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  3. Capítulo 124 - 124 O preço do poder 124 O preço do poder A expressão de
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124: O preço do poder 124: O preço do poder A expressão de Liana estava distante enquanto ela olhava pela janela, sua postura rígida. Anne permanecia em silêncio. A fria elegância que Liana normalmente exibia havia vacilado.

“Fui preparada para essa vida, Anne,” Liana começou suavemente, sua voz entremeada de amargura e saudade. “Desde que aprendi a entender palavras, me ensinaram que eu me tornaria Rainha Luna. Que meu papel era liderar, ser forte, e casar com um homem que pudesse governar ao meu lado.”

Ela virou-se, seus olhos distantes como se estivesse olhando para uma versão bem mais jovem de si mesma. “Conheci Richard algumas vezes antes de eu completar dezoito anos. Ele era tudo o que um futuro Alfa deveria ser—forte, comandante, respeitado. Tínhamos uma conexão. Eu gostava dele. Ele gostava de mim. Não pensávamos em parceiros verdadeiros naquela época. Assumíamos que éramos destinados um ao outro. Era uma combinação perfeita.”

A voz de Liana vacilou ligeiramente, e ela caminhou até uma cadeira, sentando-se em frente a Anne. “Mas as coisas mudaram quando fiz dezoito anos. Quando ambos fizemos dezoito anos. No dia em que deveríamos nos imprimir um no outro, isso não aconteceu.” Ela fez uma pausa, seus olhos nublados pela memória. “Não me imprimi em Richard. Em vez disso, me imprimi em outra pessoa.”

O fôlego de Anne faltou com a admissão. Em sua matilha, a ligação entre parceiros verdadeiros era sagrada, mas ela sabia que em certas matilhas, lobos eram esperados para rejeitar seus parceiros se eles não fossem de um posto alto o suficiente.

Os olhos de Liana brilharam com o mais leve traço de lágrimas não derramadas enquanto continuava, sua voz agora mais suave, assombrada. “Em minha matilha, nós não aceitamos parceiros que são de posto inferior. É um sistema brutal, mas é aquele pelo qual vivíamos. Eu tive que rejeitá-lo.”

O coração de Anne torceu em simpatia enquanto ouvia. Ela não conseguia imaginar a dor de rejeitar o próprio parceiro verdadeiro, a angústia profunda de negar essa ligação.

“Ele era…” A voz de Liana quebrou levemente, suas mãos tremendo em seu colo. “Ele era tudo para mim. Mas meu pai… ele tinha outros planos. Ele não me deixaria escolher meu parceiro verdadeiro. Ele me disse que rejeitá-lo era o único caminho. E eu era jovem. Eu estava com medo. Se meu parceiro não tivesse deixado a alcateia, meu pai o teria matado.” Ela piscou para trás as lágrimas que ameaçavam cair. “Então, eu fiz o que era esperado de mim. Eu o rejeitei, e ele partiu.”

Ela tomou um fôlego profundo, recompondo-se. “Depois disso, Richard e eu nos acasalamos. Ambos estávamos atados pelo dever, pelas expectativas de nossas matilhas. Não foi fácil, mas fizemos dar certo. Nós nos importávamos um com o outro. Mas… nunca poderíamos ter um filho.”

Os olhos de Anne se arregalaram, percebendo que isso deve ter sido uma fonte profunda de dor para Liana.

“Procuramos curandeiros, médicos, bruxas—qualquer um que pudesse ter uma resposta. Mas nada funcionou. Não importava o quanto tentássemos, não conseguíamos conceber. E isso me consumia, a nós dois.” A voz de Liana havia se tornado rouca de emoção. “Não foi até procurarmos uma velha oráculo que finalmente entendemos o porquê.”

Seu olhar encontrou os olhos de Anne, os próprios preenchidos com uma tristeza profunda. “A oráculo nos disse que porque eu e Richard não éramos parceiros verdadeiros, não poderíamos ter um filho juntos. Era como se o próprio destino tivesse decidido que nunca fomos feitos para criar vida.”

Liana desviou o olhar, seu rosto uma máscara de dor. “Essa certeza… isso me destruiu. Ele também. Tínhamos tentado tanto, mas a verdade era que nunca estaríamos destinados a ser pais juntos.”

A voz de Anne era suave, mas firme quando falou. “Então foi quando você decidiu encontrar a parceira verdadeira de Richard? Para ter um filho através dela?”

Liana assentiu, a dor evidente em sua expressão. “Sim. Era a única opção que restava. Precisávamos de um herdeiro. Richard precisava de sua parceira verdadeira. E eu… eu precisava garantir o futuro de nossa matilha. Não foi uma decisão fácil, mas era a única que tínhamos.”

A mente de Anne girava enquanto processava tudo o que Liana lhe contara. A mulher mais velha havia passado por tanto, e enquanto Anne não conseguia justificar tudo o que Liana tinha feito, ela agora entendia a imensa pressão e dor que haviam moldado suas escolhas.

“Você não temia que Richard a deixasse uma vez que encontrasse sua parceira verdadeira?” Anne perguntou gentilmente.

O olhar de Liana faiscou com algo ilegível antes de responder. “Claro, eu tinha medo. Mas era um risco que eu tinha que correr. Nossa ligação pode não ser de parceiros verdadeiros, mas construímos uma vida juntos baseada em lealdade e responsabilidade. Isso… isso é o que me manteve firme.”

“Viajamos por todo o continente, Anne,” ela começou, sua voz estável mas cheia de ressentimento acumulado ao longo dos anos. “Cada baile de acasalamento, cada reunião, nós fomos a todos. Era um processo exaustivo, humilhante, assistindo outros casais encontrarem seus parceiros verdadeiros enquanto Richard e eu procurávamos em vão. Mas então… encontramos ela.”

Seu tom mudou, assumindo um ar de desprezo. “No Alasca, de todos os lugares. A parceira verdadeira de Richard—Jennifer.”

O fôlego de Anne faltou ao ouvir o nome, confirmando sua suspeita de que Jennifer era a verdadeira mãe de Damien.

O olhar de Liana se tornou frio enquanto continuava, suas palavras gotejando de amargura. “Ela era humana. Uma bela jovem humana. Quase saindo da adolescência. Inocente, sem conhecimento de nosso mundo. Ela não fazia ideia do que era a ligação de parceiros quando a encontramos. Mas Richard…” A voz de Liana vacilou, e sua mandíbula apertou-se fortemente. “Ele estava encantado desde o momento em que pôs os olhos nela. A ligação entre eles funcionou instantaneamente, como fogo pegando em madeira seca. Ele não conseguia tirar os olhos dela.”

Havia um indisfarçável estigma de traição nas palavras de Liana. Para alguém que foi preparada a vida toda para ser uma Rainha Luna, para ocupar uma posição de poder e controle, assistir seu parceiro se apaixonar por outra—especialmente uma humana—deve ter sido um cruel revés do destino.

“E ela se apaixonou por ele,” Liana continuou, sua voz se tornando venenosa. “Aquela garota, Jennifer, nem hesitou. Ela ficou cativada por ele, completamente consumida pela ligação.”

Apesar de sua aparência endurecida, havia uma corrente subjacente de tristeza e perda que percorria suas palavras.

“Eu a odiei, Anne,” Liana confessou, sua voz tensa pelo peso de suas emoções. “Eu a odiei desde o momento em que a vi. Ela era tudo o que eu não era—jovem, inocente, intocada pelo mundo dos lobos e da política. Ela não tinha ideia do tipo de poder que detinha sobre Richard e sobre mim. E a pior parte era que ela o amava. Ela não se importava com o status ou poder dele. Ela o amava puramente, e ele… ele a amava de volta.”

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