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- Capítulo 540 - 540 Space Trekking Pt.1 540 Space Trekking Pt.1 Era apenas
540: Space Trekking Pt.1 540: Space Trekking Pt.1 Era apenas uma troca de fraldas e uma alimentação, mas criar filhos já estava sendo mais trabalho do que Xu Feng esperava. Como as pessoas faziam isso o dia todo?
O cansaço se instalou em seus ossos mais rápido do que ele imaginava ser possível. Pelo menos havia água agora, mas não era água quente, e isso era um problema.
Ter um usuário de habilidade de fogo por perto — como o pequeno Mingjun — teria sido útil. Ele riu baixinho para si mesmo, imaginando o pequeno sorrir ao acender um fogo com apenas um estalar de dedos.
Ele sentia falta deles. Não apenas de Mingjun, mas do trio da Família Feng inteiro. Ele também sentia falta de todos de volta na Fazenda Nanshan — seus amores, seus amigos, todos que pareciam seu lugar seguro.
A ânsia pelo lar o roía, e agora, por cima disso, ele estava sentindo falta do trio da Família Feng também.
Xu Feng estava uma bagunça, e ele sabia disso. Mas se afundar nesses sentimentos não o levaria a lugar nenhum.
Ele havia decidido — era hora de voltar. Permanecer nesse espaço estava apenas adiando o inevitável, e ele tinha responsabilidades esperando por ele.
“Hah,” com um suspiro final, Xu Feng ajustou sua carga. Um pote extra de vinho juntou-se ao feixe de seus pertences, balançando silenciosamente a cada passo.
Ele olhou para a deslumbrante pilha de tesouros espalhada pelo espaço — definitivamente não era dele, mas, oh, como era tentador levá-la toda. Suas mãos se contorciam com a vontade de arrastá-la consigo, mas a parte racional dele sabia que não era prático.
Ainda assim… deixar toda essa riqueza aqui parecia um desperdício. Ele poderia usá-la, talvez guardá-la em algum lugar seguro. Se ele não pudesse voltar a esse espaço mais tarde, tudo estaria perdido.
“Eu deveria pegar alguns núcleos de cristal comigo,” Xu Feng murmurou para si mesmo, sem realmente esperar nada.
No momento em que as palavras saíram de seus lábios, uma enxurrada de núcleos de cristal voaram em sua direção, cintilando enquanto pousavam suavemente em suas mãos estendidas.
Sua boca se abriu ligeiramente de surpresa. “O quê?”
Ele piscou para os núcleos em suas palmas, sentindo o cálido zumbido do espaço ao seu redor. Seria realmente tão fácil? Se o espaço pudesse entregar núcleos de cristal por comando, poderia dar fraldas também?
Quanto mais Xu Feng pensava sobre isso, mais ele se convencia de que havia uma presença ali. Uma consciência tranquila vibrava no ar, quase tímida, como uma criança pega fazendo uma travessura.
Ou… como um filhote aprontando. Xu Feng não tinha certeza se era um truque de sua mente cansada, mas parecia real.
Talvez — apenas talvez — criar um ou dois bebês não seria tão impossível se ele ficasse aqui. Neste espaço, pelo menos, ele tinha quase tudo de que precisava.
Um sorriso estranho puxou seus lábios. Era quase o suficiente para fazê-lo querer ficar mais tempo e descobrir essa nova presença. Mas não, ele havia tomado sua decisão. Era hora de seguir em frente.
“Obrigado,” Xu Feng disse em voz alta, sentindo-se um pouco tolo falando com o ar vazio. No entanto, o espaço respondeu instantaneamente — seu zumbido brilhou, quase como se estivesse balançando uma cauda invisível.
Seu sorriso floresceu plenamente. O espaço estava feliz, e ele estava feliz. Por que não se entregar um pouco à tolice?
“Abracadabra!” ele comandou com um sorriso, levantando uma mão dramaticamente como um velho mágico em um programa infantil.
Imediatamente, a mesma consciência brincalhona ganhou vida em sua mente, ansiosamente responsiva. Não era apenas seu espaço que ele podia sentir agora. Havia outro — uma presença antiga e estável, adormecida logo abaixo da superfície de seus pensamentos.
Este sentia-se mais velho, mais sábio. Se o seu espaço era um filhote, este era como um cão velho e satisfeito que acabara de perceber que estava sendo notado pela primeira vez há algum tempo.
O sorriso de Xu Feng vacilou ligeiramente. Ele conhecia aquela sensação instintivamente. Isso tinha que ser o espaço de Dong Yang — o ligado à sua antiga serpente. Fazia sentido que se parecesse com o seu próprio espaço.
Ele mergulhou em sua mente, pretendendo invocar os dois anéis ligados ao espaço, mas antes que pudesse reagir —
Tudo mudou.
De repente, Xu Feng e suas 101 diferentes peças de bagagem não estavam mais parados na clareira onde estavam há um momento atrás. Ele estava em um lugar completamente novo, embora estranhamente familiar.
O mundo ao seu redor cintilava com cores vibrantes, muito mais vivo do que o vazio sem vida que ele inconscientemente esperava.
Xu Feng olhou ao redor, absorvendo seu ambiente com cautelosa curiosidade. Era claro que o espaço havia sofrido uma transformação desde a última vez que ele esteve aqui.
Parecia… vivo.
Plantas balançavam suavemente sob uma brisa invisível, e o céu brilhava em suaves tons de azul e lavanda. Flores estranhas e luminosas floresciam em grupos, e um ribeiro gentil murmurava ao longe, refletindo a luz suave de cima.
Até uma pequena fonte termal podia ser vista.
Ele se virou lentamente, absorvendo tudo. Isso não era como ele se lembrava do espaço de Dong Yang. Na última vez que estivera aqui, parecia desolado, como se toda a vida tivesse sido drenada dele. Agora, porém, o espaço estava curando — prosperando, até.
O espaço ao seu redor pulsava suavemente, como se reconhecesse seu encanto. Não estava apenas vivo — estava ciente.
Xu Feng sentiu uma dor aguda cortar sua cabeça, súbita e avassaladora, mas tão rapidamente quanto veio, desapareceu. Ele tropeçou ligeiramente, piscando para afastar a tontura.
Algo estava errado. Ele se lembrava de ter estado neste espaço antes — ele tinha certeza de que as memórias eram reais. Mas suas memórias estavam cheias de estranhos buracos desconexos, como um livro com páginas arrancadas aleatoriamente.
Ele franziu a testa, tentando juntar o que sabia. Seu próprio espaço era tão nebuloso em sua mente, sua geografia escapando como um sonho ao acordar. O estado em que ele estava quando esteve neste espaço pela última vez causou essa névoa?
Ele pensou de volta — havia muita sangue, e ele havia se banhado, mas… tudo se mesclava, uma névoa meio lembrada.
“Ótimo,” ele murmurou sob sua respiração, esfregando as têmporas. Xu Feng, mestre da amnésia. Parecia que seu nome do meio deveria ser “amnésico”.
Ainda assim, apesar da confusão girando em sua mente, a presença do espaço de Dong Yang pressionando contra seus pensamentos era quente e tranquilizadora. Era como uma mão firme em seu ombro ou o toque de um velho amigo afetuoso.
Xu Feng exalou, permitindo-se relaxar, mesmo que apenas um pouco.
Ele não estava indisposto a ser consolado. Era bom ser mimado — apenas por um momento. Mas o momento não durava muito.
Ele logo sentiu a grama sob seus pés mexer, as lâminas macias se entrelaçando e avançando em direção aos feixes presos ao seu corpo — em direção a Da Long.
Xu Feng ficou tenso. Ele não podia ver o que estava acontecendo atrás dele, mas podia sentir — as plantas pairando perto de Xiao Long, esperando.
Esperando pelo quê? Permissão?
Seus lábios se curvaram num sorriso apesar de si mesmo. Este espaço realmente se sentia como uma alma velha. Não tinha vergonha em expressar seus desejos. Se queria algo, deixava isso bem claro.
“Apenas não os acorde,” Xu Feng murmurou, olhando para baixo para o bebê aconchegado perto de seu peito.
No momento em que as palavras saíram de sua boca, as plantas entraram em ação. Elas teciam delicadamente em torno das crianças, roçando nelas como mãos gentis, como se as embalassem de volta ao sono. Não era invasivo, mas cuidadoso — como adultos mimando crianças preciosas em sua família.
Xu Feng não pôde deixar de rir baixinho para si mesmo. Filhote amoroso versus avô atencioso — essa era a diferença entre o seu espaço e este.
Seus nervos, desgastados pelo cansaço e preocupação, começaram a se acalmar. A tensão constante que zumbia no fundo de sua mente aliviava sob o cuidado quieto e constante do espaço.
Sua tentativa de ser tolo antes não havia sido nada mais do que um mecanismo de enfrentamento — uma forma de encobrir seus medos roedores. Mas o espaço sabia melhor. Ambos os espaços sabiam.
Eles o entretiam e o mimavam, assim como este avô de um espaço cuidava das duas crianças adormecidas.
Não era uma coisa ruim ser cuidado, Xu Feng percebeu. O espaço carregava o mesmo espírito de seu mestre — astuto, sábio, mas gentil com aqueles que amava. Estranhamente, esse pensamento provocou um nó na garganta de Xu Feng.
Seus olhos se tornaram sombrios.
“Seu mestre ainda está…” Ele parou, incerto do que queria perguntar. ‘Dong Yang ainda estava aqui?’
Ele não sabia que resposta esperava, mas precisava saber de algo.
O espaço se mexeu ao seu redor, as plantas se desenrolando relutantemente das duas crianças. Eles deram um último toque carinhoso em Da Long e Xiao Long antes de recuar, abrindo-se como uma cortina para revelar a entrada de uma caverna à distância.
Xu Feng congelou. A visão da caverna despertou algo dentro dele — um sentimento de familiaridade misturado com saudade.
Ele deu um passo cauteloso em direção a ela, mas antes que pudesse ir mais longe, uma resposta clara veio através do espaço, pressionando gentilmente, mas com firmeza, em sua mente.
‘Não.’