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O companheiro perdido - Capítulo 93

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  3. Capítulo 93 - 93 Confissão 93 Confissão Chris se endireitou demonstrando um
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93: Confissão 93: Confissão Chris se endireitou, demonstrando um pouco de dor. “Eu vi alguém entrando na sua casa! Pensei que era aquele mendigo de mais cedo, então eu, er, vim para te proteger.”

Emily o encarou, com a boca se contorcendo. “Você estava me seguindo?”

Chris pigarreou. “Eu entrei em pânico, tá bom?”

Ela revirou os olhos, tentando conter uma risada que ameaçava se soltar. “Você invadiu a minha casa porque pensou que eu estava em perigo? Da próxima vez pelo menos me ligue em vez de fazer sua imitação de James Bond.”

Chris se encostou casualmente no balcão da cozinha, ainda esfregando a parte de trás do pescoço onde Emily o havia acertado com uma espátula minutos antes. Ele deu a ela um sorriso sem jeito, tentando salvar um pouco da dignidade após sua tentativa fracassada de ser o protetor.

“Eu estou falando sério, Emily,” ele disse, ignorando a risada dela. “Eu senti um cheiro estranho perto da sua casa. Então pensei, sabe, em entrar de fininho e cuidar disso.”

Emily recostou-se na cadeira, com os braços cruzados, tentando manter o rosto sério. “Você sentiu o cheiro de um intruso?”

“Ah, claro, Sherlock,” Emily provocou. “Bem, obrigada por vir me salvar, eu acho. Quer uma bebida ou alguma coisa, já que está aqui cometendo arrombamento?”

Chris riu e deu de ombros, mantendo-se na dele. “Por que não? Uma bebida no meio da noite nunca fez mal a ninguém. Além disso, depois de ser golpeado com uma espátula, acho que mereço.”

Emily se levantou e caminhou até o armário da cozinha, procurando alguma bebida. “Então, como está a Heather?” Chris perguntou casualmente, sua voz se suavizando.

Emily parou, sua expressão mudando enquanto ela tirava uma garrafa de uísque. “Ela está… se segurando,” ela disse baixinho, destampando a garrafa. “Ela está no hospital esta noite, fazendo mais uma rodada de tratamento.”

A expressão de Chris se suavizou, seu comportamento usualmente brincalhão desbotando um pouco. “Eu sinto muito que ela esteja passando por isso. Vocês duas não merecem.”

Emily assentiu, servindo dois copos generosos de uísque. “Sim, tem sido difícil. Mas honestamente, só estou grata pelo Damien e pela Anne. Eles têm sido uma enorme ajuda. Não acho que conseguiria lidar com tudo sozinha, especialmente com toda a… outras coisas que têm acontecido.” Ela deslizou um dos copos na direção de Chris.

“Outras coisas?” Chris arqueou uma sobrancelha enquanto sorvia sua bebida, depois fez uma careta. “Uau, isso está forte.”

Emily sorriu. “Não seja tão fraco.”

“Eu não sou!” Chris protestou, dando outro gole, sua expressão se fechando novamente antes de ele pigarrear.

Eles se sentaram no sofá e beberam, conversando sobre coisas banais. Após várias rodadas, Chris eventualmente trouxe à tona as “outras coisas” que Emily havia mencionado antes.

“Enfim, sobre que outras coisas você está falando?”

Emily suspirou, recostando-se no balcão e olhando para o próprio copo. “Você sabe, toda aquela confusão com o Detetive Fred e as acusações de assassinato que tentaram colocar na minha mãe. Foi um pesadelo. Mas o Damien interveio e fez tudo desaparecer.”

Chris, já um pouco tonto, acenou com a mão de forma displicente. “Ah, isso não foi nada. O Fred não é exatamente o detetive mais exemplar.”

Emily o olhou, confusa. “Como assim?”

“Bem,” Chris começou, sua voz arrastando ligeiramente, “o Fred também é um lobisomem. Ele só está seguindo ordens. Você sabe como é—o Alfa comanda, e todo mundo segue.”

Emily piscou, sua bebedeira dando uma pausa enquanto seu cérebro alcançava o que Chris estava dizendo. “Espera, como assim? Você está dizendo que o Damien ordenou que o Fred retirasse as acusações?”

“Uh-huh,” Chris assentiu entusiasmado, inclinando a cabeça para trás com mais um gole da bebida. “Isso! Não havia prova alguma para realmente acusar a Heather ou a Anne, mas Fred nem precisou investigar. O Damien só mandou ele mentir e prender a Heather para que a Anne corresse atrás de ajuda.”

Os olhos de Emily se arregalaram ao absorver as palavras. Damien manipulou tudo? Ele não tinha apenas “ajudado” a Heather e a Anne — ele tinha orquestrado todo o incidente para seus próprios fins. Sua mente zunia, juntando todos os momentos que pareciam suspeitos na época, mas aos quais ela não havia prestado muita atenção.

“Então… espera,” Emily disse lentamente, sua voz agora clara com o choque. “Você está me dizendo que Damien fez o Fred mentir só para ele poder… reconquistar a Anne? Tipo, essa coisa toda da acusação de assassinato nem era real?”

Chris tremeu com o tom dela, seus ombros caíram ligeiramente como se ele pudesse sentir toda a força da raiva dela pressionando-o. “Emily, escute—”
“Não!” ela interrompeu, levantando-se abruptamente e apontando em direção à porta. “Saia! Eu não posso acreditar nisso. Você esteve aqui sentado, bebendo meu uísque, como se estivéssemos tendo uma conversa agradável, enquanto me conta isso? E agora você quer que eu finja que está tudo bem? Todos vocês lobos são assim? Manipuladores mentirosos?”

A expressão de Chris mudou, seu comportamento descontraído desaparecendo com as palavras dela que o feriram. “Emily, não é assim,” ele disse, sua voz de repente séria. “Eu não estou tentando manipular você. O Damien fez o que ele achou que era melhor para elas. É complicado.”

Os olhos de Emily faiscavam com fúria. “Complicado? É assim que você chama quando você mente para a pessoa que supostamente ama? Manipula as pessoas ao seu redor para seu próprio ganho? E você, Chris? Você também está me manipulando? Fingindo ajudar, fingindo se importar?”

O rosto de Chris empalideceu, e ele deu um passo para trás como se as palavras dela o tivessem atingido fisicamente. Ele abriu a boca, mas por um momento, nenhum som saiu. Ele lutava visivelmente, sua costumeira fachada confiante e brincalhona completamente desaparecida.

“Emily,” ele disse finalmente, sua voz quase um sussurro. “Eu não estou fingindo. Eu juro, nunca menti para você. Eu—” Ele passou a mão pelos cabelos, claramente conflituoso. “Eu não queria te contar assim, mas… você é minha companheira.”

Emily piscou, sua raiva momentaneamente substituída por confusão. “Sua o quê?”

“Minha companheira,” Chris repetiu, sua voz tremendo um pouco conforme as palavras saíam. “Você é minha companheira, Emily. Eu sabia disso há um tempo. É por isso que estou sempre por perto, tentando te proteger. Mas eu não queria te pressionar ou fazer você se sentir como se não tivesse escolha. Eu nem sabia como te contar, então eu só… não contei.”

Emily ficou lá, atônita com a revelação. Chris, seu amigo, o cara que sempre fazia piadas e a irritava com sua atitude convencida, de repente estava confessando algo enorme — algo que parecia virar o seu mundo de cabeça para baixo.

Ela soltou uma risada curta e incrédula. “Então, deixa eu entender direito. Você escondeu isso de mim também? Você tem sabido esse tempo todo e nunca disse nada?”

Os olhos de Chris se suavizaram, e ele deu um passo cauteloso em direção a ela. “Eu não queria te assustar. Não estava tentando te manipular, juro. Eu estava tentando descobrir como lidar com isso sem estragar as coisas entre nós.”

Emily balançou a cabeça, suas emoções uma confusão. “E agora você está me dizendo isso porque o quê — porque se sente culpado? Ou porque você acha que vai me impedir de ficar brava pelo que o Damien fez?”

Chris estendeu a mão como se fosse tocar o braço dela, mas se conteve, sua mão pairando no ar antes de ele deixá-la cair. “Não,” ele disse baixinho. “Eu estou dizendo porque é a verdade.”

Emily respirou fundo, sua raiva fervendo logo abaixo da superfície. “Você tem escondido coisas de mim, assim como o Damien escondeu coisas da Anne. Você realmente acha que eu posso confiar em algum de vocês?”

A expressão de Chris se abateu, a culpa e o arrependimento gravados em suas feições. “Eu entendo porque você está brava. Eu deveria ter te contado antes. Mas Emily, isso não é como o Damien e a Anne. Eu nunca quis manipular você em nada.”

Emily se virou, o coração acelerado no peito. Tudo parecia esmagador — a revelação sobre o Damien, a confissão do Chris. Era demais. Ela precisava de espaço, tempo para pensar, para processar.

“Eu preciso que você saia,” ela disse, sua voz agora mais baixa, porém não menos firme. “Eu não consigo lidar com isso agora.”

Chris ficou ali parado por um segundo; sua expressão dolorida, mas ele assentiu devagar. “Tudo bem,” ele disse suavemente. “Eu vou embora. Mas Emily, por favor — só não conte nada para a Anne ainda. Ela está feliz agora, e o Damien realmente a ama. Isso… isso poderia arruinar tudo.”

Emily não respondeu. Ela apenas olhou para o chão, sua mente acelerada. Chris hesitou mais um pouco antes de virar e seguir em direção à porta.

Antes de sair, ele olhou para ela uma última vez. “Me desculpe, Emily. Por tudo.”

E assim ele se foi, deixando Emily sozinha na cozinha, sua mente rodopiando com raiva e confusão. Seus pensamentos voltaram para Damien e Anne. Ela poderia realmente manter isso em segredo de sua melhor amiga? Ela poderia deixar Anne continuar vivendo na ignorância, mesmo que isso poupasse a dor dela?

Emily suspirou, massageando as têmporas. O uísque já não estava ajudando mais.

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