O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 62
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62: DÊ UM PASSO À FRENTE! 62: DÊ UM PASSO À FRENTE! Will tinha vinte e um anos naquela época e eles estavam no quinto ano de escravidão quando Gerald e Mason tiveram a brilhante ideia de deixar dez selvagens estuprá-lo. Eles reencenaram o que haviam feito a Ethan, dois anos atrás.
Ele ainda se lembra de como aqueles selvagens o tocaram e obtiveram satisfação de seu corpo repetidamente. Ele perdeu a conta de quantas vezes desmaiou apenas para acordar com eles continuando a agir sem parar.
Se ele não tivesse uma boa constituição, teria morrido durante o processo, já que usaram o corpo dele como bem entenderam e não se contiveram nem um pouco.
Porém, naquela época, ele desejava ter morrido. Ele queria que o sofrimento acabasse naquela noite.
Will ainda se lembra de como Gerald e Mason riram dele, entre as respirações pesadas dos selvagens quando alcançaram o clímax usando o corpo dele. Foi algo que jamais esqueceria. Um “presente” de Gerald para toda a vida.
O evento mais frequente que o assombrava em seus pesadelos.
Quando acordou de novo, depois de desmaiar várias vezes, os selvagens já tinham ido embora, mas ele se viu numa poça de seu próprio sangue. Todo o corpo estava em agonia, mas ao mesmo tempo, ele se sentia insensível. Toda a vontade de sobreviver tinha acabado.
Eles disseram que seria apenas mais uma morte, eles já deveriam estar acostumados a isso. Era tudo o que ele estava pensando, ele era apenas “mais uma morte” naquela noite.
E foi quando Hanna apareceu. Ela trouxe água, comida e medicamentos, e por algum milágre, ele sobreviveu.
Will sempre se lembrava dela, embora não costumasse vê-la com frequência, mas sempre que ela estava por perto, ele sempre prestava atenção nela. Ele também sabia que às vezes, ela trazia comida escondido para os outros escravos e desejou que ela não fosse descoberta ou que não se metesse em problemas por causa disso.
Essa foi uma das muitas coisas que Hanna tinha feito por ele, por eles.
Embora Hanna não fosse a única, mas para ele, por causa daquela noite em particular, o coração sempre batia mais forte quando a via. Ele sempre observava ela.
Will falou muito gentilmente, com os olhos fixos nela. “Você parecia um anjo.”
“Isso é demais, eu fico feliz por poder te ajudar.” Hanna estava corada, ela baixou a cabeça, mas a gratidão não deveria ser só para ela.
“Você me disse para não desistir”. Will baixou a cabeça também, as pontas de suas orelhas ficaram vermelhas. Ele não estava acostumado a ter conversas tão sinceras.
“E eu estava certa, não estava?” Hanna sorriu.
“Você tinha razão. Obrigado”. Will sorriu para ela, desta vez, olhou nos olhos dela antes do olhar dela desviar.
No entanto, alguém veio falar com Hanna, era uma jovem senhora, que trabalhava sob a supervisão de Grilla na tenda. Ela estava ofegante antes de agarrar fortemente a mão de Hanna.
“O que foi?” Hanna franzia a testa e Will ficou em alerta. Quando alguém vem até você com uma expressão dessas, jamais se trata de boas notícias.
“Sua senhora… ela está sendo atingida por pedras pelas pessoas!”
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Amee soltou um grito ao ver o que as pessoas estavam fazendo com Iris, ela estava prestes a intervir, mas Aria a puxou de volta.
“Não faça isso!” Aria alertou.
“Como é que você me diz para não fazer nada? Ela vai morrer se a deixarmos desse jeito!” Amee tentou se livrar da mão dela, que a impedia de avançar, mas Aria não a soltou. Ela apertou a mão ainda mais.
“Não, Amee, não podemos interferir. As pessoas vão te repudiar se você defender o lado dela”, Grilla discordou, enquanto tentava impedir Amee de ir até lá. “Elas estão com raiva dela, ficarão com raiva de você também.”
“Vocês estão loucas?! Ela é a nossa luna agora! Vocês sabem como ela é importante para essa alcateia!” Amee não estava pensando no valor dela como uma luna, mas como isso afetaria a alcateia se ela morresse, afinal a única coisa que poderia preservar a alcateia da Lua Azul era o fato de ela ser a companheira do alfa.
“Mas você não pode ir lá e se colocar em perigo!” Grilla a alertou frustrada. Ela não gostou do que viu, então desviou o olhar para não ver, mas não encontrou dentro de si mesma, a vontade de ajudar Iris. O que Aria disse estava certo.
Lhe pareceu estranho ir ajudar. Ela relutou para fazê-lo. Ela mesma também tinha uma desavença com a família Lane.
Vendo como Aria e Grilla a impediram, Amee pensou melhor antes de decidir interferir, porque a pressão era muito grande, mesmo sabendo que não era certo apedrejá-la até a morte. Ela não conseguia ir contra elas.
Era mais fácil concordar com a maioria.
Portanto, Amee não fez nada, conforme desviava o olhar, tentando não olhar para a cena à sua frente, do mesmo modo fez Grilla, enquanto Aria apreciava o que estava acontecendo à sua frente.
Ela tinha certeza de que essas pessoas a matariam. Ela esperava que ela morresse agora, assim ela não precisaria lidar com ela mais. Ela poderia se livrar dela e ser a única mulher ao lado de Cane. Como ela ousava se colocar entre ela e o alfa?!
Iris não sabia que tipo de dificuldade passaram juntas e quais coisas ela tinha feito para Cane. Ela não deixaria passar e entregaria a posição de mulher de Cane a Iris, que nada sabia sobre dificuldades.
Ela não o merecia.
No entanto, todas elas pararam repentinamente quando ouviram alguém gritar furiosamente antes de verem Hanna correndo para a frente. Ela protegeu o corpo de Iris com o seu, enquanto olhava com raiva para as pessoas ao seu redor.
“O que vocês pensam que estão fazendo?!” Ela gritou tão alto que o rosto ficou vermelho. Ela estava visivelmente angustiada com a cena de Iris, que sangrava profusamente. Por que ela era sempre a que se machucava? “COMO OUSAM A MACHUCÁ-LA?! COMO OUSAM A MACHUCÁ-LA?!”
Eles ficaram chocados com a explosão de Hanna e abaixaram as mãos. Essa foi a primeira vez que viram uma Hanna furiosa. Ela nunca havia elevado a voz e sempre falava gentilmente com eles, mesmo quando discordava de suas afirmações de que Iris era uma pessoa má e era igual ao pai dela.
Atrás de Hanna, Will chegou para checar Iris. Ela estava seriamente machucada. Eles só conseguiam ouvir um gemido suave vindo de seus lábios, enquanto seus olhos estavam firmemente fechados.
“Deixem ela em paz! Deixem ela em paz! Como se atrevem a machucá-la?!” Hanna gritou com eles furiosamente. O pavor tomou conta do corpo dela ao ver Iris, enquanto o horror dançava em seus olhos. “O que vocês pensam que estão fazendo?!” Lágrimas escorriam pelo seu rosto, ela sentiu o coração sendo apertado dolorosamente.
A multidão ao seu redor murmurava algo entre dentes, mas, de fato, eles se afastaram de Iris.
“Não seja assim, Hanna. Somos gratos pelo que você fez por nós, mas você não pode proteger um monstro como ela”, disse um entre a multidão com a audácia de falar com Hanna histérica.
“VOCÊS SÃO TODOS MONSTROS!” Hanna gritou de volta para quem tinha chamado sua senhora de monstro. Sua visão ficou embaçada devido às lágrimas, ela não conseguia descrever o que estava sentindo. Isso era ainda pior do que quando Mason a haviam chicoteado.
A multidão suspirou chocada, eles estavam todos franzindo a testa. Eles achavam que Hanna tinha ido longe demais e que sua justificativa para salvar Iris era ridícula.
“Ela é a filha do maléfico alfa!” Outras pessoas concordaram. Se não fosse pelo que Hanna tinha feito por eles no passado e a maneira como a respeitavam e amavam, eles não se importariam se fosse ela o alvo das pedras deles, ou mesmo se ela se machucasse.
Hanna virou a cabeça e lançou um olhar ameaçador para aquela pessoa.
“Ela não é como o pai dela!” Hanna havia gritado essa frase repetidamente, mas eles escolheram fazer ouvidos de mercador. Ela estava profundamente magoada com as reações deles. “COMO VOCÊS PODEM FAZER ISSO COM ELA?! ELA NÃO É COMO O PAI DELA! ELA JÁ MACHUCOU ALGUÉM DE VOCÊS?!”
Todos eles desviaram o olhar, tentando evitar o olhar feroz dela. Isso era algo que eles não esperavam de Hanna, gritar e repreendê-los assim.
“DIGAM O QUE ELA FEZ CONTRA VOCÊS! ELA JÁ MACHUCOU ALGUÉM DE VOCÊS DE ALGUMA MANEIRA?!” Hanna gritou em alto e bom som, sem se importar com o fato de sua garganta doer muito. “Ela nunca machucou ninguém! Quantas vezes eu tenho que repetir para vocês?! É o ódio de vocês que é tão grande que vocês ficam cegos para tudo o resto! Ou são seus corações que ficaram cegos?!”
Alguns deles se sentiram desconfortáveis com o que Hanna disse.
No entanto, Hanna não tinha acabado com eles. Ela lançou um olhar ameaçador para todos eles, seus olhos estavam vermelhos de raiva e tristeza pela sua querida senhora.
“TODA A AJUDA QUE VOCÊS RECEBERAM DE MIM VEIO DELA! Toda a ajuda veio desta mulher que vocês apedrejaram! COMO OUSAM MACHUCÁ-LA!” Ela gritou com eles. Ela não podia mais esperar. “ELA DEU A VOCÊS A COMIDA E O MEDICAMENTO QUE VOCÊS PRECISAVAM!”
Toda vez que agradeciam e expressavam sua gratidão, ela queria dizer que não era a ela a quem deveriam ser gratos, mas não podia e aquilo estava a corroendo por dentro.
Especialmente quando essas pessoas olhavam para Iris com tanto ódio por algo que ela nem mesmo fez.
“Não, isso não é possível… você está mentindo”, disse uma voz.
“Você não pode dar crédito a ela só porque se importa com ela”, acrescentou outra.
“Você é muito gentil, Hanna… você não precisa mentir para salvar a vida dela.”
Hanna sentiu o coração apertar diante da negação deles, enquanto olhava para cada um deles. Essas pessoas aqui eram os membros da alcateia do Lobo Uivante, que ainda não haviam retornado à sua terra. Porque a economia lá estava tão ruim depois de dez anos de escravidão, eles não conseguiam fazer comércio para sustentar a vida.
Portanto, até que as coisas se arrumassem na alcateia do Lobo Uivante, eles optaram por ficar na Matilha da Lua Azul, se misturando com os membros da alcateia aqui.
Mas, não é como se os membros da Alcateia da Lua Azul pudessem evitar a miséria, o alfa sempre encontrava falhas neles de vez em quando e cobrava impostos altos. Eles acabariam como escravos se não pudessem pagar.
Nada diferente do destino dos membros da alcateia do Lobo Uivante.
“Vocês já se perguntaram por que sempre foi possível para mim mandar grandes quantidades de comida para vocês na maioria dos dias?! Já se perguntaram por que vocês podiam comer carne naqueles dias?!” Hanna deu uma volta para olhar para todos eles porque estavam ao redor dela. “COMO EU E MEUS AMIGOS PODEMOS DAR ESSES MIMOS PARA VOCÊS?!”
Hanna balançou a cabeça teimosamente, ela apertou os punhos, tentando evitar chorar em voz alta. Parecia que ela queria arrancar o próprio peito.
Hana não sentiu remorsos ao ver como esses monstros se sentiram desconfortáveis com o que ela disse. Eles deveriam saber! Eles tinham que saber quem tinham machucado!
Hanna então se virou e apontou o dedo para Iris, que se enroscava no chão, gemendo de dor. “Foi ordem dela poupar comida para vocês! Roubar remédios para vocês!”
Como transformadores, era da natureza deles serem carnívoros e para eles ficarem sem a comida principal, isso os faria ficar fracos e ficarem facilmente doentes.
Mas graças à comida que Hanna trazia para eles, eles não estavam tão infelizes.
“Avance, qualquer um que tenha sido machucado por ela!” Hanna olhou para todos um por um. “EU VOU TE AJUDAR A APEDREJÁ-LA SE ALGUÉM PUDER PROVAR PARA MIM QUE ELA MACHUCOU VOCÊ! Avance!”