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- Capítulo 107 - 107 O problema 107 O problema Espera disse Damien sua voz
107: O problema 107: O problema “Espera,” disse Damien, sua voz baixa e intensa, cortando o silêncio. Ele se apoiou em um cotovelo, virando-se para olhar para ela, seus olhos escuros com uma mistura de confusão e preocupação. “Diga isso novamente.”
Anne piscou, pega de surpresa pela urgência no tom dele.
“Eu disse, ‘eu te amo’,” ela repetiu, sorrindo para ele. “O que deu em você?”
Mas Damien não retribuiu o sorriso. Sua testa franziu, e seus olhos sondaram os dela como se tentasse decifrar algo escondido logo abaixo da superfície. Ele se inclinou mais perto, seu olhar fixo nela, como se esperasse que ela escorregasse — para revelar algo que não pretendia.
“Anne,” ele disse, sua voz agora mais suave, mas não menos séria. “Não é isso que eu quis dizer. Antes disso… quando você disse que nunca me trairia.”
O coração de Anne deu um salto, e ela rapidamente desviou o olhar, sua garganta apertando enquanto sua mente se desdobrava em busca de uma explicação. Claro, ele tinha percebido. Damien não era do tipo que perdia nem o menor dos detalhes, especialmente quando se tratava dela.
Colocou mais um sorriso no rosto, fazendo o seu melhor para parecer despreocupada. “Eu estava apenas sendo melosa,” ela disse levemente, traçando um dedo pelo seu peito em um círculo preguiçoso. “Você sabe, envolvida pelo momento.”
Mas Damien não estava convencido. Sua mão gentilmente pegou o pulso dela, parando seus movimentos enquanto se inclinava ainda mais perto, seu rosto a centímetros do dela. “Anne,” ele murmurou, seu tom uma mistura de ternura e preocupação. “Eu posso sentir que algo está errado. O que você não está me contando?”
“Eu—” Anne hesitou, seu cérebro procurando por uma resposta — algo que o satisfizesse sem revelar demais.
“Eu quis dizer,” ela disse em voz baixa, seus olhos se suavizando enquanto olhava para ele. “Eu nunca te trairia, Damien. Nunca mesmo.”
Ele estudou o rosto dela por um longo momento, procurando por qualquer traço de engano. Finalmente, ele suspirou, soltando o aperto em seu pulso enquanto segurava seu rosto com sua mão grande e aquecida. “Eu sei,” ele sussurrou, acariciando sua bochecha com o polegar. “Mas algo está te perturbando. Eu posso sentir, Anne. E eu não gosto de ver você carregando isso sozinha.”
Ela se inclinou para seu toque, fechando os olhos por um breve momento enquanto se permitia sentir o amor que irradiava dele.
“Estou apenas cansada,” Anne sussurrou, abrindo os olhos para encontrar os dele. “Foi um longo dia, e há muito em minha mente. Mas eu prometo, não é nada com o que você precise se preocupar.”
Os olhos de Damien se suavizaram, embora a preocupação não tivesse saído completamente do seu olhar. Ele se inclinou, dando um beijo suave em sua testa.
“Então quer dizer que você não está brava comigo?”
Anne sorriu, balançando a cabeça. “Não, eu nunca poderia estar brava com você,” ela respondeu suavemente.
A expressão de Damien relaxou, alívio evidente em seus olhos enquanto ele a puxava para um abraço reconfortante. Ele beijou os lábios dela fervorosamente e suas mãos começaram a traçar seu corpo.
Ela jogou os braços em volta do pescoço dele. Os beijos dele desceram pela sua garganta e eles se livraram de suas roupas em instantes. A paixão deles se acendeu, preenchendo a sala com calor enquanto eles cediam aos seus desejos.
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A grande câmara do Conselho Alfa era tão imponente quanto sempre. Os altos tetos arqueados e as massivas paredes de pedra davam ao ambiente uma sensação de poder e autoridade ancestral. Os sete Alfas, cada um representando uma diferente matilha, sentavam-se em seus assentos designados.
O Alfa Raymond, o mais velho do conselho, sentava-se na cabeça. Os outros Alfas eram uma mescla de idades. O Alfa Blaze, com sua língua afiada e olhar penetrante, estava entre os mais temidos. Então havia os Alfas Cecília, Maria, Daniel, Anton e Marcus.
Os murmúrios silenciosos entre os membros do conselho cessaram quando as portas na extremidade oposta do salão se abriram com um estrondo. Todos os olhares se voltaram quando o Alfa Jackson entrou, ladeado por seus dois betas, cada um arrastando um homem desgrenhado entre eles. Suas roupas estavam rasgadas, seu rosto machucado e sangrando, e suas mãos estavam amarradas com correntes de prata.
Os membros do conselho compartilharam olhares surpresos; seu interesse aguçado.
Os lábios do Alfa Blaze se curvaram em um sorriso sarcástico ao se recostar em sua cadeira, observando a cena se desdobrar com diversão. “Olha só, Jackson,” Blaze disse arrastado, sua voz carregada de sarcasmo. “Trouxe-nos um convidado. Do que se trata?”
A voz do Alfa Raymond retumbou pela sala.
“Jackson,” ele disse, seu tom sério. “Explique-se. Quem é esse homem e por que está aqui?”
“Este,” Jackson disse, sua voz ecoando pelo salão, “é o Detetive Fred Monroe.”
“Venho fazer uma queixa formal,” ele declarou, sua voz firme. “Não apenas contra esse homem, mas contra a Família Real em si.”
A sala caiu em silêncio, a tensão aumentando enquanto as palavras de Jackson pairavam no ar. A Família Real— a família de Damien — havia sempre sido intocável. A mera menção de uma queixa contra eles enviou um onda de choque através da câmara.
O sorriso de Alfa Blaze apenas se aprofundou; seu interesse aguçado. “A Família Real?” ele repetiu, seu tom zombeteiro mas curioso. “Você deve estar brincando.”
A expressão de Jackson permaneceu firme. “Não estou.”
Alfa Raymond franziu a testa, suas sobrancelhas se juntando. “Explique-se, Jackson. Você está acusando a família que rege nossa gente há séculos. Essa é uma alegação séria.”
Jackson assentiu, e com um aceno de mão, ele gestou em direção ao homem deitado no chão. “O Detetive Fred Monroe está aqui para explicar os atos ilícitos de Anne, a companheira do Príncipe Alfa.”
Alfa Cecília, conhecida por sua abordagem equilibrada, se inclinou para frente. “O que você quer dizer com ‘atos ilícitos,’ Jackson?”
Os olhos de Jackson brilharam com raiva fria. “Anne, como a companheira do Príncipe Damien, era uma ômega em minha matilha. Todos vocês estão cientes que ela desapareceu por vários anos. Em seguida reapareceu com uma criança.”
Cecília assentiu. “Sim, todos nós sabemos disso, então o que tem de mais nisso?”
“Vocês sabem que ela matou um humano e estava vivendo entre humanos, divulgando todos os nossos segredos?”
“Que absurdo! Você está em seu juízo?” Alfa Raymond rugiu.
Alfa Daniel franziu a testa, lançando um olhar ao detetive quebrado no chão. “Que provas você tem disso?”