O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 903

903: O QUE REALMENTE ACONTECEU 903: O QUE REALMENTE ACONTECEU “Onde está minha filha?” Anciã Rosa perguntou a Rei, sua voz e o modo como olhava para o homem estavam carregados de ódio e raiva. Esse não era um olhar que se daria a alguém que se respeitasse. 
 
No entanto, o respeito da Anciã Rosa por Rei havia desaparecido há tantos anos.

 
“Já se passaram mais de quatro décadas e você ainda me faz a mesma pergunta,” Rei disse calmamente. Ele se sentou em uma cadeira e fez um gesto para a Anciã Rosa se sentar também, mas ela não saiu do lugar onde estava. Ela nem mesmo queria sentar à mesma mesa que Rei, se pudesse evitar. “Você conhece a regra, Rosa.”

 
“Eu não dou a mínima para a regra!” Anciã Rosa gritou. 
 
Nesse momento, os dois estavam dentro do quarto de Rei, onde estavam apenas eles dois. Este quarto era cercado por magia, portanto, por mais que Anciã Rosa gritasse, as pessoas do lado de fora não seriam capazes de ouvi-los. 
 
Portanto, Rie a deixou gritar e xingar como quisesse. 
 
“Mas, eu me importo.” Rei encostou-se ao encosto do sofá e entrelaçou seus longos dedos, ele encarou o rosto furioso da Anciã Rosa. “Eu criei a regra e quero que todos vocês sigam. Sem perguntas.”

 
“Eu não dou a mínima para a sua maldita regra! Eu quero saber sobre a minha filha!” Anciã Rosa não conseguiu mais se conter, sentiu que iria atacá-lo se ele continuasse fazendo isso com ela. 
 
Ao ver que Abby estava grávida, algo dentro dela foi desencadeado, o ódio que ela havia enterrado tão fundo ressurgiu novamente quando soube que Abby estava grávida de uma menina e ela sabia o que aconteceria em seguida. 
 
Abby podia pensar que perderia o bebê por apenas um ano, foi o que a Anciã Rosa também pensou, mas ela perdeu sua segunda filha para sempre. Ela só a segurou uma vez e essa seria a primeira e última vez que veria o bebê, porque Rei não a devolveu mesmo depois de um ano ter passado. 
 
“Onde ela está? O que você fez com ela?”

 
“Você fez essa pergunta mil vezes.”

 
“E eu farei mais mil vezes até obter a resposta.”

 
“Eu não tenho nenhuma obrigação de responder a você.”

 
“Onde ela está?!” Anciã Rosa se descontrolou. “O que você fez com ela?!”

 
Mesmo assim, Rei seguiu com o que disse. Ele não lhe deu a resposta que ela queria, em vez disso, ele a lembrou de seu crime. 
 
“Você se importava tanto com sua segunda filha, mas estava prestes a ferir sua outra filha.” Rei inclinou a cabeça, enquanto encarava intensamente nos olhos de Anciã Rosa. “Qual é seu objetivo ao abortar o bebê?”

 
Rei chegou a tempo antes de Anciã Rosa conseguir levar adiante seu plano, mas infelizmente Abby já estava inconsciente. 
 
Ao ver a situação, Rei teve uma ideia diferente em mente. Ele iria lidar com Anciã Rosa, mas antes disso, precisava usar a situação a seu favor, para que pudesse encontrar com Iris novamente. O pressentimento de Cane estava certo sobre toda a situação. 
 
Graça e Liam chegaram depois e ficaram presos neste esquema. 
 
Foi também ele, quem fez Abby dormir, mas para sua surpresa, Iris não conseguiu acordá-la. Ela deveria ser capaz de fazer isso e isso era uma grande questão para ele.

 
“Eu não vou deixar você pegar o bebê.” Anciã nem tentou mentir sobre sua intenção. 
 
“Então, você prefere matar o bebê a me deixar colocar as mãos nele?”

 
“Sim.” Anciã Rosa rangeu os dentes. “Você não vai ter o bebê, Rei.”

 
“Quer apostar?”

 
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Duas semanas após o incidente com os Serafim, todos os preparativos para marchar em direção à alcateia Orvalho da Lua haviam sido feitos e estavam prontos para partir. 
 
Durante esse tempo, Abby permaneceu inconsciente e apesar dos esforços dos anciãos para pressionar Cane e Iris a encontrarem uma maneira de acordá-la, nenhum deles se mexeu. Iris até ficou dentro de seu quarto por um dia inteiro e Cane se recusou a discutir qualquer coisa além de seus preparativos. 
 
Estranhamente, Rei não fez a mesma exigência, parecia genuíno o suficiente para dedicar seus pensamentos em seu plano de derrubar Decratic e assumir o controle de todas as outras alcateias. 
 
Graças à sugestão de Íris, agora Cano começava lentamente a se entrosar com Cezi, considerando que ambos tinham um plano próprio para a alcateia da Lua Celestial, o qual não envolvia pessoas do Reino Sagrado. 
 
Enquanto isso, para Graça, já que não podiam fazer com que Íris acordasse Abby, o melhor que os anciãos podiam fazer era restringir seus movimentos, neste momento a curandeira estava confinada em seu próprio quarto, o que não era ruim, visto que ainda era permitida a visita de visitantes. 
 
E quanto a Liam, a última vez que o viram foi no quarto de Abby e depois disso, ninguém mais o viu. 
 
Íris sabia que Cano também procurava pelo cavaleiro, mas nenhum dos seus guerreiros conseguiu alguma informação sobre o paradeiro dele, nem mesmo pelo seu cheiro. Era quase como se ele tivesse desaparecido no ar. Seu desaparecimento era preocupante.

 
Três dias antes de irem para a Matilha Orvalho da Lua, se Íris não ficasse em seu quarto, ela ia visitar Cedric e, devido a sua condição, ele precisava de mais tempo para se recuperar completamente e hoje foi a primeira vez que ele acordou depois de quase ter morrido há mais de duas semanas. 
 
Íris foi visita-lo quando ele gemeu suavemente e abriu seus olhos. A primeira coisa que ele viu foram os cachos acobreados de Íris, que eram de um tom mais claro como os cabelos de Abby, e então seus gentis olhos azuis. 
 
Por um momento, ele pensou que tinha visto Abby, até que ele ouviu sua voz suave chamando seu nome. 
 
“Cedric?” Íris pediu para Hanna pegar um copo de água para ele e Zephyr para ajudar Cedric a beber a água. Lou recusou envolver-se com esse homem e além das pessoas que já sabiam sobre essa situação, ninguém sabia que o alfa e a luna abrigaram o cavaleiro quase morto no quarto do comerciante. 
 
“Onde… onde estou?” Cedric perguntou com a voz rouca. Sentia como se tivesse engolido areia. A última coisa que se lembrava era a dor e sangue, muito sangue. Ele tocou seu pescoço, mas estava intacto. 
 
“Não se preocupe, você está bem agora.” Íris viu seu gesto e soube o que ele estava pensando naquele momento. Ela então disse a Zephyr para informar Cano que Cedric havia recuperado a consciência. “Você se lembra do que aconteceu?” 
 
Cedric pareceu hesitante em responder a pergunta, porque ele sabia o que aconteceria em seguida e, mesmo tendo acabado de acordar, mas ele já havia ponderado a situação. 
 
“O que você está tentando pensar?” Lou parecia irritado porque Cedric hesitava em responder à pergunta de Íris. Ele estava sentado não muito longe deles, abanando um leque em seu rosto. Eles estavam no auge do verão naquele momento e o clima estava muito quente para o comerciante. Ele odiava ficar suado. “Responda a questão. Você é muito ingrato mesmo após ela ter salvado você.”

 
Devia ser por causa da temperatura alta que fazia o comerciante ser mais agressivo do que o normal. 
 
Contudo, ele se conteve quando Íris lhe deu um olhar de advertência e focou em se abanar novamente. Ele recusou sair com Cano e o povo do Reino Sagrado para verificar a preparação deles. Tudo que ele precisava era se preparar, ele não se importava com mais nada. 
 
“Sim, eu me lembro,” Cedric respondeu. Ele então franzir as sobrancelhas e olhou para Íris. “Foi você… a pessoa que me salvou?”

 
“Sim, fui eu.” Íris então acrescentou. “Graça também lhe ajudou.” Ela não se apropriou todo o crédito por si só. 
 
“Obrigado.”

 
Cedric olhou em volta dele. Este quarto era impecável. Embora estivesse nas mãos dos transformadores, aparentemente, o trataram decentemente.

 
“O que… aconteceu? O que eles disseram sobre mim?” Cedric hesitou em perguntar, porque não queria responder a nenhuma questão. 
 
“Entre os cavaleiros, ninguém falou sobre você e para os guerreiros…” Lou deu de ombros, respondendo a pergunta por Íris. “O guerreiro não se importa se você está vivo ou morto.”

 
Em outras palavras, Cedric simplesmente desapareceu e ninguém se importou o suficiente para descobrir onde ele estava. Não estava claro o que os anciãos lhes disseram sobre Cedric, já que ele ocupava um cargo importante, mas então isso era um assunto interno no Reino Sagrado, assim eles não podiam investigar mais. 
 
“Você precisa descansar. Eu vou pedir para alguém entregar o medicamento de tempos em tempos até você se recuperar completamente.”

 
“Obrigado.”

 
Íris não fez mais perguntas, nem falou sobre a marca de nascença em suas costas, porque ele acabou de acordar e ela não queria pressioná-lo ainda mais, pelo qual Cedric estava realmente grato, já que ele ainda estava perdido sobre como navegar a situação. 
 
Íris apenas disse a ele que não podia ser visto em público, ou colocaria a si mesmo em perigo e ainda mais, complicaria as coisas entre os transformadores e as pessoas do Reino Sagrado. 
 
Cedric entendeu a implicação disso, então concordou sem pensar duas vezes. Após algumas palavras a mais, Íris deixou o quarto. 
 
“Olhe, já que temos que compartilhar um quarto, você vai dormir naquele sofá e não se aproximar da cama, esse é meu espaço pessoal, entendeu?” Lou deixou as coisas claras entre eles. 
 
E dois dias depois, eles foram para a Matilha Orvalho da Lua, marchando com força total de transformadores, cavaleiros, usuários de magia e comerciantes.