveriam ser executados, Arthur?” ele perguntou, seu olhar afiado perfurante.

Arthur hesitou.

Uma pergunta perigosa.

Perigosa demais.

A resposta errada poderia significar o fim de tudo. Derek também poderia estar assistindo isso de longe.

Finalmente, ele balançou a cabeça. “Não estou qualificado para decidir isso, Meritíssimo. Mas devo acrescentar que ainda não investigamos a verdadeira profundidade de seus crimes. A morte não deve ser dada levianamente. Que a justiça decida seu destino, não a vingança.”

Os lábios do Juiz pressionaram-se em uma linha fina.

Então, ele assentiu.

“Então a justiça será feita.”

A respiração de Arthur parou.

Seria isso?

Ele—
“Os acusados serão condenados a prisão indefinidamente até que uma investigação mais aprofundada de seus crimes aconteça.”

Um murmúrio coletivo se espalhou pelo salão.

Arthur exalou lentamente, o alívio tomando conta dele.

Não era liberdade, mas era vida.

Ele estava feliz em saber que o Juiz tinha mais autoridade do que ele pensava, a ponto de Derek nem sequer parecer se importar em manipular essa reviravolta dos eventos.

Mas já que o Juiz não estava abertamente indo contra Derek, então só poderia significar que Derek era muito mais aterrorizante para ser derrubado.

Os guardas avançaram para escoltar Grace e os outros para longe.

Antes de ser levada, Grace virou a cabeça ligeiramente, apenas o suficiente para encontrar o olhar de Arthur.

E ela deu um olhar de compreensão, dizendo-lhe que ele se saiu bem e para não se preocupar.

No entanto, quando as pesadas portas da sala do tribunal se fecharam atrás dele, a armadura dourada de Arthur parecia mais pesada do que nunca.

No momento em que pisou no grande corredor, seus passos vacilaram.

Porque esperando do lado de fora, com os braços cruzados, estava o próprio Derek.

O homem que orquestrou tudo.

O maxilar de Arthur se apertou.

O sorriso habitual caloroso e paternal de Derek não estava em lugar nenhum. Seu olhar era calculista, frio.

Mas então ele sorriu suavemente,
“Foi um grande risco, mas foi impressionante que você nos ajudou a finalmente capturar o culto mais evasivo. Estou surpreso que você não tenha matado nenhum deles,” Derek finalmente disse, sua voz profunda ressoando pelo ar.

Arthur respirou lentamente antes de encontrar seu olhar. “Segui o protocolo. Eles se renderam no momento em que souberam que estávamos cercando-os. Eles devem amar suas vidas mais do que pensávamos.”

A mão de Derek pousou levemente no ombro de Arthur, um gesto familiar, quase paternal.

“Claro que amam. No entanto, você fez um excelente trabalho,” Derek disse, sua voz suave, seu sorriso inabalável. “Você conseguiu algo que muitos falharam em fazer.”

Arthur forçou-se a assentir, seus lábios se curvando em algo que parecia gratidão—mas por dentro, seu sangue fervia.

Como ele podia ficar ali, frente a frente com o próprio homem que orquestrou tantos horrores?

O homem que destruiu sua família.

O homem que manipulou sua vida, moldando-a como um escultor molda o barro.

Arthur pensava ser um caçador de demônios, mas agora percebeu—ele estava caçando os monstros errados.

E o pior?

Derek ainda estava sorrindo.

Aquele mesmo sorriso maldito.

Como se estivesse orgulhoso de Arthur. Como se ainda o visse como seu peão.

Arthur inalou fortemente pelo nariz, forçando sua raiva a permanecer enterrada sob uma fachada cuidadosamente elaborada. Ele tinha que jogar o jogo—pelo menos por enquanto.

Mas em meio a todos seus pensamentos, um nome emergiu.

Anna.

Apesar do que ela fez, ele precisava saber se ela ainda estava bem.

Porque no final… ela era uma vítima indefesa, forçada a se tornar um monstro por este homem.

“Eu queria perguntar… posso ver o Ceifador Trovejante?” Arthur disse, mantendo seu tom firme, mascarando a tensão que se enrolava em seu estômago.

As sobrancelhas de Derek levantaram-se ligeiramente, mas sua expressão permaneceu neutra.

“Oh?” ele murmurou, como se considerando. “Por quê?”

Arthur exalou, fingindo hesitação antes de cerrar os punhos e falar, “Quero ver se consigo fazê-la me dizer por que ela fez isso. Para quem ela estava trabalhando. Ela matou tantas pessoas inocentes, e ainda assim… não posso deixar de pensar que eu também sou culpado.”

Sua voz vacilou apenas o suficiente—apenas o suficiente para torná-la convincente.

Derek suspirou, como se o peso da liderança estivesse de repente pressionando sobre seus ombros.

“Certo,” ele disse com um aceno relutante. “Entendo como você deve estar se sentindo.”

Arthur permaneceu imóvel, esperando.

Derek continuou, “Você pode ir vê-la em sua cela de detenção. Mas duvido que ela lhe diga algo útil. Sua mente tem mecanismos de proteção que nos impediram de descobrir para quem ela servia. Não é surpresa, considerando que ela é um demônio de Força da Mente poderoso… além de ser rápida.”

Os dedos de Arthur se curvaram atrás de suas costas. Mecanismos de proteção? Ou ele quis dizer que brincaram com a mente dela por todos esses anos? Mesmo agora?

Será que ela ainda estava inteira?

Ele forçou um sorriso apertado, “Obrigado, Tio Derek. Não tomarei mais seu tempo.”

Virando-se sobre os calcanhares, Arthur se afastou.

Cada passo parecia mais pesado que o anterior.

Havia algum alívio no fato de que Anna ainda estava viva… mas ao mesmo tempo, um desconforto se apoderou de seu peito.

Por que eles estavam mantendo ela viva?

O que estavam fazendo com ela?

O sorriso de Derek desapareceu lentamente enquanto ele observava a figura de Arthur desaparecer pelo corredor.

O dispositivo em seu pulso vibrou. Uma chamada.

Ele pressionou um botão, inserindo um fone de ouvido em sua orelha.

“Albert?”

Uma voz profunda e mecânica respondeu do outro lado,
“Então… ele sabe?”

O olho de Derek estreitou-se ligeiramente, embora seu tom permanecesse casual. “Claro que ele sabe de algo. O fato de que ele os encontrou tão rapidamente deixa óbvio que eles o procuraram.”

Um breve silêncio. Então—
“Então você acha que devemos apenas esperar e assistir?” Albert perguntou, sua voz fria e calculista. “É uma pena que não possamos instalar o dispositivo M.A.M em Arthur ainda.”

Derek exalou pelo nariz, seus dedos batendo levemente contra seu antebraço.

“É,” ele admitiu. “Mas sempre soubemos que isso era um jogo arriscado. Tentar controlá-lo à força não nos ajudará a conseguir o que queremos. Tem que acontecer naturalmente. Se pressionarmos demais, podemos perder tudo pelo que trabalhamos.”

Albert ficou em silêncio por um momento antes de dizer, “Mesmo que ele saiba de tudo, ele não pode fazer nada sozinho. Só temos que esperar até que seja o momento certo.”

Os lábios de Derek curvaram-se ligeiramente, mas seu olho permaneceu afiado.

“Exatamente. Aquele dia em Nova Iorque, onde ele quase morreu… isso prova que estamos perto.”

A voz de Albert resmungou baixinho pelo fone de ouvido. “E se ele lutar precocemente?”

A expressão de Derek escureceu. “Então nós lidaremos com ele como lidamos com sua mãe. Não podemos lidar com ele como lidamos com o pai dele. De qualquer forma, podemos usá-la como Plano B se isso acontecer.”

Uma risada suave de Albert.

“Então esperaremos. Mas o Juiz parece estar protegendo os cultistas da Convenção dos Malditos. O que você tem a dizer sobre isso?”

Derek estreitou o olhar enquanto dizia, “Nada. Não importa o que o Juiz esteja planejando, mas não podemos nos dar ao luxo de perder tempo lidando com ele agora. Não será fácil nos livrarmos dele no momento. Vamos lidar com ele depois que as coisas estiverem prontas. Mas enquanto isso, talvez o Trazedor do Inferno saia do esconderijo para resgatar seus servos. Ele parece ter uma afeição incomum por eles. Qualquer outro demônio os teria matado para se livrar de pontas soltas.”

“Essa é uma observação apropriada. Ele é um demônio bastante interessante e peculiar. Não devemos analisá-lo como um demônio convencional. Mas por que você ainda parece preocupado com ele? Ele não tem mais um reino ou quaisquer recursos para fazer algo contra nós,” Albert disse com um tom de confiança em sua voz profunda.

O olho radiante azul de Derek brilhou com uma luz de incerteza, “Tenho a sensação de que temos que nos preocupar com ele até que esteja morto.”

“É essa ‘voz’ que está fazendo você sentir isso?”

“Apenas uma sensação,” respondeu Derek casualmente.

“Hmm, não faria mal não ignorar esse sentimento. Vamos discutir depois.”

Derek encerrou a chamada, seu olhar se voltando para as portas por onde Arthur havia desaparecido.

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