O Amor de um Lican - Capítulo 1185
Capítulo 1185: KAYDEN (13)
Tiana olhava, com os olhos bem abertos, para o que Reymond tinha feito com Kayden. Ele era um verdadeiro idiota por ter arrancado o tubo de oxigênio de Kayden.
“Pare com isso! Você vai matá-lo!” Tiana gritou com raiva, avançando com a intenção de fazer o que fosse necessário para machucar o pai louco de Oliver.
Agora Tiana sabe de onde Oliver tirou sua loucura.
Mas, então, casualmente, Reymond tirou uma arma de sua cintura e apontou para a testa de Kayden enquanto sorria docemente para Tiana.
“Agora me diga, quem matou meu filho?” A voz calma de Reymon era muito mais assustadora do que qualquer coisa e seus olhos brilhavam com vingança.
“Eu! Eu matei seu filho!” Tiana exclamou, ela viu Kayden tendo dificuldades para respirar, mesmo com os olhos fechados. “Agora coloque o oxigênio nele de volta.”
Ao ouvir essa declaração, Reymon explodiu em gargalhadas, como se tivesse acabado de ouvir a piada mais engraçada de sua vida.
“Tiana… você realmente não esperava que eu acreditasse nisso, não é?” ele perguntou com voz rouca, mas então ele viu a condição de Kayden e decidiu recolocar seu respirador.
Isso fez Tiana se sentir um pouco aliviada, mesmo que Reymon ainda tivesse a arma apontada para a cabeça de Kayden.
“Você espera que eu acredite que você matou meu filho? E os dez amigos dele?” Reymond resmungou, ele olhou para Tiana com olhos cheios de ódio. “Se não fosse por Oliver dizer que só queria brincar com você, você não poderia se aproximar do meu filho com seu status.”
Tiana fechou os punhos ao seu lado e olhou profundamente nos olhos de Reymond. Se não fosse ele segurando uma arma e podendo matar Kayden a qualquer momento, Tiana teria amaldiçoado e socado ele no rosto.
Infelizmente, a situação não permitia que ela fizesse isso.
Tiana não tinha certeza se Kayden sobreviveria se Reymond realmente atirasse nele na cabeça de perto, fosse ele um transmorfo ou não.
“Agora, me diga o que você sabe. Quem é esse homem?” ele perguntou.
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Torak e Raine caminhavam pelo corredor do hospital, acompanhados de vários guerreiros licantropos que andavam atrás deles, com Jack, o Gama, à frente.
Entretanto, houve uma comoção que chamou a atenção de ambos, pois vinha do quarto onde o filho deles estava sendo tratado.
Uma mulher de meia-idade discutia com dois homens que guardavam a frente de um quarto, e, após uma inspeção mais detalhada, era mesmo o quarto de Kayden sobre o qual Tiana havia falado.
“O que é isto?” Raine perguntou ao ver a comoção.
“Não interfira, continue andando e vá embora!” exclamou um dos homens. Ele nem ao menos levantou a cabeça para olhar melhor para Raine, porque a mulher à frente deles estava furiosa para entrar no quarto.
Ouvido a resposta grosseira do homem, claro que Torak não ficaria calado, imediatamente, sua expressão facial mudou e ele ficou com um olhar frio e severo.
“Ninguém fala com minha esposa desse jeito,” ele disse em um tom sombrio.
“Saia da frente, isso não é da sua conta!” gritou o outro homem, ele ainda não tinha percebido o perigo que o rondava por essa atitude arrogante.
Só que Torak não deixaria isso passar tão facilmente, não depois de terem tratado sua esposa daquela forma.
Então, em vez de se afastar, Torak se aproximou deles e pegou o homem pelo pescoço, erguendo-o com uma mão e causando alvoroço entre os espectadores.
“Torak,” Raine o alertou. “Não faça isso.”
Torak lançou um olhar para Raine, as sobrancelhas franzidas de sua esposa o fizeram desistir da intenção de matar esse homem.
“Certo,” Torak respondeu simplesmente enquanto jogava o homem pelo quarto até que seu corpo batesse na parede e deixasse uma marca lá.
Jack, que presenciara aquilo, sussurrou para Raine. “Devo chamar Belinda agora para apagar a memória dessas pessoas?” ele perguntou.
“Sim… chame Belinda,” respondeu Raine com um suspiro profundo.
Em seguida, ela segurou a mão estendida de Torak e entrou no quarto onde Kayden estava sendo tratado, depois de Torak ter dito a Jack, “Cuide deles,” ele disse simplesmente.
Por outro lado, a mãe de Tiana parecia surpresa, ela não podia acreditar que um humano tinha essa habilidade. Por um momento, ela apenas ficou parada, congelada, até que uma jovem mulher gentilmente puxou sua mão, e sorriu para ela.
“Você deve ser a mãe da Tiana, certo?” perguntou Raine, enquanto Torak colocava seu braço ao redor dela, enquanto Jack e vários guarda-costas estavam limpando a bagunça que o Alfa Supremo tinha causado.
“Sim… e você?” ela perguntou timidamente.
“Eu sou a mãe do Kayden, amiga da Tiana,” Raine respondeu casualmente e as duas entraram no quarto, apenas para verem uma cena ainda mais chocante.
Um homem estava sentado ao lado da cama do filho com uma arma apontada para a cabeça de Kayden, enquanto Tiana estava do outro lado do quarto, parecendo aterrorizada, mas a raiva podia ser vista em seus belos olhos.
“Tiana,” Ela imediatamente se aproximou da filha e a abraçou com força. “O que está acontecendo aqui?” ela perguntou.
Vendo isso, Raine estava preocupada com o filho, mas o que ela temia muito mais era a reação de Torak.
“Meu amor,” Torak a chamou, mas o afeto não soou doce para os ouvidos de Raine naquele momento. “Você poderia tirar as duas daqui por um momento?”
“Torak,” Raine o chamou. “Não exagere,” ela disse.
“Não se preocupe.”
Precisamente quando Torak falou para ela não se preocupar, era um sinal para Raine começar a se preocupar.
Entretanto, não era o momento de discutir com o marido, então ela sorriu docemente para Tiana e sua mãe, estendendo a mão.
“Você deve ser a Tiana, prazer em conhecê-la, vamos conversar lá fora tomando um chá,” disse Raine com uma voz suave.
“Mas…” Tiana ainda parecia hesitante em deixar Kayden, mas Raine a tranquilizou dizendo que tudo ficaria bem.
E, assim que saiu, Raine pediu a Jack para ficar de olho em Torak. “Não deixe ele exagerar.” A palavra ‘exagerar’ aqui, claro, implicava que alguém perdesse a vida.
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“Quem é você?” Reymond perguntou com os olhos estreitos ao ver Torak à sua frente. Ele podia imaginar quem ele era, mas só queria confirmar.
“Pode tirar a arma do meu filho?” perguntou Torak friamente. Em seguida, ele casualmente pegou o sofá e sentou-se lá. “Você apontou uma arma para o meu filho.”
Claro que a aura que emanava dele era tão forte que fazia Reymond se sentir desconfortável.
“Quem é você?” Reymond ignorou a pergunta de Torak e manteve sua arma apontada para a cabeça de Kayden.
Porque suas palavras não foram atendidas, isso irritou um pouco Torak. Não havia ninguém que não ouvisse o que ele tinha a dizer, especialmente alguém que ameaçasse a segurança de sua família.
Assim, ele estendeu a mão e pegou um enfeite em forma de esfera da mesa e o lançou rapidamente na cabeça de Reymond.
Torak sabia que o homem não seria capaz de disparar um tiro acidentalmente em Kayden, porque a arma ainda estava no modo seguro e não dispararia.
“Porra!” Reymond rosnou furioso. “Você não sabe quem eu sou!?”
Torak inclinou a cabeça ao ouvir a pergunta. “Não preciso saber quem você é, mas acho que você precisa saber com quem está lidando.”
Ao ouvir essas palavras, Reymond perdeu a calma, então rapidamente agarrou sua arma e atirou direto no peito de Torak.
Porém, Torak viu o movimento e já tinha passado por muitas batalhas para poder desviar de uma bala com facilidade.
“O quê?” Reymond nem sequer percebeu que Torak estava se aproximando dele, enquanto observava como ele conseguia desviar de uma bala tão precisamente. “O que é isso…”
E no segundo seguinte, Torak bateu a cabeça do homem contra a parede, deixando uma mancha de sangue ali.
“Espero que ele não morra, senão a mãe vai ficar muito chateada com você.”
Ao ouvir a voz, Torak se virou e olhou para o seu filho acusatoriamente. Ele queria brigar com Kayden, mas não queria criar confusão com Raine.
Essa situação é realmente uma droga. Por que a sua esposa sempre defendia os filhos?
“Não, ele apenas está dormindo profundamente.” Torak chutou o corpo de Reymond que havia caído aos seus pés e confirmou que o homem havia simplesmente perdido a consciência. “Como foi seu sono, garoto?” ele perguntou.
“Você está fazendo muito barulho, como posso dormir bem,” resmungou Kayden, em seguida tirou o respirador e se empurrou para se sentar. Mas, parecia que levaria um tempo para fazer isso, pois sua cabeça doía muito.
“Quantas pessoas você matou?” perguntou Torak, em seguida sentou-se novamente no sofá onde havia sentado, deixando o corpo de Reymond apenas deitado no chão.
Lá fora, Jack deve estar lutando para lidar com as pessoas do hospital tentando entrar porque ouviram tiros e a confusão que as duas pessoas de Reymond estavam fazendo.
“Não me lembro,” respondeu Kayden, balançando a cabeça. “Dez, onze… eu não os contei.”
“E você desmaiou imediatamente?” perguntou Torak.
“É, acho que sim,” resmungou Kayden.
Torak já sabia disso há muito tempo, que seus dois filhos, assim como os filhos de seus outros irmãos têm a mesma coisa.
Eles não podiam matar humanos, porque o efeito seria muito forte contra eles. Felizmente Kayden só ficou inconsciente por um dia.
“Temos muito o que conversar,” Torak disse num tom sério.
“Não pode esperar até eu me sentir melhor primeiro?” Kayden perguntou.
“Pare de reclamar, você que começou isso.”
“Onde está a mãe?”
“Até sua mãe não será capaz de ajudar você.”
“Tem certeza, pai?”
Torak: “…”