- Home
- O companheiro perdido
- Capítulo 145 - 145 A marcação 145 A marcação A porta do Escritório do Alfa
145: A marcação 145: A marcação A porta do Escritório do Alfa rangeu ao abrir, e Jessica entrou, seu rosto pálido e apreensivo. Seu olhar percorreu o ambiente, congelando instantaneamente ao ver seu pai. A expressão do Alfa Jackson era severa, uma raiva tempestuosa brilhando em seus olhos que fez seu estômago afundar.
Liana pigarreou, sua voz gentil mas firme. “Jessica, venha aqui,” disse ela, dando tapinhas no assento ao seu lado. “Não precisa ter medo. Só queremos ouvir a verdade.”
As mãos de Jessica tremiam enquanto ela se sentava, lançando olhares entre Liana e o Alfa Richard. Ela podia sentir o olhar do pai queimando nela, mas manteve os olhos baixos, lutando contra a vontade de fugir.
“Conte-nos o que aconteceu,” Liana instigou suavemente. “Comece do princípio.”
Jessica deu um suspiro trêmulo, forçando-se a falar. “Foi… foi Elara. Ela me deu uma poção que desencadeou meu cio. Ela disse que enganaria Damien, e tudo o que eu tinha que fazer era esperar.” Sua voz oscilava e ela evitava os olhos do pai. “Mas quando cheguei lá, Damien não apareceu. Em vez disso… foi Malcolm.”
O rosto de Jackson escureceu, e um sorriso amargo cruzou seus lábios. Ele deu um passo à frente, sua voz cheia de desdém. “Então, você deixou a Elara enganá-la dessa forma, Jessica? Você a seguiu cegamente sem questionar nada?”
Jessica sentiu uma onda de frio de vergonha cobri-la, mas ela conseguiu fazer um fraco aceno. “Ela fez parecer… razoável. Eu não pensei que ela faria—”
“É isso mesmo—você não pensou!” A voz de Jackson aumentou, crua com raiva. “Você é uma vergonha, Jessica. Elara te manipulou como uma tola, e agora olhe a bagunça que você criou.”
Lágrimas picaram os olhos de Jessica, e ela forçou-se a desviar o olhar, engolindo o nó doloroso que subia em sua garganta.
“Ninguém vai querer você agora, Jessica,” ele sussurrou, sua voz pingando de desprezo. “Depois deste escândalo, quem se atreveria? Você arruinou tudo com sua fraqueza. E eu terminei com você.”
A boca de Jessica se abriu, as palavras presas em sua garganta enquanto Jackson virava as costas para ela, caminhando.
“Façam o que quiserem com a Jessica,” ele cuspiu, sua voz embebida em desprezo. “Ela não me serve mais para nada.”
Os olhos de Liana se estreitaram enquanto ela cruzava os braços, seu olhar não vacilante. “Ah, largue o teatro, Jackson. Toda essa confusão foi sua armação, e agora que explodiu na sua cara, você está tentando se fazer de vítima.”
A mandíbula de Jackson se apertou, e ele deu um passo ameaçador em direção a ela. “Cuidado, Liana. Estou guardando seu pequeno segredo há anos, mas eu poderia acabar com isso hoje. Imagine o que a matilha pensaria se soubesse da verdadeira paternidade do Damien. Eles te veriam pela mentirosa que você é.”
Mas em vez de recuar, Liana sorriu, sua confiança inabalável. “Vá em frente, Jackson. Releve a paternidade do Damien. Mas lembre-se, eu sei de todo o seu plano para encurralá-lo. Como você acha que sua matilha reagirá quando souber que você estava disposto a sacrificar todos eles por sua vingança? Você perderá a confiança deles mais rápido do que pode piscar.”
O rosto de Jackson se contorceu de raiva, suas mãos se fechando e abrindo. Seus lábios se juntaram, sua raiva mal contida, e por um momento, pareceu que ele poderia atacar. Mas em vez disso, ele exalou bruscamente, seus olhos frios como aço. “Certo,” ele disse entre dentes, olhando para Jessica, que estava pálida e tremendo ao lado dele. “Eu vou levá-la comigo.”
“Ótimo,” Liana respondeu gelidamente. “E garanta que nunca mais coloque os pés aqui.”
Sem mais uma palavra, Jackson virou, levando Jessica pelo braço. Mas antes que pudessem alcançar a saída, passos ecoaram pelo corredor, crescendo mais altos e mais urgentes. Malcolm irrompeu pela sala, seu peito arfando e seus olhos selvagens com uma intensidade que pegou todos de surpresa.
“Pare!” ele chamou, seu olhar fixo em Jessica. Ele avançou, a determinação gravada em cada linha de seu rosto. “Jessica,” ele disse, sua voz firme, mas repleta de uma emoção feroz, “você é minha. Você é meu par. Ninguém mais pode reivindicá-la.”
Os olhos de Jessica se arregalaram de choque, uma mistura de confusão e incredulidade cruzando seu rosto. Ela olhou entre seu pai, que franzia o cenho com crescente repugnância, e Malcolm, cuja expressão se suavizou ao olhar para ela.
O fôlego de Jessica falhou enquanto o familiar cheiro de Malcolm a envolvia, quente e selvagem como pinheiros após a chuva. Uma faísca acendeu em seu peito, e seu lobo avançou, reconhecendo-o com certeza feroz. Par! Seu lobo gritou dentro dela, a palavra ecoando por sua mente com uma força que ela não podia ignorar. Ela sentiu uma estranha mistura de maravilha e confusão. Por que ela não havia percebido isso antes? A poção de Elara tinha de alguma forma embotado seus sentidos?
A mão de Jackson apertou seu braço, tirando-a de seu transe. “Jessica, nem pense nisso,” ele rosnou. “Você não vai me desgraçar ao se vincular com ele.”
Mas o lobo de Jessica já não se importava mais com a aprovação de seu pai ou o peso de suas ameaças. Seu lobo estava totalmente desperto, empurrando-a em direção a Malcolm, atraída por uma força inegável. O fogo nos olhos de Malcolm refletia o dela, e ela podia sentir seu lobo puxando-o em direção a ela, a conexão deles se aprofundando na realização compartilhada de seu vínculo.
“Malcolm, pare!” A voz de Liana cortou a tensão, seu olhar duro com um aviso, mas Malcolm não conseguia mais se conter.
Um rosnado baixo ressoou no peito de Malcolm, seu corpo parcialmente se transformando à medida que garras substituíam seus dedos, seus dentes se alongando em caninos afiados. Jessica sentiu seus próprios ossos começarem a se transformar, sua pele formigando com a transformação parcial, seu lobo assumindo o controle. Nem Jackson nem Liana poderiam detê-los agora; seu vínculo estava se afirmando com um poder cru e incontrolável.
Num movimento ágil, os braços de Malcolm a envolveram, e sua cabeça se inclinou em direção ao pescoço dela. O coração de Jessica pulsava enquanto sua respiração roçava sua pele, e ela inclinou a cabeça, expondo seu pescoço a ele, oferecendo-se completamente. Seus dentes roçaram seu pescoço e, com um rosnado profundo, ele mordeu, suas presas afundando em sua carne, marcando-a como seu par.