O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 83

83: JORNADA AO GRITO DO BANDO (3) 83: JORNADA AO GRITO DO BANDO (3) Iris fez uma careta quando seu corpo fez contato com o solo duro e molhado, mas a dor foi imediatamente esquecida quando ela viu um troll à sua frente. A criatura era duas vezes o tamanho de um humano normal e tinha a pele coberta de lama.

O troll diante de Iris não era o único troll que os atacou junto com os duendes. Havia pelo menos sete deles.

“Hanna!” Iris ficou chocada ao ver Hanna avançar para atacar a criatura em sua forma de besta.

Um troll não era muito inteligente, mas era forte e geralmente dois ou três monstros seriam necessários para derrubar um deles. Como a pele deles era grossa, era necessário um corte profundo para machucá-los.

Hanna, em sua besta cinza, atacou o troll. Ela arrancou um pedaço de sua carne, o que irritou ainda mais a criatura e fez com que ela focasse sua atenção somente na besta, deixando Iris sozinha.

Aterrorizada com a possibilidade de algo acontecer a Hanna, Iris se levantou imediatamente e olhou em volta em busca de ajuda. Porém, todos estavam ocupados lutando, já que o número de goblins aumentava.

Encontrando um esconderijo entre as rochas, Iris correu até lá. Ela não podia lutar e não ajudaria a situação se ficasse no meio daquele caos. No mínimo, ela não deveria se tornar um fardo para eles.

Com esse pensamento, Iris se encolheu entre as rochas, enquanto observava a feroz batalha. As carruagens foram quebradas, sangue respingou no chão molhado, enquanto o trovão se misturava com os rugidos ferozes das bestas no ar.

Os olhos de Iris estavam fixos no lobo cinza, ela pode respirar aliviada quando viu três bestas ajudando Hanna, que estava completamente bem, já que a verdadeira batalha continuava no fundo da comitiva. Este troll apenas conseguiu romper a barricada.

O lobo cinza viu seu esconderijo e concordou que era melhor que ela se escondesse, assim ela poderia se concentrar em seu combate.

De onde estava escondida, Iris conseguiu ver Aria espiando de sua carruagem, o medo enchia seus olhos, mas havia um pequeno sorriso ao ver a carruagem de Iris quebrada em pedaços. Será que ela a odiava tanto a ponto de se divertir com o pensamento de sua morte?

Iris não teve tempo para pensar nisso, porque algo agarrou sua gola, quase a sufocando, e em seguida ela foi arrastada de seu esconderijo.

Ela gritou ao sentir suas costas contra o chão frio e molhado, enquanto chovia do céu cinzento. Desta vez, não era a gola, mas seu cabelo. Algo agarrou seu cabelo e a arrancou de entre as rochas, enquanto os outros ainda estavam lutando contra os trolls e Hanna não percebeu sua situação.

O som do trovão e dos rugidos da batalha engoliram seus gritos.

Iris abriu os olhos, determinada a ver quem realmente a abduzira e descobriu que três goblins tentavam levá-la embora.

Seus olhos se encheram de terror quando o quarto goblin se sentou em seu peito. Quando seu ombro acertou uma pedra, ela gritou de dor excruciante, já que todo o ar foi expulso de seus pulmões.

Em desespero, Iris agarrou uma pedra do tamanho de sua palma e imediatamente bateu no rosto do goblin que estava em seu peito. O impacto fez com que a criatura fosse lançada longe dela, ao soltar um grito agudo que irritou os outros três.

Iris sentiu seu cabelo sendo arrancado do couro cabeludo, a dor ardente trouxe lágrimas aos seus olhos. Ela ofegou, tentando segurar seu cabelo trançado, que agora estava desarrumado.

Depois de algumas tentativas, Iris finalmente conseguiu impedi-los de arrastá-la e se virou para atingir as cabeças deles com a pedra em sua mão.

Sua palma estava sangrando pela superfície áspera da pedra, mas ela não se importava com isso.

Ofegante, Iris se levantou e chutou o goblin que a perseguia. Essa criatura era pequena, sua cabeça só alcançava a coxa de Iris, mas eram certamente um punhado.

No entanto, outro goblin agarrou a barra de seu vestido, fazendo com que ela caísse no chão novamente, sem mencionar como estava escorregadio por causa da chuva. Agora, Iris estava coberta de lama.

Justamente naquele momento, quando Iris quase se esgotou para se livrar dessas criaturas repugnantes, um lobo marrom veio até ela e arrancou a cabeça do goblin entre suas mandíbulas.

“Argh!”

A cena era tão horrível e, por um instante, Iris nem percebeu que estava prendendo a respiração até que o lobo marrom matou todos os goblins que a perseguiam e voltou à forma de jovem, aquele que conversou com ela antes.

“Você está bem, Luna Iris?” Ele perguntou preocupado ao ver como ela estava apavorada. “Você está machucada em algum lugar?”

Iris balançou a cabeça e se forçou a voltar à realidade. “E-Eu estou bem…”

Não, ela não estava. Ela acabara de ver a cabeça de um goblin explodir, seus olhos saltarem aterrorizantemente. Ela não tinha certeza se se recuperaria disso tão cedo.

Mas, graças à tempestade, o sangue escuro e grosso dos goblins foi levado pela chuva em pouco tempo.

“Precisamos voltar para a ordem, é perigoso nos afastarmos dos outros.” Ele ajudou Iris a se levantar e voltou à sua forma de besta assim que ela conseguiu se equilibrar.

Iris queria dizer que também não pretendia se afastar, mas então não havia razão para apontar isso, por isso ela seguiu o lobo marrom que se afastou e a deixou correr à frente, protegendo-a por trás, caso houvesse outro ataque surpresa como antes.

Afinal, essa chuva dificultava o uso do aguçado instinto olfativo deles.

O jovem lobo agiu muito bem como guarda, apesar de sua idade tenra. Quantos anos ele tinha? Quinze? Quatorze?

À distância, os trolls foram decapitados com sucesso, enquanto a batalha ainda acontecia no meio e no fim da festa.