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- Capítulo 148 - 148 Uma Promessa 148 Uma Promessa As sobrancelhas de Anne se
148: Uma Promessa 148: Uma Promessa As sobrancelhas de Anne se uniram enquanto ela considerava isso. Nicky era do tipo que era direta, nunca hesitava ou se continha. Se ela tivesse encontrado seu companheiro, não haveria mistério sobre isso. Talvez, ela pensou, alguns convites não foram enviados como deveriam. Seus olhos voltaram para Damien, lembrando da estranha ausência da Alcateia Thunderbolt.
“Falando de matilhas, por que a Alcateia Thunderbolt não chegou?” ela perguntou.
“Eles estavam na lista de convidados, mas, pelo que parece, nunca lhes foi enviado um convite.”
Anne franziu a testa. “Nunca enviado? Como isso é possível?”
Damien passou a mão pelos cabelos, exalando. “Minha mãe pode ter algo a ver com isso. Ela suspeita da Thunderbolt há anos, especialmente do Alfa deles. Ela pode tê-los removido da lista por completo. Pelo que entendo, ela os vê como uma presença hostil, e não como um aliado.”
A expressão de Anne se aprofundou enquanto tentava processar isso. “Mas isso não parece… extremo? Cerimônias de acasalamento e bailes são zonas neutras.”
Damien concordou com a cabeça, mas seus olhos estavam cautelosos. “Talvez. Mas minha mãe sempre foi calculista sobre quem deixamos entrar em nossos assuntos. E ela teve seus confrontos com a Alcateia Thunderbolt. Não é uma decisão que ela tomaria levianamente, mas ela sempre teve um jeito de mover as coisas em silêncio.”
Anne mordeu o lábio, refletindo sobre suas palavras. Se a Alcateia Thunderbolt era hostil, talvez a decisão de Liana tinha sido uma medida de proteção. Ainda assim, parecia uma lacuna, uma peça faltando que poderia ter mudado o resultado da noite.
“Talvez isso seja algo que devemos investigar,” ela murmurou para si mesma, sua mente já considerando possíveis cenários. “Há mais nisso do que apenas um convite. O companheiro de Nicky está lá fora, também… esperando.”
“O que você quer dizer?”
Anne respirou fundo, olhando de volta para a cena que haviam deixado antes de encontrar seu olhar. “O companheiro de Nicky está na Alcateia Thunderbolt. Mas Jackson a proibiu de ir até ele.”
Os olhos de Damien escureceram. “E Nicky simplesmente… aceitou isso?”
Anne balançou a cabeça. “Não exatamente. Ela foi forçada a rejeitá-lo. Mas um laço de companheiros não é algo que você pode ignorar. Quando descobri, prometi a ela que ajudaria a reuní-los, de uma maneira ou de outra.”
Um silêncio caiu entre eles, a expressão de Damien ilegível enquanto ele processava o que ela tinha dito. Finalmente, ele suspirou, sua voz baixa. “Jackson foi um idiota.”
Anne concordou, sua resolução firme. “Ela merece estar com seu companheiro, Damien. E se houver alguma chance de um reencontro, quero ajudar a tornar isso possível.”
Ele parecia pensativo, sua mão apertando a dela gentilmente. “Então talvez nosso próximo passo deva ser entrar em contato com a Alcateia Thunderbolt. Se há hostilidade, como minha mãe acredita, então talvez haja uma maneira de abordá-la sem cortar laços ou obrigar alguém a ignorar seus laços.”
O coração de Anne se animou com o vislumbre de esperança em sua voz. “Você acha que podemos convencer sua mãe? Ela é inflexível em sua visão sobre a Thunderbolt.”
A expressão de Damien endureceu, uma nova determinação brilhando em seus olhos. “Minha mãe terá que entender que os tempos estão mudando. Isso é maior do que suas antigas rixas. Se há uma chance de unir Nicky com seu companheiro e estreitar a divisão entre nós e a Thunderbolt, temos que aproveitar.”
Anne concordou, seu coração cheio de uma mistura de antecipação e gratidão. Reunir Nicky aliviaria parte de sua culpa.
“Obrigada,” ela murmurou, seu olhar amolecendo. “Isso significa muito para mim. E para Nicky.”
Damien passou um braço ao redor dos ombros dela.
“Vamos falar sobre a noite do clube agora.”
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Anne sorriu calorosamente ao ver Ryan se atirar em seu almoço, suas pequenas mãos agarrando a comida com entusiasmo que era todo dele. Apesar da tensão e tumulto na matilha recentemente, aqui estava Ryan, alegremente inconsciente, sua única preocupação em conseguir a última peça de fruta de sua tigela.
“Calma, Ryan,” ela riu, mexendo gentilmente em seus cabelos. “A comida não vai a lugar nenhum.”
Ryan olhou para cima, suas bochechas cheias, e sorriu. “Estou com fome! Tivemos um dia longo na escola hoje,” ele disse, uma ponta de orgulho em sua voz.
“Ah é? O que estava acontecendo?” Anne perguntou, divertida com seu entusiasmo deslumbrado.
Ele engoliu sua mordida e lançou-se em uma história animada. “Bem, a Sra. Harding nos ensinou sobre animais hoje, e o Jimmy disse que seu pai sabe tudo sobre eles porque é um caçador.” Ryan revirou os olhos, imitando seu amigo. “Mas então nós fomos para o playground, e o Jimmy contou para todos que seu pai disse que houve uma grande luta ontem à noite, e que…” Ele pausou, sua voz baixando para um sussurro, “Um Alfa morreu.”
Anne manteve seu rosto calmo, concordando enquanto estendia um guardanapo para ele. “Oh?”
Ryan assentiu seriamente, olhando para cima com aqueles olhos curiosos e inocentes. “Sim, ele disse isso, e todo mundo ficou bem quieto. Então algumas crianças começaram a dizer que talvez seus pais também sejam alfas, e que talvez haja mais lutas.” Ele fez uma pausa, suas sobrancelhas se franzindo enquanto procurava seu rosto. “Isso é… verdade?”
Anne respirou fundo, forçando-se a manter um sorriso gentil. “É muita coisa para pensar, né?”
Ele assentiu, ainda a observando com olhos grandes e sérios. Ela estendeu a mão, afastando uma mecha de cabelo da testa dele. “Olha, Ryan. Você ainda é muito pequeno para se preocupar com essas coisas. Os adultos fazem o melhor para te manter seguro para você poder se concentrar em brincar e aprender, certo? Isso é tudo em que você precisa pensar.”
“E se papai se machucar?” A voz de Ryan era suave, seu rostinho refletindo a preocupação de alguém muito além de seus anos.
Anne suspirou, envolvendo-o em um abraço gentil. “Deixe isso com os adultos, tá bom? Estamos aqui para te proteger, para garantir que nada de ruim aconteça. Continue sendo o garoto feliz e curioso que você é. Essa é a melhor coisa que você pode fazer.”
Ele relaxou em seus braços, seus pequenos braços envolvendo seus ombros. Depois de um momento, ele se afastou, seu rosto se iluminando com um sorriso como se estivesse tranquilizado. “Ok, se você diz.” Ele pegou sua colher, atacando o resto de seu almoço com renovado vigor, como se todas suas preocupidades tivessem desaparecido.
Anne o observava, seu coração doendo um pouco. O mundo de Ryan ainda era tão inocente, intocado pela escuridão que se escondia lá fora. Ela jurou, naquele momento, fazer tudo o que pudesse para protegê-lo.