O companheiro perdido - Capítulo 48
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- Capítulo 48 - 48 O jogo de espera 48 O jogo de espera Annie suspirou
48: O jogo de espera 48: O jogo de espera Annie suspirou profundamente, seu peito pesado com o peso da decisão que estava prestes a tomar. Ela fechou os olhos, fechando o mundo por um momento, tentando reunir a força que sabia que precisava. Ela sempre soube que esse dia poderia chegar e que suas paredes cuidadosamente construídas desmoronariam.
Quando ela abriu os olhos, o olhar intenso de Damien encontrou o dela, cheio de esperança, expectativa e algo mais—algo que fez seu coração doer. Ela podia ver a urgência em seus olhos, o desespero para ouvi-la dizer as palavras que ele queria ouvir.
“Eu não tenho escolha, não é?” Ela disse baixinho, mais para si mesma do que para ele.
A expressão de Damien suavizou, e ele estendeu a mão, seus dedos roçando os dela, quentes e reconfortantes. “É a coisa certa a fazer, Annie. Para você, para Ryan… para todos nós.”
“Ok,” ela finalmente sussurrou, sua voz mal audível. “Eu vou fazer isso.”
O rosto de Damien iluminou-se de alívio, e um sorriso se espalhou por suas feições, fazendo-o parecer quase jovial. “Obrigado, Annie.”
Seus olhos brilhavam com uma mistura de triunfo e alegria.
“Tem mais uma coisa,” ele disse cuidadosamente, observando sua reação. “Eu estive pensando… Talvez seja mais seguro se Heather e Emily também se mudassem para Maine. Elas não ficariam com a alcateia, claro, mas… quem ordenou o ataque a você poderia facilmente ir atrás delas também. Se elas estiverem conosco em Maine, podemos ficar de olho nelas. ”
O coração de Annie afundou. Ela nem sequer tinha pensado no potencial perigo para Heather e Emily. A ideia de arrancá-las da vida que construíram aqui era assustadora. Heather já havia passado por muito, e Emily… Depois de tudo que aconteceu, Emily finalmente estava começando a voltar a uma vida normal.
“Eu não sei, Damien,” Annie murmurou, esfregando as têmporas como se tentasse afastar uma dor de cabeça iminente. “Heather e Emily têm suas vidas aqui. Emily tem seu trabalho, e Heather… Eu não quero arrastá-las para isso mais do que já estão.”
Damien se aproximou, sua expressão sincera. “Se algo acontecesse com elas por causa disso, você se perdoaria? Não estamos falando de qualquer perigo—elas estão em risco por causa do que está acontecendo no reino dos lobisomens. Você e eu sabemos que não é algo que elas podem enfrentar sozinhas.”
Annie odiava o fato de ele estar certo. Elas já estavam envolvidas, quer ela gostasse ou não, e a melhor forma de protegê-las era mantê-las por perto. Ela desviou o olhar, seus olhos se fixando no chão enquanto ponderava suas opções.
“Ok,” ela finalmente disse, sua voz mal acima de um sussurro. “Vou falar com elas. Mas Damien, elas têm que tomar a decisão por si mesmas. Eu não vou forçá-las a ir se não quiserem.”
Damien assentiu, seu sorriso retornando, embora mais contido desta vez. “Na verdade, pode ser mais fácil do que você pensa. Emily é a companheira de Chris.”
Annie olhou para ele em choque. “O quê? Ele tem certeza? Mas Emily é humana.”
Damien assentiu, sua expressão séria. “Sim, ele tem certeza. E não é incomum ter uma companheira humana. Embora ele não tenha falado com ela sobre isso. Emily pode não sentir a ligação de companheiros, mas definitivamente seria atraída por ele em um nível subconsciente.”
Os olhos de Annie se arregalaram em realização. Emily tinha saído em um encontro com Chris, mas correu quando percebeu a verdade dele. Ela estava bastante assustada com ele. Como ela reagiria ao descobrir que era a companheira de Chris?
“Não conte nada sobre isso para ela, porém. Deixe que eles descubram por conta própria.” Damien advertiu, sabendo que interferir poderia complicar ainda mais as coisas.
“Damien,” Annie de repente o interrompeu. “Emily é como minha irmã, e eu não quero vê-la machucada. Se ela não quiser ser a companheira de Chris, então ela não deve ser obrigada a ser.”
“Talvez devêssemos deixar isso para eles.” Damien respondeu. “Mas eu prometo, ela não será machucada.”
“Vamos apenas esperar pelo melhor,” Annie disse, sentindo uma mistura de preocupação e esperança por sua amiga.
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Luna Liana andava de um lado para o outro em seu escritório, o clique ritmado de seus saltos ecoando contra as paredes frias e elegantes. Suas sobrancelhas franzidas em agitação, mãos cerradas ao lado do corpo enquanto ela repassava o relatório de Marcus em sua mente.
“Uma mulher. Damien foi visto com uma mulher,” ela murmurou, seus olhos afiados se voltando para Marcus, que estava junto à porta, parecendo inusualmente tenso. “E o que mais? Sabemos algo sobre ela?”
Marcus limpou a garganta nervosamente. “Não temos mais detalhes, Luna. Como mencionei, enviei humanos para espioná-los. Damien e Chris teriam detectado lobos imediatamente, então eu tive que optar por uma opção… menos perceptível.”
Os olhos de Liana brilharam perigosamente. “Então, você está me dizendo que esses humanos patéticos nem conseguiram dizer se a mulher com quem Damien estava é humana ou lobo?”
Marcus engoliu em seco, sentindo a intensidade de seu olhar. “Não, Luna. Eles são apenas humanos. Eles não conseguiriam distinguir um lobo, não sem—”
“QUE TIPO DE HOMENS INCOMPETENTES VOCÊ ENVIOU PARA ESSE TRABALHO?!” Liana explodiu, sua voz um estrondo no cômodo. Ela bateu o punho na mesa, o som reverberando pelo espaço.
Seus olhos se estreitaram, afiados como adagas. “E tudo o que você me trouxe são especulações.”
Marcus baixou a cabeça, sua voz pequena. “Peço desculpas, Senhora Luna. Farei melhor. Descobrirei mais—”
Antes que pudesse terminar, o telefone de Liana tocou, cortando a tensão como uma faca. Ela olhou para a tela. O nome piscando na tela foi o suficiente para acalmar a tempestade que se formava dentro dela. Damien.
Ela exalou lentamente, seus lábios curvando-se em um sorriso apertado. “Saia,” ela ordenou a Marcus em voz baixa, gestICULARING para que ele saísse da sala. Ele obedeceu rapidamente, deslizando pela porta enquanto ela atendia a chamada.
“Damien, querido,” ela disse, sua voz suavizando imediatamente. O calor súbito substituiu sua fúria anterior. “Eu não estava esperando ouvir de você. Está tudo bem?”
“Oi, Mãe,” a voz profunda de Damien veio pela linha, tão calma e coletada quanto sempre. “Sim, está tudo bem. Acabei de terminar o que precisava fazer por aqui.”
O coração de Liana palpitou aliviado, embora ela mantivesse sua voz estável. “Isso é maravilhoso. Você vai voltar logo?”
“Em dois dias,” Damien respondeu. “Ainda tenho algumas coisas para resolver, mas devo estar em casa então. Ah, e tenho uma surpresa para você.”
A sobrancelha de Liana arqueou-se com curiosidade. “Uma surpresa?”
“Você verá,” Damien provocou, seu tom leve. “Acho que você vai gostar.”
Liana riu suavemente, um som quase estranho no silêncio de seu escritório. “Tenho certeza que vou. Você sabe que sempre adoro suas surpresas.”
A conversa continuou, com Liana falando com seu filho como se tudo estivesse bem. Ela perguntou sobre o clima, suas viagens, e até mencionou algo sobre a alcateia em casa, mas sua mente estava acelerada o tempo todo. O que seria essa “surpresa” que Damien estava trazendo de volta? Teria algo a ver com a mulher com quem ele foi visto?
Quando a chamada terminou, Liana ficou encarando seu telefone por um momento, sua expressão ilegível. Finalmente, ela pousou o telefone cuidadosamente em sua mesa e chamou Marcus para retornar.
Ele voltou para a sala, parecendo incerto.
“Não há necessidade de reunir mais informações, Marcus,” ela disse calmamente, embora sua voz carregasse a borda de alguém que não havia esquecido sua frustração anterior. “Damien estará de volta em dois dias. Isso é tudo o que precisamos saber.”
Marcus exalou, visivelmente aliviado.
“Prepare a festa.” Liana ordenou alegremente.
“Claro, Senhora Luna. Vou garantir que tudo esteja preparado para seu retorno.”
Depois que Marcus saiu, Liana suspirou aliviada. Ela anunciaria a data da cerimônia de acasalamento de Damien na festa. Tudo correria conforme seus planos.