O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 93

93: DIGA À IRIS PARA VIR AQUI 93: DIGA À IRIS PARA VIR AQUI “Quanto tempo levará para irmos dessa alcateia até a Matilha Orvalho da Lua?” Cano perguntou a Will.

Eles se afastaram do comerciante trapaceiro e destruíram três de suas carroças que carregavam carne podre. Não era um problema, porque ninguém em seu juízo perfeito seria capaz de comer aquela porcaria mesmo.

“Levará uma semana para chegar lá”, respondeu Will.

Estavam dentro de uma taverna, bebendo cerveja barata, enquanto chovia lá fora. Seu humor estava azedo no momento depois do que aconteceu.

“Você não está pensando em ir ao mercado negro, certo?” Ethan franziu a testa, tentando ler o que estava na mente do alfa, mas mais uma vez, fracassou em fazer isso.

Enquanto isso, Jace parecia preocupado. Havia outro problema importante que eles tinham que considerar se quisessem fazer essa viagem até lá.

“Uma semana de viagem, o que significa que levará pelo menos vinte dias para voltar”, murmurou Jace. Pelo menos, eles precisariam de seis dias a uma semana para conseguir o que necessitavam.

No entanto, nenhum deles já tinha ido a um lugar assim e, além disso, havia a lua nova também.

Se tivessem sorte, poderiam voltar antes da próxima lua nova, mas qualquer coisa poderia acontecer durante a viagem e isso era muito arriscado.

Nenhuma alma deveria saber o que aconteceu com Cano e eles precisavam manter isso em segredo.

“Podemos comprar alimentos da alcateia Lua de Cristal”, sugeriu Ethan, mas isso não era suficiente. Assim que ele disse isso, ele mesmo pôde ver o quão estúpida era essa sugestão.

Pedir ajuda de suas alcateias vizinhas era quase como revelar suas fraquezas e, uma vez que fizessem isso, seriam caçados, usariam isso como moeda de troca e a história se repetiria.

A única coisa que os impedia de atacar esta alcateia era a imagem que Cano exibia. Ele criou uma imagem falsa, nada mais verdadeiro que um miragem, enganando as pessoas em relação à força dessas duas alcateias sob seu controle, e este se tornou o maior alcateia no reino sul.

Funcionou, mas não duraria para sempre. Eles perceberiam que havia pilhas de problemas internos que ele estava escondendo e eles precisavam reduzir a possibilidade de descobrirem isso.

“Onde está Redmond?” Cano perguntou a Ethan. Ao perguntar pelo guerreiro-chefe da Matilha da Lua Azul, todos eles puderam ver para onde isso levaria.

“Cano”. Ethan franziu a testa. Ele não gostou da ideia.

“Fale comigo quando tiver uma ideia melhor.”

Ethan baixou a cabeça. Ele não tinha uma, nem Jace e Will.

Por outro lado, Cano sabia que seu pai não gostaria disso, ele sempre dizia para não fazer negócios no mercado negro, mas ele já estava morto e Cano precisava pensar nas centenas e milhares de pessoas que dependiam dele.

“Ele está no campo de treinamento. Deve estar lá se não estiver na casa da matilha.” Foi Will quem respondeu à pergunta.

Depois de saber disso, Cano se levantou e deixou o dinheiro na mesa antes de caminhar pela chuva até o campo de treinamento.

Não seria uma conversa agradável.

Não demorou muito para Cano encontrar Redmond. Ele estava em sua forma de besta, encharcado pela chuva. O lobo cinza olhou para ele ferozmente, como se estivesse prestes a atacar o alfa, mas Cano estava calmo como sempre.

“Transforme-se”, ele ordenou, mas como Redmond não jurou lealdade a ele, ele não pode obrigá-lo a se transformar em sua forma humana.

O lobo cinza riu diante disso, mas Cano não se abalou.

“Diga-me sobre o mercado negro e como chegar lá.” Ele não enrolou e perguntou diretamente.

Para responder isso, Redmond teve que voltar à sua forma humana, já que não conseguiam se comunicar mentalmente, mas ele estava sendo teimoso. Em vez disso, o lobo cinza rosnou em voz baixa. Uma ameaça.

Cano o encarou nos olhos, enquanto falava novamente. “Will.”

Will, que acabara de alcançá-lo, correu imediatamente até seu lado. “Sim, alfa.”

“Traga Iris aqui.”

Ao ouvir isso, o lobo cinza se transformou e puderam ver Redmond ali, indignado. “Tudo bem! O que você quer saber?”

No entanto, Cano não pareceu satisfeito com sua atitude. Ele já havia deixado passar inúmeras vezes. “O que está esperando?” Ele olhou para Will.

“Você não precisa chamá-la aqui, podemos conversar agora!” Redmond estava furioso. Estava chovendo, por que esse alfa gostaria de fazer Iris passar por isso?

No entanto, Cano apenas olhou para Will e foi o suficiente para fazer seu guarda pessoal fazer o que lhe foi dito.

“Cano!” Redmond rosnou.

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Chovia há alguns dias e as nuvens escuras abafavam o humor de Iris significativamente. Na verdade, ela queria solicitar uma reunião com Cano, para que ela pudesse ir às minas. Ela precisava encontrar as pedras mágicas de água, já que a que encontrara foi dada à Ania.

Porém, as circunstâncias e o momento não eram adequados.

Durante esses dias, Iris raramente saía de seu quarto. Ela ia ao salão de jantar apenas quando todos já haviam saído e se movia silenciosamente. Ela parecia um fantasma, já que não queria que ninguém notasse sua existência.

Esta alcateia não tinha uma biblioteca. Pelo que Kaz disse, costumavam ter uma, mas depois que a casa da matilha se transformou em um bordel, eles não sabiam onde aqueles canalhas colocaram todos os livros.

Assim, Iris passava os dias perto da janela, observando a chuva e todas as pessoas, que sorriam e conversavam umas com as outras. Eles trabalhavam juntos para tornar a casa da matilha um lugar mais habitável, mesmo a chuva não os parava. Em vez disso, eles se espirravam brincando.

Iris sentia inveja deles. Ela queria ter amigos e conversas como eles também. Sentia-se como uma estranha, o que era irônico, já que era a luna desta alcateia.