O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 930

930: MANIPULAÇÃO E A VERDADE (3) 930: MANIPULAÇÃO E A VERDADE (3) “Leane…” O nome escapou dos lábios de Cano. Ele não achava que a veria novamente.

Por um momento, ele ficou assustado. Ele até esqueceu o fato de que tudo o que estava vendo agora não era real. Que a mulher diante de seus olhos não era sua verdadeira companheira destinada.

O olhar em seus olhos. A maneira como ela mordia o lábio, como tentava não chorar e também como ela nem mesmo tentava se aproximar dele como as outras duas impostoras que ele havia encontrado, fazendo com que tudo sobre ela parecesse surreal.

Em vez disso, Leane estava tentando se afastar dele, mantinha distância dele. Seus braços envolviam seu ventre protetoramente e quando Cano olhou para baixo, ele viu sua barriga de grávida, exatamente como da última vez que a viu.

Ela estava tão grávida quanto no seu último momento antes deles cortarem seu estômago e retirarem seu filho dela.

Essa visão, essa memória, ainda seria seu pior pesadelo até agora, após a morte de suas filhas e a depressão de Iris.

Ele começou a acreditar que a gravidez de sua companheira era semelhante a uma maldição para ele. Porque tudo deu tão errado, tão rápido. Se não fosse por Amee e Iris, que o convenceram, talvez ele pedisse à sua companheira para fazer a coisa mais horrenda e Iris talvez nunca o perdoasse, assim como ele nunca se perdoaria… assim como agora.

“Por que você deixou eles fazerem isso comigo?” Leane perguntou, sua voz estava trêmula. “Por que você não fez nada para me ajudar? Por que você deixou eles levarem nosso primogênito? Por que você não fez nada? Por quê?”

Cano estava sem palavras, não havia nada que ele pudesse dizer diante de Leane, mesmo agora ele ainda estava tentando lidar com o sentimento de culpa que tinha no coração.

Ele estava sendo jogado para longe pela culpa de seu fracasso em protegê-los. Não era sua culpa. Cano estava bem ciente disso, mas às vezes o que você sente não está sempre em sincronia com a lógica que você tem.

Em sua mente, ele deveria ser capaz de fazer alguma coisa para protegê-los, salvar suas vidas. Se ele não tivesse feito uma certa coisa, o resultado seria diferente e eles poderiam ainda estar vivos agora.

Se ele tivesse feito uma certa coisa, ele talvez não os perderia. Se ele fosse um pouco mais esperto e estivesse bem ciente de seu entorno e pudesse ler melhor a situação, talvez ele seria…

A palavra ‘e se’ estava matando-o lentamente. Era como um veneno de ação lenta que corroía sua lógica e o arrancava da lógica e da realidade.

“Como você pode apenas observar e não fazer nada, Cano? Eu e nosso filho não significamos nada para você? Como você pôde, Cano?” Leane deu um passo para trás, suas mãos sobre o ventre, enquanto uma lágrima silenciosa rolava pelo seu rosto. “Você estava lá quando eles cortaram meu estômago e me mataram e nosso bebê no processo.”

Claro, Cano sabia disso, ele se lembrava do evento durante o dia e seu pesadelo o lembraria se ele começasse a esquecer. Ele mantinha a memória viva.

Cano sentiu-se mal porque ao ver Leane diante de seus olhos, ele sentia como se estivesse naquele momento novamente, vivendo em sua pior memória e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso, especialmente quando o sangue começou a manchar o vestido de Leane.

A cor vermelha escura escorria de seu estômago, como se sob seu belo vestido branco, seu estômago estivesse sendo cortado novamente.

“Eu vi você, Cano. Eu vi como você é feliz com sua nova companheira. Posso ver como você está eufórico quando soube da gravidez…” Leane chorou nesse ponto, seu corpo todo tremia. “Como você pode esquecer de mim e nosso bebê? Como você pode esquecer de nós?”

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Rei olhou para Iris com tanto ódio em seus olhos. Ele estava ajoelhado, respirando pesadamente.

“Como você pode me trair? Como você pode fugir de mim depois de tudo que fiz por você? Você não me ama?”

Iris sentiu nojo da aparência dele e do que ele disse. Ela não queria tirar conclusões tão rápido, mas qualquer ideia que vinha à sua mente, não parecia nada agradável.

“Eu te dei tudo e posso te dar o mundo…”

A essa altura, estava incerto, se Rei estava falando para Na, ou para a mãe de Iris, ou se estava falando com ela. Ele não parecia certo, como se tivesse enlouquecido e só fosse mais e mais fundo mergulhando na escuridão.

Rei levantou a cabeça e olhou para Iris diretamente nos olhos. Sua pele estava despelada e era possível ver sua carne por baixo. Seu sangue negro parecia muito espesso, como se ele estivesse derretendo em vez de sangrando.

O ambiente em volta de Iris desapareceu e então sumiu. Não havia casa aqui, mas em vez disso, eles estavam dentro de um salão lúgubre com tochas na parede, iluminando a sala.

O que era isso? Era uma ilusão? Ou a de antes?

“O que você fez com a minha mãe?” Iris perguntou. “O que você fez com ela?”

Iris deu um passo cauteloso em direção a ele, ela estava curiosa sobre sua origem e a história de sua mãe, mas ela não deixaria sua curiosidade prejudicá-la e a seus bebês.

As pequenas luzes ao redor dela eram a única coisa que a mantinham alerta e ciente do seu entorno. Elas deram a ela mais luz para examinar esse estranho lugar.

Rei inclinou a cabeça e um sorriso malicioso apareceu no canto de seus lábios. Ele nem se deu ao trabalho de esconder sua loucura e obsessão por Iris, Na.

“Eu fiz de tudo para mantê-la ao meu lado. Mantive sua alma viva, para que eu pudesse encontrar o recipiente certo para ela. Minha preciosa, Serafim.”

Bem nesse momento, Rei de repente se levantou enquanto tentava avançar em direção a ela, apesar do fato de que isso poderia acabar com sua longa existência.

Enquanto isso, Iris estreitou os olhos, a expressão no seu rosto endureceu, como se ela estivesse se preparando para o confronto, mas de repente o Ancião Dandolf apareceu e o puxou para longe antes que ele se destruísse e deixasse sua raiva e devastação o consumirem ainda mais.

“Você precisa parar com isso.” O Ancião Dandolf colocou distância entre ele e Iris, enquanto ainda tentava segurar Rei de sua intenção de autodestruição.

Iris riu com desdém ao ouvir isso. “Parar com isso?” Ela olhou fixamente para o ancião. “Você realmente é cego? Não vê que foi ele, quem criou toda essa confusão?”

O Ancião Dandolf não respondeu à pergunta de Iris, porque ele estava tendo dificuldade em impedir Rei de ir atrás de Iris.

“Você não sabe que tipo de sacrifício ele fez para procurá-la. Você não conhece a dor dele,” disse o Ancião Dandolf em uma voz profunda e severa, mas Iris não se importava com isso.

“Você quer dizer que ele passou por muitos problemas para conseguir o que queria? Mesmo que ele tivesse que sacrificar outra pessoa?”

O Ancião Dandolf cerrou os dentes. “Se ao menos você soubesse o que ele teve que suportar…”

“Tenho certeza de que o odiarei mais do que isso se soubesse mais sobre o que ele fez.” Iris terminou a frase dele. “Onde estou? O que realmente está acontecendo agora?” Iris exigiu uma resposta do Ancião Dandolf, enquanto Rei se contorcia de dor. Parecia que a agonia acabara de se registrar em sua mente.

No entanto, aos olhos de Iris, tudo o que ela podia ver era uma maneira de machucá-lo. Ele era feito de magia negra e, neste ponto, Iris poderia purificá-lo e acabar com a vida dele como ela havia feito com Aria.

Basicamente, os dois eram iguais. Ela estava contemplando uma maneira de como se aproximar de Res e acabar com ele.

Iris não correria o risco de colocar seus filhos em perigo no futuro quando Rei poderia ser uma grande ameaça para eles.

Mas, o que o Ancião Dandolf lhe disse a seguir, a chocou completamente.

“Você sabe quem é o seu pai?” o Ancião Dandolf fez uma pergunta retórica, mas antes que ele pudesse falar mais sobre isso, Rei desapareceu do campo de visão de Iris junto com o Ancião Dandolf.

Pelo visto, Rei usou seu poder restante para impedir que o Ancião Dandolf revelasse a verdade. Ele estava a apenas um passo de dar a Iris uma ideia sobre o tipo de evento que aconteceu em torno de seu nascimento e origem.

Sem os dois, Iris estava sozinha neste vazio hall principal. Ela olhou ao redor e sentiu que essa forte magia negra vinha de uma certa direção.

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Cano observava o miasma que continuava exalando fumaça vermelha da fenda no solo. A fissura era maior do que qualquer miasma venenoso que ele já havia encontrado, enquanto Leane estava lá, banhando-se na fumaça venenosa, parecendo muito grávida.

“Se você realmente se importa comigo e com nosso bebê, então virá conosco sem hesitar.” Leane olhou para ele amargamente. “Entendo. Você escolheu ela. Eu estava certa quando disse que você tinha me esquecido. Eu estava certa que você nem queria me ver.”

Cano não se moveu da sua posição. Ele poderia se forçar a matar Aria e Itis sem hesitação porque tinha certeza de que eram impostoras.

Mas Cano não conseguiu se forçar a fazer o mesmo em relação a Leane, mesmo sabendo que ela não era real. Talvez, lá no fundo, ele estava sendo lembrado de sua tola oração durante a escravidão, quando rezou tanto para encontrá-la só mais uma vez… apenas uma vez.

Porém, toda vez que ele a via em seu sonho, seria quando aqueles desgraçados abriam o seu estômago para tirar seu filho de sua barriga e a única palavra que ele conseguia dizer era ele implorando a eles para parar. O riso doentio deles e o choro arrepiante de Leane, chamando seu nome repetidamente.

“Venha aqui, Cano. Venha comigo e com nosso primogênito. Venha conosco. Eu sei que esta vida está sendo muito dura com você. Apenas deixe ir e venha comigo. Tudo ficará bem e mais fácil.” Leane esticou a mão, pedindo que Cano pegasse sua mão e viesse com ela. “Não haverá mais dor.”

Sem mais dor. Isso seria mesmo possível? Mas, a ideia era muito tentadora.

Cano deu um passo mais perto e depois outro passo para alcançar a mão de Leane, mas antes que ele conseguisse aceitar a oferta dela, alguém o abraçou por trás.

Cano ficou assustado, mas quando se virou, viu que Iris o estava abraçando tão fortemente, seus cachos estavam bagunçados e ele franziu a testa.

Isso seria mais uma ilusão?

No entanto, de alguma forma, quando Iris levantou a cabeça e olhou para ele com um par de olhos azuis que ele tanto adorava, ele soube quase imediatamente que era sua companheira.

“O que você está fazendo!?” Iris estava gritando com ele, ela parecia tão assustada. “O que você acha que está fazendo?”

“O quê?” Cano ainda não percebia do que Iris estava falando até que ele virou a cabeça na direção de Leane e do miasma venenoso. Só então ele percebeu que se Iris não o tivesse parado a tempo, ele realmente iria se matar.

Enquanto isso, Leane já não estava mais lá.

Em vez disso, ele se viu diante de um fogo ardente. As chamas lambiam sua pele, era realmente loucura que ele não sentisse nada até agora.

A fumaça vermelha que ele pensou que vinha do miasma venenoso na verdade vinha das chamas.

Por instinto, Cano imediatamente pegou o corpo de Iris em seus braços e a carregou para longe das chamas. “O que aconteceu aqui?” Cano a colocou em um lugar seguro e então olhou ao redor.

“Manipulação. Rei usou manipulação conosco.” Iris ainda estava agarrada a Cano. Ela estava com medo, tinha medo de perdê-lo se o soltasse.

Cano estreitou os olhos. “Onde eles estão? O que realmente está acontecendo?”