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- Capítulo 541 - 541 Space Trekking Pt.2 541 Space Trekking Pt.2 Dong Yang não
541: Space Trekking Pt.2 541: Space Trekking Pt.2 Dong Yang não estava disponível. Não agora, e talvez por um bom tempo.
Xu Feng soltou o ar lentamente, o peso daquela notícia assentando em seu peito como uma pedra. O que ele estava esperando? Ele nem mesmo sabia.
Mas a ausência era aguda, como uma peça que faltava em seu mundo já fragmentado. Mesmo que tivesse previsto algo assim, ainda doía.
A despeito da dor em seu coração, Xu Feng se encontrou caminhando em direção à entrada da caverna, quase sem pensar. A atração era instintiva.
Um passo lento e pesado após o outro, seus pés o levavam para mais perto, como se a própria distância pesasse em sua alma. Então—ele não pôde mais avançar.
Uma barreira invisível encontrou sua mão estendida com uma pressão firme e fria. Ela pulsava embaixo de sua palma, rítmica e constante—como um batimento cardíaco.
“Hah…” Xu Feng deixou escapar um suspiro trêmulo, pressionando a palma mais firmemente contra a parede invisível.
Seu olhar se suavizou enquanto ele permanecia ali, sua testa repousando brevemente na barreira. Ele trouxe vinho para Dong Yang—um gesto simples, a um velho amante.
“Eu trouxe vinho para o seu mestre,” ele sussurrou, olhos demorando-se na boca escura da caverna. Sua voz era suave, quase reverente como se o ato de dizê-lo em voz alta o conectasse à figura distante e inalcançável.
Ele não se deu ao trabalho de olhar para trás, para onde tinha estado antes. Havia apenas uma jarra de vinho, e se o seu travesso espaço parecido com um filhote pudesse mover coisas, este velho avô de um espaço certamente poderia fazer o mesmo.
Como se respondendo ao seu pensamento não dito, a jarra de vinho apareceu a seus pés, assentada cuidadosamente na beira da barreira.
Um pequeno sorriso genuíno se espalhou pelo rosto de Xu Feng.
“Ainda causando problema, mesmo agora,” Xu Feng murmurou, carinho infiltrando-se em sua voz apesar da frustração por trás de suas palavras. Dong Yang sempre tinha sido irritante, em qualquer vida.
Ele permaneceu lá por mais um instante, perdido em pensamentos nostálgicos e agridoces. Finalmente, ele se endireitou com um longo suspiro. Não havia motivo para ficar mais, não hoje.
“Bem, velho,” Xu Feng sussurrou, seu tom calmo, mas determinado, “é melhor você voltar logo. Eu ainda não terminei com você. Você ainda me deve uma libra de carne”
Com isso, ele deixou sua mão cair da barreira, o pulso frio embaixo de sua palma desaparecendo enquanto ele dava um passo para trás. Mas mesmo se afastando da caverna, o espaço ainda pressionava sua consciência, quente e confortável.
“Quando eu saí, você não era,” Xu Feng pausou brevemente, achando estranho falar com um espaço como se fosse uma pessoa, “tão vivo…”
A resposta foi imediata, um pensamento tranquilo, mas claro invadiu sua mente: ‘Energia.’
Xu Feng inclinou a cabeça, processando aquela palavra. “Dos núcleos de cristal?”
‘Sim.’
Ele franziu a testa levemente. “Você e o meu espaço usaram os núcleos de cristal?”
‘Sim.’
Xu Feng bufou. “Mas você não viu os filhotes?”
‘Não.’
Ele riu baixinho. Seu próprio espaço estava feliz em roubar dele—mas só por boas causas, é claro. No entanto, de algum modo, decidiu não compartilhar o acesso aos seus filhos com o espaço de Dong Yang.
Os espaços estavam jogando seu próprio jogo.
“Hmmm…” Xu Feng sorriu maliciosamente. Mesmo o sábio e velho espaço não parecia totalmente satisfeito com o segredo do seu companheiro mais jovem.
Ele quase podia ouvir um suspiro exasperado vir dele—como um velho carrancudo resmungando sobre ‘a juventude de hoje.’
Esse pensamento fez seu sorriso se alargar.
“Eu tenho que ir para casa,” Xu Feng admitiu suavemente, a dor familiar retornando ao seu peito. Ele precisava voltar para a Propriedade Nanshan, de volta para as pessoas que esperavam por ele e os filhotes.
Uma onda de tristeza percorreu o espaço, impossível de ignorar. O próprio ar parecia ficar mais pesado, como se relutante em deixá-lo partir.
“Eu voltarei assim que puder arranjar um tempo… com os filhotes.” Xu Feng acariciou o pequeno embrulho preso a seu corpo. “Eu os trarei para uma visita. Nós visitaremos você e Dong Yang.”
O espaço zumbiu, um som lento e deliberado que parecia como um velho homem oferecendo uma aprovação silenciosa.
‘Hmmm.’
Xu Feng riu baixo, um sorriso brincando em seus lábios. O espaço realmente era interessante. O zumbido pensativo o fazia lembrar de um personagem de um drama C—sábio, lento para falar, mas sempre um passo à frente.
Estar aqui, cercado por essa energia familiar, era como estar com seu Xuan Yang novamente—apenas mais velho e ainda mais calmo.
A lembrança fez o coração de Xu Feng doer com uma estranha mistura de alegria e tristeza. Por que o espaço de Dong Yang parecia tanto com o de Xuan Yang? — essa era uma questão estúpida, porém.
E, mais importante, por que o espaço dele — o que ele compartilhava com Xu Zeng — era tão travesso e astuto?
Xu Feng estreitou os olhos, pensativo. Seu espaço era astuto demais. Ele havia desviado seus núcleos de cristal tão suados sem uma palavra, não apenas para ajudar o espaço de Dong Yang a se curar, mas também para se manter — e às duas crianças.
Ele bufou novamente, sentindo-se tanto divertido quanto exasperado. Que coisinha esperta era. Não era um mau investimento, ajudando os dois espaços e seus filhotes a prosperar, mas a forma como operava era indubitavelmente… petulante.
“De onde tirou esse mal comportamento?” Xu Feng murmurou para si mesmo, metade em frustração.
Não poderia ter sido dele. Não, ele jamais se comportaria com tanta timidez ao ser pego fazendo algo errado — jamais!
Tinha que ser influência de Xu Zeng. Xu Feng acenou para si mesmo, convencido. Sim, Xu Zeng deveria ser a razão pela qual seu espaço era tão travesso.
Xu Feng balançou a cabeça, tentando conter a risada que ameaçava escapar. Ele não tinha tempo para ensinar boas maneiras a um espaço agora. Mas no futuro? Ele teria que ensinar boas maneiras primeiro a Xu Zeng.
Claramente, o comportamento de seu irmão mais novo estava influenciando o espaço deles.
“Obrigado,” Xu Feng sussurrou para a caverna, sua voz suave.
Ele fechou os olhos com força e pensou com toda a sua vontade em sair do espaço de Dong Yang. Não de volta para o seu próprio espaço — essa parte era muito importante. Ele se concentrou forte no pensamento, visualizando-se do lado de fora, longe dos espaços astutos.
Por um momento, tudo parecia parado. O ar zumbia levemente como se o espaço estivesse considerando seu pedido.
Quando Xu Feng abriu os olhos…
A caverna ainda estava a vários metros à frente.
Seus lábios se retorceram com frustração. ‘Espaço maldito.’
Xu Feng encarou a caverna com uma expressão impassível. Sério? O espaço estava brincando com ele? Ele esfregou a testa, murmurando sob a respiração. Era algum tipo de piada?
“…Eu preciso barganhar com você?” ele resmungou, encarando o ar parado ao seu redor. Ou talvez… palavras mágicas funcionariam?
Ele balançou a cabeça quase imediatamente. Não. Abracadabra era apenas uma palavra inventada.
“…Abracadabra?” Xu Feng sussurrou, tentando mesmo assim. Sua voz era tão baixa que nem Da Long e Xiao Long, aconchegados contra ele, poderiam ter ouvido.
Por um momento, nada aconteceu. Xu Feng olhou em volta esperançoso, mas… sem mudanças.
Ele exalou lentamente pelo nariz, contendo uma praga. Espaço estúpido.
Era exatamente como seu mestre — um incômodo astuto e irritante. Tanto Dong Yang quanto Xuan Yang haviam nascido para ser espinhos no seu lado, e parecia que o espaço deles não era exceção. Sábio, talvez. Antigo, com certeza. Mas um problema? Sempre.
“Você deveria estar me mimando,” Xu Feng murmurou, sua voz no meio do caminho entre um gemido e um resmungo. Sem perceber, ele fez beicinho — apenas por um segundo — antes de se controlar.
“Eu preciso ir para casa… voltar para Nanshan —”
Antes de terminar a frase, o ar pareceu ondular ao seu redor. Uma presença familiar e provocadora pressionou contra sua consciência, e por um momento, Xu Feng poderia jurar que o espaço estava… rindo dele.
Seus olhos se estreitaram em irritação. O velhote estava gostando disso.
Ele abriu a boca para reagir, pronto para dar um pedaço de sua opinião ao espaço, mas antes que as palavras pudessem sair de seus lábios —
A cena ao seu redor mudou.
Um momento, ele estava parado à beira da caverna, o ar denso com o zumbido de energia ancestral. No próximo…
Ele não estava mais no Kansas.
Ou talvez ele estivesse no Kansas agora, e antes estivesse na estrada de tijolos amarelos. Quem sabe? Neste ponto, realmente não importava.
Xu Feng piscou, absorvendo seus novos arredores com curiosidade apreensiva. As cores aqui eram apagadas, o ar parado e fresco. Ele estava no meio de um aglomerado de árvores altas demais.
Isso não era o seu espaço, e definitivamente não era o de Dong Yang.
Xu Feng apertou o agasalho da criança dormindo contra seu peito, a outra aconchegada em suas costas. O ar frio beliscava sua pele, deslizando sob a borda de suas roupas e fazendo-o estremecer.
A pequena mão de Da Long tremeu contra sua frente, o filhote se movendo em seu sono, mas nenhuma das crianças despertou completamente.
O vento assobiava suavemente através da floresta antiga ao redor deles. Xu Feng exalou, observando seu sopro se misturar com o ar gélido antes de desaparecer no nada.