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  3. Capítulo 579 - Capítulo 579: Não está bem
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Capítulo 579: Não está bem

A raiva, a frustrante sufocação—ela se desfez, apenas um pouco.

Eles caminharam em silêncio por um tempo, a tensão ainda pairando entre eles, mas sem mais sufocar.

Então, uma voz tranquila quebrou o silêncio.

“Eu tinha um temperamento forte quando era jovem.”

Xu Feng piscou, inclinando sua cabeça em direção a Xuan Yang. Será que seu marido estava tentando consolá-lo? Isso não era provável. Xuan Yang não era do tipo que mentia para oferecer um conforto falso.

O rosto de seu marido estava calmo, inabalável como de costume, mas havia algo… quase nostálgico em seu tom.

Xu Feng expirou um suspiro contido. “É uma coisa da linhagem imortal?”

Não era realmente uma pergunta. Ele já sabia a resposta.

Ele era uma besta demônio, de corpo e alma, mas os portadores da linhagem imortal e as bestas demônio eram feitos do mesmo tecido. A verdadeira diferença era o nível de pureza em suas linhagens.

O que Xuan Yang havia passado quando criança provavelmente não era tão diferente do que um jovem demônio com forma humana experimentaria.

E Xuan Yang…

Xuan Yang e Dong Yang eram mais do que apenas portadores da linhagem imortal.

Havia muito ali para ignorar. Muito para desvendar.

Xu Feng olhou para suas mãos dadas, depois de volta ao perfil composto de seu marido.

Um dia, eles precisariam conversar sobre isso. Havia tanto para falar, e até mesmo pensar em Dong Yang apertava seu coração. O dono do seu espaço extra ainda não havia se revelado, e a caverna que ele se lembrava ainda estava fora de seu alcance.

Por agora…

Havia outras coisas sobre as quais ele poderia falar. Outros elefantes enormemente óbvios que ele estava tentando ignorar. Era a distração perfeita.

A distância até o Pátio Florescente era grande, mas a caminhada entre eles se estendia em silenciosa contemplação.

A estufa e o pátio estavam aninhados perto do fundo da propriedade, longe do salão de recepção da frente, onde o peso das decisões de Xu Feng ainda pairava. O tempo que levavam para caminhar até lá lhe dava uma chance de respirar, de deixar o ar frio do outono se acomodar contra sua pele aquecida.

A flora ao redor deles finalmente começava a aceitar as mudanças das estações. As folhas começaram a enrolar, não mais se agarrando aos últimos sussurros de calor e sua energia residual. Nos meses anteriores, Xu Feng tinha lhes fornecido energia, mantendo os jardins vibrantes mesmo fora de temporada. Mas agora…

Agora que ele os deixou ir, ele precisava conservar sua energia onde pudesse.

Seus passos diminuíram à medida que passavam pela borda externa do pátio, seu olhar varrendo as flores murchas e as vinhas ralas.

Ele estava cansado.

Ele estava mais cansado do que havia percebido.

De volta a Dongmen, lutando para sobreviver no plano zumbi e recuperar o máximo de suprimentos que podia, ele havia ignorado o cansaço. Ele havia ignorado a fraqueza em seu corpo, o desgaste roendo sua alma.

Mas agora, ele não podia.

Ele estava funcionando no limite.

Seus poderes o mantinham em movimento, mas eles não o tornavam invencível. Ele estava saudável mas cansado. Não era apenas seu corpo que vinha se recuperando por meses—era sua própria alma. Ainda parecia crua de certa forma.

E ainda assim, Xu Feng havia empurrado isso para o lado e fingido que não era real.

Pois reconhecer isso significaria aceitar o que havia acontecido.

Eles entraram na estufa pela entrada principal, a umidade quente envolvendo-os como um abraço confortante. O espaço subterrâneo sempre fora um santuário, um mundo cuidadosamente mantido intocado pelo exterior. O ar estava denso com o cheiro de terra úmida e uma variedade de plantas, as vinhas ao longo das paredes ainda carregadas com seu último rendimento de Crisântemos Dragão.

Eles sentaram no mesmo banco de madeira onde haviam se reunido dias atrás, a memória de risadas e conversas leves pairando no espaço.

Mas agora, eram apenas os dois.

Xu Feng exalou lentamente, seu olhar caindo para a madeira polida sob suas pontas dos dedos.

E então, silenciosamente, como se as palavras estivessem esperando o momento certo para escapar, ele falou.

“Eu morri.”

As palavras se assentaram no ar quente, causais demais, reais demais.

Os dedos de Xuan Yang se tensionaram ao redor dos dele.

Xu Feng o olhou.

O homem que havia passado meses de luto por ele. O homem que havia ficado nas cinzas de sua suposta morte e carregado o peso de sua ausência como um fardo inabalável.

O homem que, apesar de tudo, estava lá quando ele abriu os olhos novamente.

“Você morreu.”

A voz de Xuan Yang estava embargada, um sussurro apenas mais forte que o farfalhar das folhas lá fora.

Xu Feng engoliu.

Alguns dias atrás, ele estava irritado—irritado com o quanto Jian e Yang estavam pegajosos, como o seguiam como sanguessugas, relutantes em deixá-lo fora de suas vistas.

Mas ele havia morrido.

É claro que eles não queriam deixá-lo partir.

É claro que estavam o observando como um falcão.

Ele morreu.

A realização o atingiu de uma só vez, como uma avalanche desabando de uma grande altura.

E Xu Feng começou a chorar.

Não o tipo de choro que começava com soluços, mas aquela espécie que se aproximava silenciosamente, passando pelas defesas sem permissão. Sua visão embasou, as bordas do rosto de Xuan Yang suavizando enquanto as lágrimas se acumulavam em seus olhos.

“Eu perdi vocês dois.”

Sua voz estalou, seus ombros tremendo.

“Eu te fiz sofrer.”

Ele conseguia ver isso agora.

Conseguia ver isso na hollowness do corpo de Xuan Yang, nos ângulos agudos de suas bochechas.

Isso era por causa dele.

Xu Feng sonhara com Yang sentindo sua falta no limite do que parecia ser loucura na época. Sonhara com Jian, também. Sonharam com o luto deles, o anseio, a autocondenação.

E se esses não eram sonhos – se fossem algo mais – ele não queria saber.

Mas o peso disso oprimia seu peito, uma culpa sufocante que ele não tinha conseguido sacudir por semanas.

“Me desculpa muito, Yang.”

Seus dedos apertaram os de Xuan Yang, seu corpo tremendo enquanto ele forçava as palavras a saírem.

“Eu queria não ter…”

Não ter o quê? Não ter morrido?

Não foi como se ele tivesse escolhido a morte.

O pensamento ardeu em sua garganta, amargo e agudo.

Ele expirou um suspiro trêmulo, sua mão livre pressionando contra seu peito como se isso de alguma forma aliviasse a dor.

A única coisa que o impedia de desmoronar completamente era o calor dos dedos de Xuan Yang nos seus, estáveis e um tanto quentes.

E ele era sortudo por as crianças ainda estarem dormindo.

Xuan Yang estava em silêncio. Ele não falava, não se movia – ele apenas segurava Xu Feng, seu aperto firme, mas cuidadoso, como se, se soltasse, mesmo por um segundo, seu marido escorregaria novamente.

O corpo de Xu Feng estava imóvel, mas seus ombros tremiam levemente.

Então, sem um som, uma lágrima escorreu por sua bochecha.

Era quente onde seus corpos se pressionavam, mas tudo o mais parecia insuportavelmente frio.

Este momento – era real. Era real para ambos.

…

Por dias, tudo tinha parecido um devaneio febril. O retorno de Xu Feng, seu riso, suas provocações casuais, até mesmo a maneira como ele se movia pela propriedade como se nada tivesse mudado – tudo parecia surreal, como uma ilusão frágil demais para confiar.

Mas isso – esse calor em seus braços, os soluços silenciosos abafados contra seu peito – isso era real.

Ele tinha Xu Feng de volta.

Ele apertou seu marido com mais força, como se para se ancorar, como se para gravar na memória o contato com ele.

Nenhum dos dois falou.

Desconhece-se quanto tempo ficaram assim, agarrados um ao outro, encontrando conforto no toque familiar, na solidez de sua presença.

…

Finalmente, Xu Feng se mexeu. Sua voz estava mais suave do que antes, crua, mas firme.

“Todos têm andado em ovos ao meu redor.”

Xuan Yang piscou. Ficou calado por um momento, ponderando as palavras, antes de inclinar um pouco a cabeça em reflexão.

“Ovos costumam ser delicados… então eles estão andando sobre eles com cuidado?”

Seu tom era quase hesitante, e apesar de si mesmo, Xu Feng soltou uma risada.

Ele se recostou um pouco, apenas o suficiente para encontrar os olhos escuros de seu marido. “Mmm, significa que eles estão sendo cuidadosos comigo. Demasiado cuidadosos.”

O olhar de Xuan Yang brilhou com entendimento.

Então, Xu Feng fechou a pequena distância entre eles, dando um beijo suave nos lábios do marido.

A resposta foi imediata – dois beijinhos rápidos foram dados em suas pálpebras, um após o outro.

O sorriso de Xu Feng clareou com o gesto familiar.

Xuan Yang murmurou, sua voz baixa, mas honesta. “Sim. Jian e eu estamos levando as coisas um dia de cada vez.”

Seu olhar não vacilou, como se ele já soubesse o que Xu Feng estava perguntando – até mesmo as partes que não eram ditas em voz alta.

“A partir de Si, San, e até mesmo Lee Hua. Bai Mo, Hu Zhe, e Xu Zeng… todos nós estamos nos contendo.”

Xu Feng não questionou como Xuan Yang sabia. Porque ele sabia da verdade, também.

No seu primeiro dia de volta, as lágrimas tinham sido demais. Ele sabia que sua reação tinha feito todos tentarem manter uma aparência corajosa. Mesmo aqueles que tinham chorado, ele tinha deixado suas emoções de lado, relutante em enfrentá-las.

Ele poderia lidar com alguns tapas no rosto, mas chorar?

A memória das lágrimas das meninas passou por sua mente. Então, as de Lee Hua.

Quanto aos homens – ele tinha ficado aliviado que eles não tinham começado o chororô com ele.

Mas eles tinham?

Xuan Yang continuou, rompendo com seus pensamentos.

“Bai Mo teve que receber alguns avisos do seu irmão.” Ele disse isso com um sorriso pequeno e divertido.

As sobrancelhas de Xu Feng se franziram. “Avisos?”

Xuan Yang assentiu. “Ele é surpreendentemente semelhante a você em certos aspectos… e mundos distantes em outros.”

Xu Feng inclinou sua cabeça. “Como assim?”

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