O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 38
- Home
- O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo
- Capítulo 38 - 38 SACIOU SUA SEDE 38 SACIOU SUA SEDE A dor era insuportável
38: SACIOU SUA SEDE 38: SACIOU SUA SEDE A dor era insuportável quando seus ossos se deslocaram e ele foi forçado a se transformar no monstro que as pessoas pensavam ser o ápice do mau presságio para um transformador. Ele e seu povo estariam condenados assim que a palavra sobre sua condição se espalhasse.
“ARRGHH!” Cano rugiu de agonia, essa dor parecia quase como se cada osso de seu corpo tivesse sido quebrado em um milhão de pedaços. Seu corpo estava tão quente, como se alguém estivesse derramando ferro derretido sobre ele. Descongelou seu cérebro e liquefez seu ser.
Ele não conseguia mais sentir nada, já que sentia seu corpo se transformar em uma bola de chamas. Cada centímetro de sua pele estava tão dolorido que até a dor das correntes de prata parecia celestial em comparação a esta.
Cano já havia passado por isso seis vezes, mas nunca se acostumara, e não achava que jamais se acostumaria com isso. Ele sentia como se suas entranhas estivessem sendo picadas quando tinha que se transformar naquele monstro.
O monstro no qual ele tinha que se tornar como preço pela feitiçaria que cometeu, para libertar seu povo do tirano.
E uma vez que o monstro estava solto, queria correr desenfreado, sedento por sangue. Ele queria ser libertado, mas as correntes o impediam. A sede era insuportável, aliada à dor de se transformar à força, Cano não conhecia dor maior do que esta.
As chamas se transformaram em um inferno a cada segundo que passava.
Ele estava uivando de agonia.
Mas então, havia esse cheiro que o incomodava, o cheiro era como um ar fresco que o deixava respirar por um momento. Era tão celestial em seu estado atual. Ele uivava ainda mais alto, chamando a pessoa a quem aquele cheiro pertencia, para se aproximar dele, já que estava sofrendo muito.
Ele continuava uivando, chamando…
E lá estava ela, uma menina, uma menina muito jovem com cabelos castanho-avermelhados e um par de olhos azuis profundos, tão profundos quanto o oceano, no qual o monstro adoraria se afogar, para acabar com sua miséria e as chamas dentro dele.
No entanto, ela se afastou dele. Assustada.
NÃO!
Foi a primeira coisa que passou pela mente enlouquecida de Cano. A presença dela permitiu que ele respirasse. Ela era como uma lufada de ar fresco no deserto, água para matar sua sede.
O monstro rugiu ainda mais ferozmente desta vez, como se o ar que respirava fosse tirado dele.
As paredes tremeram e as correntes chocalharam.
A única coisa em sua mente era como alcançar seu salvador.
Mas a menina continuou se afastando e ele começou a sentir aquela miséria pairando em sua mente, chegando com força total, já que havia provado um pouco de piedade.
Ele não podia perder isso.
No meio dessa loucura, nenhuma corrente pôde impedir o monstro de conseguir o que queria e, uma vez que as correntes foram quebradas e a parede desmoronou, o monstro imediatamente prendeu a menina ao chão, deixando-a incapaz de se mover.
E o toque…
Assim que fizeram contato físico, a chama diminuiu um pouco mais, deixando-o com uma dor mais suportável. O monstro colocou seu focinho no pescoço dela e o cheiro o atingiu forte. Era divino, enquanto a felicidade o envolvia.
Seu pescoço esguio estava tão perto que o monstro literalmente podia ouvir o sangue correr por suas veias e seu instinto se manifestou, era um instinto primal, quase como se fosse o curso da natureza para ele fazer isso.
Seus caninos se alongaram e ele afundou os dentes na carne macia do pescoço dela, bebeu seu sangue, e isso reduziu ainda mais a dor. Isso afastou a névoa de sua mente, permitindo que ele pensasse com mais clareza.
A menina debaixo dele continuou se debatendo, tentando afastá-lo com um esforço tão insignificante. Ela chorou e gritou, mas então sua voz desapareceu à medida que a consciência a deixava, sangue escorrendo de seu pescoço, bebido pelo monstro, que lentamente retornava à sua forma original por completo.
E agora, era apenas Cano, o alfa, prendendo-a no chão e marcando-a. Mas assim que recuperou um pouco de sua sanidade, já era tarde demais, Iris perdeu muito sangue. Seu sangue ainda escorria pelo queixo de Cano.
À distância, havia barulhos e Ethan e Jace se aproximaram ao ouvir o som da parede desmoronando.
“PORRA!” Ethan praguejou assim que viu a cena diante de seus olhos. Ele parou a dez passos de Cano, que acabara de atacar Iris, enquanto Jace ficava perto dele, também sem palavras.
Eles correram depois de ouvir o som alto da parede desmoronando. Eles sabiam que estariam em grandes apuros assim que o monstro fosse libertado, mas não esperavam se deparar com algo assim.
Eles pensaram que lutariam contra o monstro, atrairiam Cano para a Montanha Goffa, para que ele não chamasse a atenção e o mantivessem lá até o nascer do sol, o que não era uma tarefa fácil, mas era o melhor plano que tinham.
Mas não esperavam ver Cano em sua forma humana com sangue escorrendo de sua boca, enquanto debaixo dele estava uma menina jovem, encharcada em seu próprio sangue.
O que diabos aconteceu aqui?! O céu ainda estava tão escuro e o amanhecer ainda estava tão longe.
O silêncio era sufocante, até que Cano falou com sua voz profunda e sombria, enquanto limpava o sangue de sua boca.
O sangue de Iris tinha um gosto muito doce, quase parecia água fria e fresca que umedecia sua garganta seca, apagando as chamas dentro dele. Ele queria mais, mas então ela estaria morta.
“Chame a Amee”, disse Cano. Ele ergueu a cabeça e seus olhos vermelhos encararam Jace. “Diga a ela para trazer suas ervas e informá-la sobre a situação.”
Jace ficou atônito por um momento, mas depois se recompôs. “Estou indo.”
“Quem… quem é essa?” Ethan perguntou cautelosamente.