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  3. Capítulo 802 - 802 A Primeira Torre 802 A Primeira Torre O Continente
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802: A Primeira Torre 802: A Primeira Torre O Continente Rhogart, lar de todos os clãs de lobisomens, era vasto e selvagem, estendendo-se além do que o olho podia ver, mas cada lobisomem, não importa quão distante, obedecia a uma regra — a regra do Guardião da Lua.

E agora, todos os chefes e todos os guerreiros renomados dos incontáveis clãs de lobisomens haviam se reunido nas Terras Altas da Sombra da Lua, o coração do Clã União Lunar, o clã mais poderoso entre todos eles.

Apesar de cobrir apenas um quinto do continente e ter o menor número de membros, o poder do Clã União Lunar se estendia por toda a terra, sua influência era absoluta.

Ninguém ousava contrariar a regra do ser mais poderoso do mundo.

O sol carmesim pairava alto, sua luz lançando um brilho avermelhado sobre os lobisomens reunidos.

Dezenas de milhares deles sentavam em perfeita imobilidade, com as pernas cruzadas na posição de lótus, formando um anel ininterrupto ao redor da torre de aparência comum que se erguia no centro das terras altas.

Mas, embora a torre parecesse simples, o solo abaixo dela pulsava com um poder antigo, inegável.

Linhas de mana carmesim fluíam da torre, estendendo-se em todas as direções, entrelaçando-se entre os milhares de lobisomens reunidos, cujos corpos cintilavam com um brilho escuro enquanto as linhas de mana os conectavam todos.

A própria terra zumbia com um poder bruto, desenfreado, um pulso sagrado que ligava todos os lobisomens aqui a algo muito maior do que eles mesmos.

De repente, um raio de trovão vermelho sangue rasgou os céus, rasgando o ar com um rugido ensurdecedor.

Um relâmpago passou zumbindo pelos lobisomens, enviando poeira e faíscas em todas as direções.

De dentro do redemoinho de energia vermelho-sangue, emergiu uma figura alta — uma beleza régia com cabelos de prata branca que ondulavam ao seu redor como seda fluindo.

Sua pele vermelha impecável cintilava no crepúsculo, e sua forma tonificada e poderosa irradiava dominância, cada movimento carregando o peso do próprio trovão.

Seus olhos penetrantes, vermelho-sangue, varriam todo o local, especialmente as linhas brilhantes que percorriam o solo.

Mesmo assim, ao dar um passo à frente, um comando único e não falado ecoou pelo ar.

Todos os dezenas de milhares de lobisomens se curvaram profundamente, suas cabeças tocando a terra em total reverência.

A sucessora do Guardião da Lua, a Criança da Lua, havia chegado.

No entanto, Luna mal lhes lançou um olhar.

Seu olhar estava fixo na torre, sua expressão ilegível. Essa era uma torre que ela sempre soube que existia, mas nunca havia entrado. Apenas um Guardião da Lua tinha permissão para entrar.

Ela podia sentir o poder ressoando dentro dela — o poder do Ceifador do Vazio, uma força antiga que precedia a todos eles.

Mas o que realmente prendia sua atenção era essa presença estranha e ameaçadora que parecia estar pairando dentro.

Uma voz profunda e comandante interrompeu seus pensamentos.

“Ó Graciosa, o Grande espera sua presença dentro da torre,”
O falante era um lobisomem idoso, vestido em simples vestes brancas, seus cabelos como prata tecida, sua estrutura frágil em marcante contraste com o poder que ainda permanecia em seus olhos.

Sua voz carregava um tom de profundo respeito, e seus movimentos eram humildes enquanto ele gesticulava em direção à entrada da torre.

Luna acenou silenciosamente, avançando sem dizer uma palavra.

O ancião imediatamente abaixou a cabeça, curvando-se ainda mais profundamente enquanto ela passava por ele, sua respiração lenta e reverente.

As portas da torre se abriram sem toque, como se a própria estrutura reconhecesse sua presença.

No momento em que Luna entrou na torre, um silêncio arrepiante a engoliu por completo.

Não era o tipo de silêncio que significava vazio — era um silêncio opressor, antinatural, espesso com um peso invisível, como se as próprias paredes estivessem prendendo a respiração.

O ar em si parecia antigo, pesado com os ecos do tempo, intocado e inquebrável por séculos, ou talvez mais.

Suas botas rangiam contra o piso desgastado e escurecido, o som intrusivo na quietude esmagadora. Parecia que sua própria presença era uma violação, uma ondulação num abismo intocado onde até mesmo o tempo temia se mover.

Seus instintos estavam aguçados, afiados de anos de experiência de duas almas, e gritavam para ela.

Algo estava errado.

Não de uma maneira imediata, física — não havia nenhum inimigo à espreita nas sombras, nenhuma lâmina escondida esperando para atacar — mas havia algo mais, roendo as bordas de sua alma.

Era sutil no início — um pulso fraco no ar, como resquícios de uma memória esquecida, pairando logo fora de alcance.

Então ela sentiu.

Mana Radiante.

Como isso era possível? Seus sentidos não podiam estar errados, mesmo que o que ela sentisse fosse muito sutil.

O fôlego de Luna se prendeu.

No entanto, essa mana radiante apenas parecia errada.

A presença de algo tão malévolo, tão antinatural, neste lugar de profunda escuridão enviava ondas de desconforto através de suas veias.

Ela cerrava os punhos.

Estava tentando empurrá-la para fora.

As paredes pulsavam com veias de luz branca e azul opaca, rastejando pelas rachaduras como uma batida de coração moribunda, brilhando entre a existência e
o nada.

As sombras oscilavam estranhamente, mudando como se odiassem a luz, mas não conseguissem consumi-la completamente. As veias de poder percorriam a torre como um sistema nervoso, uma tensão invisível zunindo por baixo da superfície, pressionando contra sua mente, seu corpo, sua alma.

Era sufocante.

Luna cerrava os dentes, forçando-se a continuar caminhando, sua respiração chegando em exalações lentas, medidas.

Seu trovão vermelho-sangue cintilava fracamente ao seu redor, reagindo instintivamente às forças radiantes que tentavam dobrar sua vontade.

E então — ela viu.

No centro da sala, cercado por um vasto arranjo carmesim, estava Lupus, de pernas cruzadas em profunda meditação.

No momento em que seus olhos pousaram sobre ele, ela notou — O Ceifador do Vazio.

A grande espada carmesim antiga estava cravada no chão diante dele, sua lâmina escura cintilando com algo de outro mundo.

De seu núcleo, linhas de mana carmesim se estendiam para fora, tecendo uma intrincada teia de poder, conectando todas as pessoas fora da torre, vinculando-as ao seu poder.

Até as paredes internas da torre ostentavam essas marcas, brilhando suavemente, as runas pulsando em um ritmo não natural.

Luna parou em seus passos.

Sua mandíbula se contraiu enquanto ela encarava Lupus, que, como se sentisse sua presença, lentamente abriu os olhos.

Uma luz lenta e consciente brilhava em seus olhos enquanto ele se levantava graciosamente,
“Luna… você chegou na hora certa.”

Sua voz era calma, firme, como se o que ele estava fazendo não fosse nada fora do comum.

O olhar de Luna endureceu.

“Não posso acreditar que você está realmente seguindo em frente com isso.” Sua voz estava baixa, afiada — uma lâmina desembainhada na escuridão.

Seus dedos tremiam, ansiosos para atacar, para derrubar o arranjo antes que fosse tarde demais.

“Você não sente?” ela continuava, sua voz carregando uma borda de incredulidade. “O mal que se esconde neste lugar? Esta torre deveria ter sido destruída há muito tempo. Mesmo que não seja possível, não deveríamos ficar perto disso.”

Lupus permaneceu inabalável.

Ele deu um passo lento à frente, seu olhar inabalável, sua postura régia e composta.

“E ainda assim,” ele disse, sua voz suave como água, “nossos ancestrais — todo Guardião da Lua antes de nós — guardaram este lugar em vez de destruí-lo. Você já se perguntou por quê?”

A expressão de Luna escureceu.

“Não me importo com o que eles pensavam que viram ou o que você viu,” ela retrucou, seus olhos cintilando, “O que eu sinto inquestionavelmente é que este lugar só trará horror. Há algo — algo errado aqui. Eu posso sentir isso me arranhando, tentando me devorar. Você deve estar sentindo isso também.”

Sua respiração estava pesada, seus instintos gritando para ela, “E ainda assim você está brincando com todas nossas vidas.”

Ela avançou, sua voz baixando para um sussurro perigoso,
“Me diga… Que inferno é este lugar?”

Lupus cruzou as mãos atrás das costas, sua expressão ilegível.

Então ele falou, sua voz calma, certa —
“Você sabe por que nossos ancestrais chamaram isso de Primeira Torre?”

Luna estreitou os olhos, “Do que você está falando?”

Lupus exalou lentamente, inclinando um pouco o queixo, “Porque ela já existia muito antes da Torre do Inferno e da Torre do Tormento sequer existirem.”

Luna endureceu.

“Isso é impossível. Essas torres foram colocadas lá pelos diabos e isso também deve ser —”
Lupus balançou a cabeça, “Não. Esta torre não foi colocada aqui por nenhum diabo ou demônio. As pessoas apenas acreditaram nisso porque era fácil de entender.”

No momento em que ele disse essas palavras, o ar na sala ficou mais frio, como se a própria estrutura reagisse à sua revelação.

“Então quem a criou?” Luna exigiu.

Os olhos de Lupus brilhavam suavemente na luz fraca quando ele disse:
“Antes dos Primeiros Demônios everem caminhado neste mundo… havia imortais aqui.”

O coração de Luna parou, “Imortais?” ela ecoou em descrença.

Lupus assentiu lentamente, “Não apenas quaisquer imortais. Humanos imortais.”

Luna sentiu algo cutucar as bordas de sua mente, uma realização tão chocante que ela estava lutando para entender.

“E essa torre,” Lupus continuou, passando por ela e colocando sua palma no Ceifador do Vazio, “veio à existência por causa de um deles.”

Um silêncio sufocante seguiu.

Pela primeira vez em muito tempo —
Luna sentiu uma sensação muito profunda e perturbadora.

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