O companheiro perdido - Capítulo 26
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26: Encontro relutante 26: Encontro relutante Annie ainda estava tentando entender tudo quando a porta tocou atrás dela, e o café foi preenchido por uma presença muito familiar. Damien.
Ele entrou confiante, com um sorriso satisfeito nos lábios enquanto observava o ambiente. Seus olhos se fixaram em Annie, e ela sentiu sua pulsação acelerar, a tensão entre eles crepitando como eletricidade no ar.
“Gostou das flores?” Damien perguntou, sua voz suave e encantadora. “Pensei que poderiam alegrar seu dia.”
Annie cerrou os punhos, lutando para manter a compostura. “Damien, o que você está fazendo? Você não pode simplesmente—”
Ele levantou a mão, interrompendo-a com um sorriso desarmante. “Eu posso, e eu fiz. Mas eu não vim aqui só para te cobrir de flores. Eu vim para te perguntar algo.”
O coração de Annie acelerou no peito enquanto Damien se aproximava, seu olhar nunca deixando o dela. Ela sentiu o café encolher ao redor deles, as paredes se fechando conforme a distância entre eles desaparecia.
“Eu quero sair com você, Annie,” Damien disse, sua voz baixa e sincera. “Sem jogos, sem pressão. Apenas jantar, apenas nós.”
Annie sentiu sua respiração falhar. Ela estava se preparando para isso, para o momento em que Damien iria exigir mais e pressionar mais. Mas ela não esperava que viesse tão cedo, e não assim, não com flores e charme e um tom suave que tornava difícil afastá-lo.
Damien a observava atentamente, esperando por sua resposta. A mente de Annie corria. Ela sabia o que tinha que fazer—recusar, manter distância, proteger a si mesma e a Ryan. Mas enquanto ela estava lá, o aroma das flores pesado no ar e o olhar de Damien atravessando suas defesas, ela achou difícil formar as palavras.
“Eu… Eu não acho que seja uma boa ideia,” ela finalmente disse, forçando as palavras para fora.
O sorriso de Damien vacilou um pouco, mas ele não recuou. “Apenas uma noite, Annie. Vamos conversar; sem distrações. Não estou pedindo nada além de uma chance para nos entendermos.”
Annie hesitou, sua resolução vacilando. Ela sabia o que deveria fazer, mas a sinceridade na voz de Damien, a determinação em seus olhos—estava tornando difícil dizer não.
Antes que pudesse pensar demais, ela assentiu, a decisão escapando antes que pudesse se conter.
“Está bem.”
O sorriso de Damien retornou, cheio de alívio e esperança. “Isso é tudo que eu peço.”
Ele estendeu a mão como se fosse pegar a dela, mas Annie recuou, seus olhos se estreitando.
“Apenas me diga o lugar e a hora; eu encontrarei você lá.”
Damien riu baixinho, abaixando a mão. “Justo. Eu escolho um lugar e te aviso.”
Com isso, ele se virou para sair, o sino acima da porta tocando enquanto ele saía, deixando Annie parada em um mar de flores, sua mente girando com as implicações do que ela acabara de concordar.
Quando a porta se fechou atrás dele, Heather se inclinou sobre o balcão.
“Annie, você tem certeza disso?”
Annie balançou a cabeça, tentando acalmar sua respiração. “Não é um encontro, Heather. Ele logo vai se cansar de mim e partirá.”
“Claro, claro. Mas eu ainda vestiria algo bonito, se fosse você.”
Annie suspirou, seu coração pesado com o peso do que estava por vir.
Annie ficou diante do espelho, ajustando a barra de seu vestido. Era um número em azul-marinho simples que caía logo abaixo dos joelhos, com mangas que cobriam seus braços e um decote que mal insinuava seu colarinho.
Quando Emily viu sua roupa, ela levantou uma sobrancelha e disse, “Você sabe que está indo para um encontro, certo? Não para a igreja?”
Annie apenas revirou os olhos. “Não é um encontro. É uma conversa. E eu não quero que ele tenha ideias.”
Emily suspirou, mas não insistiu. “Esse vestido está praticamente gritando, ‘Eu sou chata.'”
“Esse é o ponto,” Annie murmurou em voz baixa enquanto pegava sua bolsa e saía pela porta.
Quando ela chegou ao restaurante, seu coração pulou uma batida. Pelas grandes janelas, ela podia ver Damien já sentado em uma mesa no canto. O restaurante era aconchegante, com iluminação suave e música ambiente tocando ao fundo. Era o tipo de lugar ao qual as pessoas iam para ocasiões especiais, não reuniões desconfortáveis com o homem que estavam tentando evitar.
Inspirando fundo, Annie abriu a porta e entrou. O maître d’ a cumprimentou com um aceno educado e a conduziu à mesa de Damien. Conforme ela se aproximava, Damien se levantou, um sorriso caloroso no rosto. Ele estava sem esforço charmoso em uma camisa branca nítida, o botão superior casualmente desabotoado, e um blazer escuro que lhe caía perfeitamente. Annie sentiu uma pontada de frustração por como ele fazia tudo parecer fácil.
“Annie,” Damien disse, sua voz rica e suave enquanto puxava sua cadeira. “Estou feliz que você veio.”
Annie forçou um sorriso educado, tentando ignorar o frio na barriga. “Obrigada,” ela respondeu, sentando-se enquanto ele empurrava a cadeira para ela. “Vamos acabar logo com isso.”
Ele tomou seu lugar em frente a ela, seu olhar nunca deixando seu rosto. “Você está linda,” ele disse, seu tom sincero.
Annie segurou uma resposta ácida e simplesmente assentiu. “Obrigada.”
Por um momento, eles ficaram em silêncio, o som suave de talheres e o murmúrio de outros clientes preenchendo o ar. Os dedos de Annie brincavam com a borda de seu guardanapo, e ela desejava ter pensado em uma desculpa para cancelar.
Mas Damien, pelo visto, não tinha intenção de deixar a conversa morrer. “Então,” ele começou, sua voz casual, “como você foi parar em Wolf River? Nunca esperei te encontrar em um lugar assim.”
O coração de Annie palpitava no peito. Este era o momento que ela estava temendo—o momento em que tinha que compartilhar apenas o suficiente para satisfazer a curiosidade dele sem revelar demais.
“Bem,” ela começou, sua voz estável apesar da turbulência interna. “Eu conheci Heather e Emily por acaso. Elas salvaram minha vida. Me deram um novo começo.”
A expressão de Damien amoleceu, um interesse genuíno em seus olhos. “Salvaram você? Como?”
Annie olhou diretamente nos olhos dele e respondeu. “Elas me encontraram na floresta depois que seus guerreiros me deixaram para morrer.”