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  3. Capítulo 106 - 106 Como guardar um segredo 106 Como guardar um segredo
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106: Como guardar um segredo 106: Como guardar um segredo Richard andava de um lado para o outro em seu quarto, com uma expressão sombria e pensativa enquanto ouvia os sons da festa ao longe. As risadas, a música, a mistura de vozes — tudo isso irritava seus nervos. Ele nunca gostou de encontros como esses, e esta noite não era diferente. Ele odiava a pretensão, as conversas sem fim e a necessidade constante de ser “Alfa” na frente de todos.

Com um suspiro pesado, passou a mão pelos cabelos grisalhos e olhou ao redor.

“Aqui,” a voz suave de Liana rompeu o silêncio, e Richard virou-se para vê-la se aproximando. Ela estendia um pequeno frasco de vidro, com uma expressão calma e composta. “Tome isso antes de ficar muito agitado.”

Richard resmungou baixinho, mas obedientemente pegou o frasco de sua mão. Ele sabia o que era — sua poção. Liana tinha lhe dado isso por anos agora — uma mistura cuidadosamente elaborada que o mantinha vivo. Era apenas mais um dos muitos segredos que compartilhavam.

Ele engoliu a poção de um só gole, franzindo a cara pelo gosto amargo antes de devolver o frasco a ela. “Não sei por que ainda nos incomodamos com essas coisas,” ele murmurou, limpando a boca com o dorso da mão. “Não gosto de festas. Nunca gostei.”

Liana lhe deu um sorriso compreensivo, seus olhos brilhando com algo indecifrável. “Não é sobre o que você gosta, Richard. É sobre manter as aparências. Você sabe disso.”

Richard soltou um suspiro frustrado, mas não disse nada. Ela estava certa, claro. Como Rei Alfa, ele não tinha o luxo de ignorar suas responsabilidades, não importa o quanto as odiasse.

Liana o observou por um momento; sua cabeça inclinada levemente. Havia um brilho estranho em seus olhos, um que deixava Richard desconfortável. Ela se aproximou, sua voz abaixando para um tom suave, quase casual. “Me diga uma coisa, Richard.”

Ele grunhiu, olhando para ela com cautela. “O que agora?”

“Você sente falta dela?”

Richard congelou, seu sangue esfriando enquanto as palavras o atingiam. Ele virou-se rapidamente para encarar Liana, suas sobrancelhas franzidas em confusão. “Quem?” ele perguntou, embora lá no fundo, ele já soubesse a resposta.

O olhar de Liana não vacilou. “Sua companheira. Jennifer.”

Por um momento, Richard não conseguia respirar. Sua garganta apertou, e seu coração batia forte no peito. Ele não ouvia esse nome há anos, não permitira a si mesmo sequer pensar nela. A lembrança de Jennifer, sua primeira companheira, estava enterrada profundamente — muito profundamente. Ele tinha certeza disso.

“Por que você está me perguntando isso?” ele rosnou, sua voz baixa e perigosa.

Liana ergueu uma sobrancelha, sua expressão desconcertantemente calma. “Você a amava?”

As mãos de Richard se fecharam em punhos ao seu lado, sua raiva fervendo logo abaixo da superfície. “Qual o sentido de falar sobre isso agora?” ele retrucou, sua voz dura. “Ela está morta, Liana. Faz anos. Você sabe disso.”

Liana não se intimidou com sua raiva. Ela simplesmente continuou a encará-lo, seu olhar firme. “Eu sei que ela está morta. Mas também sei que você nunca esquece sua primeira companheira. Não importa quantos anos passem. Não importa o quanto você tente enterrar.”

Richard apertou o maxilar, os músculos de seu rosto tremendo enquanto ele lutava para manter suas emoções sob controle. Ele odiava isso — odiava ser lembrado de algo que tinha tentado tão arduamente esquecer.

“Você está sendo paranóica,” ele disse entre dentes cerrados, seus olhos brilhando com uma raiva mal controlada. “Jennifer se foi. Fim da história.”

Mas Liana não tinha terminado. Ela deu um passo mais perto, sua voz suave, mas insistente. “Heather… ela me lembrou de Jennifer.”

O fôlego de Richard falhou, e por um breve momento, um lampejo de algo passou por seu rosto — algo que parecia quase como medo. Mas ele rapidamente o enterrou, balançando a cabeça. “Você está imaginando coisas,” ele disse rispidamente. “Heather não é nada como Jennifer.”

“Não é?” A voz de Liana era quase um sussurro agora, seus olhos penetrando nos dele. “Mesmos olhos. Mesma força silenciosa. Não pude deixar de notar.”

A raiva de Richard inflamou, e ele virou-se de costas para ela, seus punhos apertados. “Pare com isso, Liana. Apenas pare,” ele rosnou. “Jennifer está morta. Está morta há mais de duas décadas. Eu segui em frente. Nós seguimos em frente.”

Liana permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos se estreitando enquanto ela o observava. Então, com um suspiro, ela recuou, sua expressão suavizando. “Talvez você esteja certo,” ela disse baixinho. “Talvez eu esteja sendo paranóica.”

Richard soltou um suspiro trêmulo, aliviado por a conversa finalmente ter terminado. Ele podia sentir suas pulsações latejando em suas têmporas, o peso de seu passado pressionando sobre ele como uma pedra pesada. Ele odiava falar sobre Jennifer. Isso trazia de volta muitas memórias — memórias que ele preferia deixar enterradas.

“Vamos apenas focar no presente,” Richard disse rudemente, tentando afastar a conversa.

“Deveríamos ter matado a família dela também.” Liana murmurou.

**************************************************
Anne deitava de lado, olhando para o teto, seus pensamentos correndo incontroláveis. O quarto estava silencioso, exceto pelo suave zumbido do vento lá fora e as respirações regulares de Damien ao seu lado. A festa havia terminado há horas, mas a inquietação que se instalara em seu peito recusava-se a desaparecer.

Ela ainda não tinha contado a Damien. Como poderia?

Damien se mexeu ao lado dela, seu braço forte envolvendo sua cintura enquanto a puxava para mais perto em seu sono. Seu calor e sua presença deveriam confortá-la, mas essa noite só a fazia sentir-se mais sozinha com o segredo que guardava.

Ela respirou fundo, sua voz mal mais que um sussurro na tranquilidade do quarto. “Damien?”

Ele se mexeu, seus olhos abrindo devagar enquanto ele olhava para ela, sonolento, mas alerta num instante, sua mão acariciando suavemente suas costas. “Hmm?”

“Eu… Eu só queria dizer,” ela começou, sua voz tremendo levemente enquanto tentava encontrar as palavras certas, “que nunca te trairia.”

Damien piscou, sua expressão suavizando enquanto ele segurava seu rosto com uma mão, seu polegar acariciando sua pele num movimento lento e reconfortante. “O que te fez pensar nisso?” ele perguntou gentilmente, sua voz ainda grossa de sono, mas entremeada de preocupação.

Anne forçou um sorriso, embora ele não alcançasse seus olhos. “Não sei,” ela sussurrou, inclinando-se em seu toque. “Eu só precisava que você soubesse disso. Eu te amo, Damien. Eu nunca faria nada para te machucar.”

Seu olhar se suavizou ainda mais, e ele a puxou para mais perto, pressionando um beijo em sua testa. “Eu sei disso, Anne.”

“Eu te amo,” ela sussurrou novamente, enterrando o rosto em seu peito como se pudesse se esconder da culpa que roía suas entranhas.

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