O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 948

948: A BATALHA FINAL (14) 948: A BATALHA FINAL (14) Duas luzes, um piscar de olhos vermelhos quando ele olhou para seu próprio reflexo no espelho e uma cor castanha que o lembrava do céu ao entardecer.

 
A voz de Leane soava tão distante, tudo parecia irreal, mas lúcido ao mesmo tempo.

 
Ele estava segurando um bebê. Aliana acabara de dar à luz a um menino e Ethan parecia tão feliz, pois eles vinham lutando há muito tempo.

 
“Eu sou um pai agora! Eu sou um pai!” Ethan parecia tão feliz, que pulava para cima e para baixo e anunciava isso para toda a alcateia.

 
Todos riam de suas palhaçadas. Todos pareciam muito felizes.

 
Mas, algo não estava certo para Cane. Mais uma vez, ele olhou seu reflexo no espelho e viu que estranhos olhos vermelhos o encaravam. Não durou muito, quase como se ele realmente não os tivesse visto.

 
Cane encarou seu reflexo por um longo tempo. Ele estava segurando o bebê em seus braços e quando o bebê parou de chorar, ele imediatamente foi verificar se ele estava bem.

 
“O que aconteceu?” perguntou Leana, mas Cane simplesmente balançou a cabeça.

 
Ele não sabia por que a primeira coisa que lhe veio à mente quando o bebê parou de chorar foi o pensamento de que o bebê estava morto.

 
“Pai, vamos brincar!” Ezga puxou o manto de Cane. Ele estava sorrindo para ele. Tinha olhos negros e cabelos negros, como ele. Um menino saudável e ativo, que era a luz dos seus olhos.

 
Seu pequeno se transformou pela primeira vez há alguns meses e Cane estava lá para ajudá-lo durante o processo, garantindo que tudo ficaria bem, que ele estaria lá para orientá-lo em cada etapa do caminho.

 
Esse era um momento de laço entre um transformador e seu filhote.

 
Ele estava tão orgulhoso dele, ainda assim, algo não parecia certo…
 
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“Eu não entendo.” Joel falou com Jace na manhã em que deveriam partir para a alcateia da Lua Celestial. “Você leva Zale com você, mas me deixa para trás? Qual é o motivo, beta Jace?”

 
Disseram que ele era jovem demais para essa missão e que ele era necessário para ficar, mas então eles levaram Zale com eles.

 
Zale tinha literalmente apenas doze anos, treze talvez, porque ele não se lembrava de quando havia nascido.

 
“Há uma razão para isso,” Jace respondeu. Ele não podia revelar qual era a razão.

 
Na lógica de Joel, ele estava certo. Zale era jovem demais para essa missão, mas Zale também era um dos protetores de Iris, onde estavam certos de que ele seria necessário em algum momento. Havia uma razão para ele ser o protetor dela.

 
Além do mais, aquele pivete os seguiria se o deixassem para trás. Ele já havia provado isso duas vezes. A menos que o amarrassem, ele viria não importa o que dissessem.

 
“Qual é o motivo?” Joel tentou entender. Ele realmente queria ir.

 
Jace o olhou nos olhos. “Eu não posso dizer, Joel. Mas, eu realmente preciso de você aqui. Por favor, cuide da minha irmã. Não tenho certeza se ela realmente me ouviu, mas há uma chance de ela se esgueirar e nos seguir. Eu preciso que você preste muita atenção nela. Você pode fazer isso por mim?” Jace estava falando sério. “Preciso que nosso povo cuide de tudo e você é a pessoa certa para fazer isso.”

 
Joel não estava empolgado em ser deixado para trás, mas aceitou a tarefa e, no final, concordou com ela, já que não tinha outra opção. Não importa o quê, Jace ainda era o beta. Ele era o que tinha a última palavra.

 
Enquanto isso, Ethan teve seu momento final com Aliana.

 
O gama prometeu a ela que voltaria. Que ele voltaria para ela e que tudo ficaria bem. Ele prometeu que estaria vivo.

 
“Vou cumprir minha promessa,” Ethan disse, enquanto se despedia com um beijo.

 
Para Abby, ela ficaria com Aliana e os outros, devido à sua condição. Embora ela fosse necessária nessa jornada e seu poder divino e seu conhecimento pudessem ajudar em algo, ela estava fortemente grávida, o que os atrasaria imensamente.

 
Mais ainda, os quatro protetores de Iris detinham poder divino como ela, portanto, sua ausência poderia ser compensada.

 
“Não quer me desejar sorte?” Lou perguntou a Nala, que o encarava enquanto ele pegava uma pequena bolsinha cheia de pedras mágicas. As pedras mágicas das minas da alcateia do Lobo Uivante haviam chegado na manhã anterior. “Um beijo apaixonado seria bom.”

 
Nala revirou os olhos, mas foi até o comerciante e lhe deu o beijo apaixonado que ele queria. “Não morra.”

 
“Por quê? Porque você vai precisar encontrar outro homem para contar?”

 
Nala rosnou para ele. Ele estava certo, mas sério, ele não deveria dizer isso em voz alta? Esse homem era insuportável. “Sim. É por isso que não morra.”

 
“Bem. Vamos ver o que posso fazer.” Lou beliscou o queixo dela. “Você dormiu com outro homem enquanto eu estava fora?”

 
Lou sabia que ela tinha dormido com Kian antes, mas foi porque ele a ordenou a se aproximar dele, mas ele ficaria irritado se ela fizesse isso sem o conhecimento dele.

 
“Não.” Nala parecia ofendida.

 
“Nem mesmo com Sabian?”

 
Nala arregalou os olhos. Sabian era tão velho, que ela se perguntava se ele conseguiria sequer levantar-se se ela fosse louca e insana o suficiente para entretê-lo.

 
Vendo sua reação, Lou riu alto. “Sabian teve ‘aquilo’ cortado.” Ele informou a ela alegremente.

 
A manhã estava um pouco sombria com o vento frio que soprava do norte, enquanto eles marchavam em direção à alcateia da Lua Celestial. Este era o caminho que Cezi havia discutido com Cane e eles concordaram em seguir sem que o povo do Reino Sagrado os acompanhasse.

 
No entanto, acabou que Cezi usaria essa rota como um plano para resgatar o alfa e a luna.

 
Era outono, o clima estava bastante frio e os monstros se tornavam um pouco agressivos porque estavam procurando comida antes de hibernarem durante o inverno.

 
Por causa da rota tortuosa que tomaram e como precisavam ser cuidadosos para se mover em número bastante grande e quanto mais se aproximavam da alcateia Lua Celestial, mais frequentemente se engajavam em lutas com monstros, pois a terra intocada era o ninho para o monstro.

 
Levou dois meses para finalmente alcançarem a alcateia Lua Celestial. Neste ponto, o moral deles estava bastante esgotado, já que foi mais longo do que esperavam e durante esses dois meses, tudo poderia acontecer.

 
Eles também não sabiam nenhuma informação do exterior, já que não conseguiam encontrar uma maneira de enviar mensagens sem serem detectados. Infelizmente, o lagarto da luna havia desaparecido, ou talvez tenha morrido durante a batalha. Ninguém sabia isso com certeza.

 
Dois meses foi um longo tempo.

 
Se o inimigo conseguisse capturar o alfa, ele poderia ter morrido até agora e algo pior poderia ter acontecido à sua luna.

 
Contudo, eles não tinham outra escolha a não ser continuar.

 
O céu estava sempre encoberto e o vento ficava ainda mais frio quando chegavam ao território norte. Os ataques dos monstrons se tornavam mais frequentes.

 
Mas, quando alcançaram a alcateia Lua Celestial, a alcateia havia se ido. As casas estavam vazias. Não havia mais ninguém ali.

 
Era um lugar abandonado, para dizer o mínimo.

 
Alfa Cezi e Derick tiveram que parar por um momento, enquanto assistiam à desaparição de sua alcateia. Todas as pessoas que conheciam não estavam mais lá e se proibiram de pensar no pior, embora soubessem que era apenas o pior fato que os aguardava nessa situação.

 
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No começo, Abby não se sentia confortável entre os metamorfos, eles voltaram para a alcateia Luz Dourada, mas depois de passar três semanas lá e Aliana ajudá-la a socializar com as outras pessoas, ela se sentiu um pouco melhor, embora não pudesse dizer que estava confortável com os metamorfos.

 
Um mês após todos os guerreiros partirem para o norte, os anciãos apareceram. Eles foram os únicos sobreviventes quando Iris teve uma reação adversa.

 
Nenhum mais cavaleiro do Reino Sagrado. Eles foram dizimados em um segundo. Se o Ancião Dandolf não tivesse a habilidade de criar um portal, todos eles também teriam morrido.

 
A Anciã Rose procurou especificamente por Abby. Ela tentou consertar o relacionamento entre elas, mas a última não parecia empolgada com a ideia.

 
Aliana e Joel mantinham os olhos neles.

 
A princípio, eles não queriam deixá-los entrar na alcateia, mas juraram que não tinham nada a ver com o plano do Rei para matar todos os membros da alcateia.

 
Claro, Aliana não acreditaria neles facilmente. Afinal, eles mataram tantas pessoas de seus membros da alcateia. Graça, Amee, Otis, Eron, Dyne e tantos mais… eles morreram em vão, porque Rei precisava de poder.

 
“Sumam!” Aliana parecia perigosa quando disse a eles para saírem da sua vista. Ela não foi nada gentil com o seu aviso. “Já é ótimo que eu não tenha matado todos vocês!”

 
No entanto, os anciãos exigiram que Abby fosse com eles, pois eles retornariam ao continente Andelus. Ela ainda era a Serafim e precisava cumprir seu dever.

 
“Não deixem eles entrarem.” Aliana não tinha tempo para discutir com eles, simplesmente virou as costas e foi embora.

 
“Nós podemos ajudá-la a derrotar o Decrático. Você precisa do conhecimento sobre isso!” Ancião Xarex ainda falava grande.

 
Joel olhou para eles com desdém. “A mesma velha canção,” disse ele condescendentemente e então seguiu Aliana.

 
Depois disso, eles não souberam o que aconteceu com os três, alguns disseram que eles voltaram para o continente Andelus e outros disseram que foram atacados por monstros.

 
Aliana não acreditava neste último. Os três eram usuários habilidosos de magia, não havia como um monstro derrotá-los. Neste caso, devem ter voltado para seu continente.

 
Os dias passaram e então semanas, até que três meses se passaram assim sem notícias. Às vezes, Aliana ia para a fronteira da alcateia Garra Vermelha, mas tudo o que ela podia ver era essa fumaça vermelha que saía da fissura no solo.

 
Na maioria das vezes, ela queria ir sozinha para a alcateia Lua Celestial, mas Joel sempre a impedia, ainda mais, ela não conhecia bem a rota.

 
Com isso, o outono passou assim e o inverno chegou, ainda sem notícias e Aliana constantemente visitava a fronteira e ficava lá por muito tempo.

 
E durante o início do inverno, Abby deu à luz seu primeiro filho. Sua primeira bebê era uma menina, assim como Rei havia previsto. Ela parecia saudável e bonita.

 
“Não, ela não tem marca de nascença,” Aliana informou a Abby, na qual chorou aliviada. Ela não queria que seu bebê tivesse tal marca de nascença. Era uma maldição para ela. Ela não queria que sua bebê vivesse a vida como ela.

 
Aliana colocou o bebê perto do seu peito, quando a linda pequenina mamava pela primeira vez e enquanto olhava pela janela, ela viu a primeira neve.

 
Iris daria à luz, mais ou menos, em dois meses a partir de agora. Ela teria seu gêmeo durante esta estação também.

 
Seus primeiros gêmeos nasceram durante o inverno e agora ela daria à luz a outro gêmeo durante o inverno também, só se ela sobrevivesse….

 
Onde eles estavam agora? As pessoas continuavam perguntando.

 
O inverno estava aqui novamente e mesmo que não tivessem problemas com comida, mas tudo estava parado. As pessoas falavam sobre a fumaça vermelha e tinham medo de se aproximar dela. O continente estava em alvoroço porque não tinham mais um rei para governar. Cada alcateia começou a encontrar seu próprio caminho para sobreviver.

 
Mais ainda quando o Alfa Cane não estava mais com eles. Tudo ficou desordenado e confuso.

 
Aliana olhou para o céu acinzentado e o bebê no peito de Abby começou a chorar.