O Amor de um Lican - Capítulo 32

32: A ORDEM NÃO DITA 32: A ORDEM NÃO DITA Um dos guerreiros abriu a porta do carro para Torak, e ele colocou Raine cuidadosamente no banco de trás, antes de se sentar ao lado dela. 
Depois disso, Rafael ocupou o assento do passageiro enquanto Calleb dirigia o carro para fora do estacionamento. Junto com o carro deles, dezenas de outros veículos partiram da cena também.

Esses outros carros estavam cheios com os respectivos Alfas de suas alcatéias e seus guerreiros.

No entanto, o carro de Torak foi escoltado por carros de guerreiros de cada lado e também dez Lycans em sua forma de lobo correndo ao lado deles. 
A fuga deles foi extravagante, aqueles caçadores de notícias não puderam segui-los não porque perderam o rastro, mas porque não conseguiram penetrar na segurança do povo de Torak. 
Dentro do carro Torak embalou Raine em seu colo e removeu a touca. “Você está machucada?” Ele perguntou com uma profunda preocupação em seus olhos.

Raine levantou sua mão direita e mostrou-lhe o arranhão. Era uma linha reta longa que cruzava o dorso de sua mão e estava levemente sangrando, como se alguém a tivesse esfaqueado com uma agulha e arrastado por cima.

Com a visão, Torak rosnou mais profundamente, pois sabia que não deveria levantar a voz na presença de sua parceira. 
[QUEM FEZ ISSO!?] Mas claro que ele poderia fazer isso de outra maneira.

Rafael e Calleb se remexeram desconfortavelmente em seus assentos. “Não vimos, Torak. Havia muitas pessoas ao nosso redor.” Rafael respondeu.

“Mas, eram nossas pessoas.” Observou Calleb. “Eles não ousariam, não são loucos o suficiente para fazer algo estúpido como machucar sua Luna.” Ele murmurou enquanto seus olhos pareciam vidrados. Aparentemente, ele estava se comunicando com outros Lycans presentes.

No banco de trás, Torak estava franzindo a testa enquanto olhava para o arranhão. Eles não tinham caixa de medicamentos no carro, já que ninguém jamais precisava disso, na verdade Raine também não estava gravemente ferida, mas isso não deixava Torak tranquilo. 
Com um arranhão daqueles, levaria apenas dez segundos para alguém de sua espécie cicatrizar. Graças à sua notável capacidade de cura, mas para um humano, levaria dias, e Torak não estava no clima para ver isso por dias.

À medida que o sangue escorria, ele levou a mão dela aos seus lábios e, por instinto, lambeu a ferida. A maioria dos animais tende a lamber suas feridas para ajudar a parar o sangramento, a fim de curar a ferida mais rapidamente.

Raine inclinou a cabeça e olhou para Torak com curiosidade. Ela tinha o hábito de lamber suas feridas também, mas só se fosse um arranhão. 
Contudo, a ação de Torak não a incomodou por muito tempo, uma vez que ela pousou a cabeça em seu ombro e escutou o batimento cardíaco dele, o sono a dominou. Hoje foi um dia longo, e a noite foi intensa, além disso, era confortável nos braços dele, então, quando suas pálpebras começaram a pesar, ela não lutou contra isso e adormeceu facilmente.

Sentindo que a respiração de Raine se tornou uniforme com ela adormecida, Torak a envolveu com um cobertor e a segurou em seus braços.

A noite chegou enquanto a garoa batia contra a janela do carro. A noite estava como naquela em que ele conheceu Raine pela primeira vez. 
 ”Sim, Alfa.” Rafael e Calleb responderam a ordem não dita de Torak em voz baixa.