O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 61

61: UM ANJO 61: UM ANJO Aria ficou irritada ao ouvir o que aconteceu com Iris na noite passada. O motivo de seu aborrecimento era que ela estava tentando parecer boa diante das outras pessoas ao ajudá-las em seu momento de necessidade.

Mas, por outro lado, Aria estava tão abalada com aquele ataque que se trancou no quarto. Ela correu para o abrigo subterrâneo quando soube do ataque do monstro e ficou lá com os outros.

Ela estava em seu quarto, se recuperando do choque, mas lá fora, Iris estava tentando agir como uma luna para todos.

Ela ficou satisfeita que alguém enfrentou Iris e a colocou em seu lugar, mas o fato de ela tê-los ajudado não lhe agradou.

Portanto, hoje ela se forçou a sair da cama e ajudou na tenda, embora estivesse relutante em cuidar dessas pessoas e tivesse falado sobre como Iris não tinha vindo hoje porque Avid fez seu disfarce cair.

No entanto, disseram que a ausência de Iris era porque o alfa ordenou que ela fosse às minas.

E lá estava ela de novo…
“O que está fazendo aqui?!” Aria se aproximou dela com passos largos, seus olhos flamejantes de raiva ao ver Iris. “Quem você pensa que é para estar aqui!?”

Iris estremeceu quando foi repreendida abertamente na frente de tantas pessoas. Ela não gostava de ser o centro das atenções, especialmente neste tipo de situação.

“Vá embora!” Aria disse em voz alta e com maldade. “Ninguém quer você aqui!” Ela olhou ao redor e se sentiu satisfeita porque tinha reunido bastante atenção. “Você realmente acha que, nos ajudando agora, pode fazer com que gostemos de você!?”

Iris olhou ao redor e os olhares ferozes que receberam a fizeram entrar em pânico. Muito ódio e hostilidade irradiavam deles e ela se viu hiperventilando.

Para não piorar a situação, Iris decidiu sair do ambiente. Ela veio aqui porque queria ajudá-los, mas parecia que sua presença não era bem-vinda.

Mas isso foi um erro, já que Aria não quis deixar isso passar. Ela conseguiu o público e a atenção que queria, este era o lugar perfeito para humilhar Iris.

Se ela não pudesse torturá-la, pelo menos, poderia fazer as pessoas odiá-la ainda mais. Eles precisavam se lembrar de como perderam suas famílias e como eram suas vidas no passado.

“Eu ainda não terminei!” Aria agarrou o braço dela e a virou. Seu aperto era tão forte. Ela era uma transformadora afinal, não era fácil se livrar dela. “Você realmente acha que é a luna e agora está tentando agir como uma!? Realmente acha que esquecemos o que seu pai nos fez passar nos últimos dez anos?! Quantas vezes temos que sofrer assim, porque nossa família, amigos e companheiros foram mortos por seu pai e irmão de sangue frio?!”

Aria sabia como agitar a situação, ela pegou nas dores das pessoas aqui, que perderam seus entes queridos durante o ataque há algumas noites e canalizou para o antigo ódio e sofrimento que tiveram que suportar, a injustiça e abuso que sofreram nas mãos de alfa Gerald e Mason e também dos cinco alfas.

Não demorou muito para que a situação ficasse tensa, já que eles começaram a amaldiçoar Iris. Eles desabafaram sua tristeza, mágoa e dificuldades nela, já que era mais fácil para eles ter alguém para culpar por todos os infortúnios que tiveram que sofrer.

E Iris era o alvo perfeito.

“Ela está fingindo ser legal com você porque quer ganhar sua simpatia! Você realmente acha que ela está fazendo isso por bondade no coração?!” Aria sentiu-se entusiasmada ao sentir as emoções negativas das pessoas ao seu redor. Ela poderia usar isso para fazê-los se unirem a ela. “Você realmente acredita que ela tem bondade no coração?! Ela é filha do Alfa Gerald, a mesma pessoa que nos escravizou por uma década!”

Iris tentou livrar sua mão do aperto de Aria, mas ela era muito forte e sentiu como se tivesse machucado seu pulso com tanta força.

Mas então, ela sentiu uma dor aguda no ombro, gritou e descobriu que alguém tinha jogado uma pedra nela.

“Seu pai matou meu companheiro!” Um jovem encarou Iris. Ele foi quem jogou a pedra nela. “Como você ainda pode estar viva e bem?!”

E então outra pedra acertou a testa de Iris desta vez. “Seu irmão matou meu filho!”

E essa reação causou uma série de reações nas pessoas ao redor, já que elas faziam a mesma coisa: pegavam pedras e as jogavam em Iris.

Ao ver a situação escalando, Aria se sentiu extasiada. Seus olhos brilhavam quando ela finalmente deu um passo para trás e viu as pessoas ao redor jogando pedras em Iris, enquanto gritavam suas queixas.

Eles não estavam mentalmente estáveis, já que tiveram que perder membros da família ou tiveram pessoas preciosas feridas, então foi fácil provocá-los e fazer com que direcionassem seu ódio a Iris.

“Seu irmão estuprou minha filha!”

“Seu pai matou minha família inteira! Você deveria ter morrido junto com seu pai!”

“Vá para o inferno com seu pai perverso!”

“Você é uma desgraçada inútil! Deveria ser chicoteada até morrer!”

“Eu não quero respirar o mesmo ar que você!”

“Você nunca será a nossa luna!”

“Mesmo depois que seu pai morreu, ele ainda nos torturou! Você não é a luna para mim! Vá para o inferno!”

“Por que você tortura o alfa ao fazê-lo te aceitar como luna?! Você não merece ele!”

“Deveria ser esquartejada como seu pai fez com o meu pai!”

Havia tantos insultos e maldições que foram lançados contra Iris, mas havia ainda mais pedras que foram jogadas em sua direção.

Iris queria deixar o local, já que sentia o sangue escorrendo de sua cabeça, mas alguém a puxou de volta para o centro das atenções, chutaram-na e jogaram mais pedras nela.

Seu corpo estava em tanta dor, mal conseguia respirar, enquanto se curvava no chão. E quando sentiu alguém chutar seu estômago com tanta força, ela quis vomitar suas entranhas.

“Vá morrer! Todas as pessoas daqui ficarão felizes em te ver morrer!”

Iris nem pôde pedir ajuda, seus ouvidos zuniam e seu corpo inteiro doía tanto. Alguém até pisou em seus dedos e usou o salto para esmagá-los. A dor era insuportável.

Ela veio aqui para ajudar, mas por que eles a odiavam tanto por algo que ela não fez?

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Hanna foi buscar um balde de água fria quando ouviu uma confusão ao longe, mas não apressou seus passos porque estava carregando o balde.

“Deixa eu te ajudar.” Will apareceu de repente e carregou o balde para ela.

“Ah, não precisa fazer isso”, Hanna recusou educadamente suas investidas e tentou imediatamente pegar o balde de volta, mas Will insistiu.

“Está tudo bem, você está ajudando as pessoas aqui. Eu também devo poder ajudar.”

“Você é o guarda pessoal do alfa, já está ajudando o suficiente protegendo o alfa, porque o alfa vai proteger seu povo”, disse Hanna, mas não tentou pegar o balde de volta porque Will deixou claro que ele quem ia carregá-lo.

Ambos caminhavam lado a lado em direção à tenda agora. Embora houvesse uma confusão perto das tendas, eles conversavam um pouco, porque não pensavam muito nisso.

“Por que você está aqui? Achei que estivesse com o alfa.” Ele e Aderan costumavam ser vistos com o alfa, e agora que Aderan estava fora do alcateia, Will deveria ficar com o alfa Cane, certo?

“O alfa está no quarto dele, ordenou que eu chamasse sua senhorita”, respondeu Will.

De alguma forma, eles diminuíram o ritmo para ter uma conversa mais longa entre si. “Mas a senhorita Iris foi com o gama Ethan esta manhã ao local de mineração.”

“Sim, eu estive lá, mas o gama Ethan disse que a mandou de volta uma hora atrás. Eu olhei no quarto dela, mas ela não voltou lá. Eu te vi, então achei que você saberia onde ela está.”

Hanna pensou um pouco antes de se lembrar de onde sua senhorita poderia estar. “Acho que ela está na tenda. Ela deve ter chegado quando eu fui pegar a água, por isso não a vi.”

“Por que ela está na tenda?” Will franziu a testa, já que, pelo que sabia, as tendas estavam cheias de vítimas do ataque e os corpos dos guerreiros e aldeões mortos durante o ataque.

“Ela está ajudando lá.”

“Ajudando?”

Hanna lançou-lhe um olhar e suspirou fundo. “Você não vai acreditar em mim mesmo que eu dissesse que ela ajudou os guerreiros, que foram envenenados pelo veneno do brinetallon. Ela trocou os curativos e limpou os corpos deles, para que a febre não subisse muito.”

“O quê? Ela fez isso?”

Desta vez, Hanna estava irritada, deixou sua irritação escapar pelo tom. “Sim. Ela fez isso e sim, ela é gentil. Ela não é nada como o pai e o irmão dela.”

Will teve dificuldades em acreditar nisso e, para Hanna, era uma reação normal que todos tinham quando ela contava como Iris era diferente de seu pai e irmão.

Eles paravam de zombar e amaldiçoar Iris na frente dela, mas não paravam de odiá-la pelos pecados de seu pai e irmão.

E agora, vendo o quanto Hanna estava chateada, Will tentou mudar de assunto. Ele veria por si mesmo se Iris estava ou não ajudando, embora ainda estivesse cético.

“Eu ainda não te agradeci pelo que você fez por mim naquela noite”, disse Will. Ele parecia um pouco constrangido, porque não sabia como formular as palavras de maneira agradável.

Aquela noite. Hanna sabia qual noite ele estava falando, porque foi a primeira vez que se encontraram.

“Você não precisa me agradecer”, disse Hanna timidamente, enquanto baixava a cabeça. “Eu não fiz muito.”

“Não, você fez muito, senão eu não estaria aqui falando com você agora.” Will continuou. “Eu me lembro que foi a melhor comida que já comi.” Ele riu amargamente. “E se não fosse pelo seu remédio, eu teria morrido. Eu sou muito grato a você por ter me encontrado.”

“Suas palavras são pesadas.”

Aquela noite foi a noite em que Will foi estuprado por dez selvagens, mal podia se manter vivo naquela época e, como ele disse, se não fosse por Hanna, que o encontrou meio morto naquela noite e trouxe remédio para ele, ele teria morrido, porque estava sangrando muito e não tinha forças, nem pretendia se esforçar para continuar vivo.

“Não, eu ainda me lembro de você chorando e me dizendo que tudo ficaria bem. A escravidão acabaria logo e eu precisava ser forte porque o alfa ainda estava lutando contra o alfa malvado.” Will se lembrou do que ela disse vividamente, como se tivesse acontecido ontem. “Você me disse para não desistir.”

Hanna ficou atônita, mal se lembrava do que disse naquela noite, porque era apenas algo clichê e palavras de motivação vazia, a única coisa em sua mente naquela época era: ela precisava mantê-lo vivo.

“Eu estava sem esperanças e não queria mais viver, foi um milagre que eu consegui passar por aquela noite.” Will então virou a cabeça e olhou para Hanna calorosamente. “E esse milagre veio na forma de você.”

Hanna baixou ainda mais a cabeça, sentindo-se envergonhada, mas também desconfortável.

“Você parecia um anjo para mim naquela hora.”