O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 75

75: POR QUE ELE PARECIA TÃO BRAVO? 75: POR QUE ELE PARECIA TÃO BRAVO? Cano parou de caminhar no meio dessa terra árida, onde só se podia ver inúmeras rochas enormes à sua volta.

O local da mineração era um vasto planalto, uma colina isolada perto da montanha Goffa e o terreno ao redor era muito diferente.

Não havia vegetação alguma, apenas pedras. Tinha lados íngremes com uma área de cume menor, enquanto na montanha, você seria abrigado por árvores e galhos enormes, assim que começasse a subir.

A razão pela qual não havia vegetação neste planalto era graças às pedras mágicas.

“Eu quero que você encontre pedras de água, apenas elas”, disse Cano, parando de caminhar.

Havia apenas os dois ali, enquanto Will não os seguiu até o local da mineração, e os outros escravos da mineração estavam longe deles.

“O quê?” Iris franziu a testa. Ela olhou ao redor. “Mas… há muitas pedras mágicas aqui”. Ela ainda estava confusa por que não podiam encontrar essas pedras mágicas facilmente, quando estavam literalmente cercados por elas.

“Então será mais fácil para você encontrá-las.”

“Não.” Iris balançou a cabeça. “Isso só me deixa mais confusa”
Era bom adivinhar entre três pedras, mas distinguir cada pedra de cem ou mil outras seria demais. Seus sentidos ficariam além de sobrecarregados.

“Não consigo.” Iris balançou a cabeça.

“Tente. Não sairemos daqui até você ter sucesso pelo menos uma vez.”

“O quê?” Iris teve que apertar os olhos porque a luz do sol estava tão brilhante que machucava seus olhos. “Que tal eu encontrar cinquenta pedras mágicas para você?”

“Não. Eu quero que você sinta as pedras mágicas de água”, disse Cano com firmeza.

Iris baixou a cabeça, pensando profundamente, e uma ideia lhe veio à mente, mas antes que ela pudesse expressá-la, Cano tocou seu ombro, então ela ergueu a cabeça para olhar para ele.

“Nem pense em encontrar uma pedra aleatória até encontrar a certa.” Cano parecia lê-la muito bem, porque era isso que estava na mente de Iris e isso a deixou desconcertada.

“Não, eu não estou pensando assim.” Era claramente uma mentira, mas o alfa não a desmentiu. Ele simplesmente acenou com a cabeça para dizer que ela deveria prosseguir.

Iris caminhou pela terra árida, franzindo a testa, tentando se concentrar no que estavam procurando, mas tinha dificuldade em sentir a diferença.

Ela soltou um suspiro resignado e respirou o vento seco impregnado de cheiro terroso. Esticou a mão e tocou cada rocha com a palma, tentando distinguir a pedra mágica por trás dela.

Este processo foi exaustivo.

“Eu acho que aqui, há uma pedra mágica de água dentro”, disse Iris, apontando o dedo para uma rocha robusta ao lado dela. “Eu não tenho uma ferramenta para tirar a pedra mágica daqui.”

Cano fez um sinal para que ela se afastasse enquanto levantava a mão. Garras afiadas surgiram das pontas dos seus dedos e, como ele fez na outra noite, ele arranhou a rocha, como se fosse tão macia quanto manteiga.

Grandes pedaços de rocha caíram no chão e Iris pegou um deles. A pedra mágica estava dentro, mas a rocha era muito sólida para ela tirá-la, então ela entregou-a a Cano.

“Aqui, a pedra mágica está dentro”, disse Iris, entregando a pedra a ele. Cano pegou a pedra e usou as garras para tirá-la. “Você vai danificar a pedra…” mas, ao ver como Cano era habilidoso, ela fechou a boca. “Deixa pra lá…” ela murmurou.

Ficou provado que anos fazendo isso o tornaram um especialista. Será que ela deveria elogiá-lo por isso? Mas, olhando como ele estava sério agora, Iris engoliu o que queria dizer.

“Esta é uma pedra mágica da terra”, disse Cano, enquanto levantava a pedra mágica e a avaliava. Ele jogou a pedra mágica para Iris, que infelizmente, não conseguiu pegá-la. “Encontre outra.”

Iris pegou a pedra mágica do chão e olhou para as costas de Cano com tristeza. Ela não conseguia entender por que ele insistia em encontrar uma pedra mágica de água. Talvez se ele desse uma razão, ela pudesse estar mais motivada, mas sabia que isso era algo que jamais aconteceria.

Portanto, ela se concentrou mais em sua busca.

Na segunda vez que ela sentiu a pedra mágica, que pensou ter o elemento água, Cano fez a mesma coisa, mas acabou sendo uma pedra mágica da terra novamente.

“Encontre outra.” Cano deixou a pedra cair em sua mão desta vez. “Só voltaremos depois que você encontrar três pedras de água seguidas.”

“O quê?” Iris arregalou os olhos. Ela já estava tonta demais para se concentrar em encontrar as pedras mágicas que a cercavam. Quanto mais se concentrava nessa sensação peculiar, mais intensa ela se tornava e mais ela se sentia sem energia.

O sol estava ligeiramente inclinado para o oeste quando ela sentiu seu estômago roncar. Ela estava com sede e com fome, mas não disse nada porque tinha medo de que Cano a achasse incômoda por ser tão fraca.

Por enquanto, ela encontrou quatro pedras e todas elas eram pedras mágicas da terra. Isso era irritante.

Iris caminhou pela terra árida, concentrando-se ao seu redor quando sentiu algo tocar suas bochechas e pulou de surpresa. Ela não conseguiu ouvir nada, então pode ser algo perigoso que a tocou.

Mas, como se viu, era apenas um frasco. Cano ofereceu-lhe sua água.

“Obrigada”, disse Iris, pegando o frasco e bebendo todo o seu conteúdo, o que fez com que Cano franzisse a testa.

“Você terminou tudo?” Ele pegou o frasco e virou-o de cabeça para baixo, mas apenas uma gota de água caiu no chão.

“Hm… sim.” Iris piscou os olhos. Ela não tinha certeza do que havia feito de errado. “Você me deu sua água”, disse ela em um tom sério.

Enquanto isso, Cano a encarou sem dizer uma palavra.

Por que ele parecia tão zangado?