O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 29

29: UMA MENINA PEQUENA ASSUSTADA 29: UMA MENINA PEQUENA ASSUSTADA Íris sentiu seu coração bater em sua garganta quando entrou no quarto do alfa e agora, quando ela teve que explicar o que estava fazendo, não sabia por onde começar.

“Explique-me o que é isso.” Cano colocou toda sua atenção em Íris agora, mas não havia nada que ela pudesse ler de sua face inexpressiva. Ele era como um lago profundo e calmo, não se sabe o que está por baixo.

“Eu não roubei a pedra mágica.” Íris encarou os lábios dele, ao invés de seus olhos negros como breu, porque a perturbava ver tais olhos tão frios. “Eu a encontrei quando trabalhava nas minas.”

“Mas você não a entregou ao treinador de escravos!” Aria gritou com ela, ignorante do fato de que Íris não estava olhando em sua direção, assim ela não sabia qual era sua acusação.

“Aria, saia deste quarto.” Cano não desviou os olhos de Íris quando falou.

Ouvindo isso, Aria se atrapalhou, ela sabia que havia passado dos limites e imediatamente recuou, baixando a cabeça em vergonha. “Desculpe, meu alfa… eu me deixei levar.”

“Saia.”

Cano não gostava de ser interrompido e Aria havia feito isso mais de duas vezes. Ela deveria saber disso melhor, mas não conseguia controlar sua raiva toda vez que via a filha do monstro que havia destruído ela e todas as pessoas da Matilha do Lobo Uivante aos pedaços.

“Meu alfa…” Aria tentou ficar. Ela queria ver que tipo de punição ele daria a ela por roubar a pedra mágica, mas Cano estava firmemente comandando.

“Saia, Aria. Não gosto de dar a mesma ordem repetidamente.”

Conhecendo Cano, Aria estava certa que ela não poderia pressioná-lo mais que isso. Assim, rangerindo os dentes, ela abaixou a cabeça e saiu do quarto. Ela lançou um olhar furioso para Íris ao sair.

Aria teria sua própria vingança mais tarde, quando retornasse ao local da mineração. Ela faria tempo para isso.

Assim que a porta foi fechada e a amante não estava mais presente, Cano apoiou suas costas rígidas na cadeira e esperou por Íris falar.

“Eu não roubei. Eu a encontrei, mas sim, não a dei para o treinador de escravos, peço desculpas.” Íris mexia nervosamente em suas unhas. A ideia do alfa Cano enfurecido a assustava muito. Ela não queria passar a noite com ele novamente. Mas se ele tivesse a ideia de entregá-la aos selvagens ou aos guardas para satisfazer suas necessidades, então seria o fim para ela.

Refletiu muito sobre o que seu pai havia feito com eles e suas pernas quase cederam.

“Quantas pedras mágicas você encontrou até agora?” Cano levou a pedra mágica à sua mão, era de um azul escuro e sentia-se tão quente, provavelmente porque Íris a tinha segurado por um certo tempo.

“Três com essa,” Íris respondeu sinceramente. Ela só ousou olhar para os lábios dele, caso estivesse falando com ela. Ela não queria deixá-lo ainda mais chateado.

“Três?” Aderan estava em choque. Mesmo ele, depois de trabalhar por anos no local da mineração, só conseguiu encontrar cinco, mas ela conseguiu encontrar três num curto espaço de tempo?

O alfa parecia perplexo também, mas não mostrava isso em sua expressão impassível. Ele ponderou a pedra mágica em sua mão e depois colocou-a de lado, junto com o livro enquanto se levantava e se aproximava de Íris.

Ele não tinha prestado muita atenção nela antes, mas quanto mais olhava para ela, mas não conseguia entender como um monstro como o Alfa Gerald tinha uma filha como ela. Ela não era nada além de uma menina pequena assustada.

Se não fosse pela sombra de seu pai, ele não acreditaria que ela seria capaz de machucar até mesmo um inseto, mas seu julgamento sobre ela era ofuscado pelos atos abomináveis de seu pai e irmão.

“Como você a encontrou?”

Íris não sabia como responder a isso. “Eu só… encontrei…” Ela sentiu e encontrou, tão simples como isso, como se já soubesse onde teria que procurar e apenas segui por seu instinto.

“Impossível. Precisamos cavar cada pedaço de solo e quebrar cada pedra para encontrar uma única pedra mágica.”

Cano fixou os olhos em Íris, ele estava absorto em seus pensamentos, enquanto encarava os profundos olhos azuis de Íris. “Venha comigo.”

Íris se retesou quando ouviu isso. Ele iria torturá-la? Ela seria punida por não entregar a pedra mágica? Que tipo de punição estava esperando por ela?

Parecia que o fato de Aderan dormir com a rainha não era algo que incomodava o alfa nem um pouco. Ele nem mesmo se surpreendeu com tal conhecimento.

Íris lançou um olhar para Aderan, esperando que o homem pudesse lhe dar alguma explicação sobre o que o alfa faria com ela e porque ela tinha que segui-lo, mas ele parecia tão perdido quanto. Era difícil saber o que se passava na cabeça do alfa. Ele era muito imprevisível.

Demorou algum tempo para Íris saber para onde estavam indo. Eles se dirigiam ao local da mineração e quando chegaram lá, ela estava quase sem fôlego.

Esses dois homens caminharam tão rápido com passos largos que eram o dobro dos dela, então ela precisou correr para acompanhá-los.

Provavelmente porque estavam acostumados a se mover rápido, eles não percebiam o quão rápido era o ritmo deles.

Íris estava com tontura quando chegaram ao local de mineração. Alguns treinadores de escravos e guardas, que ainda estavam por lá, imediatamente se aproximaram do alfa e o cumprimentaram; estavam confusos em relação ao porquê de ele estar ali a essa hora tão avançada.

Eles olharam para Íris, mas não deram muita atenção a ela. Ou eles a odiavam ou apenas a viam como um incômodo.

No entanto, Cano apenas acenou para eles e continuou a caminhar, adentrando mais fundo no local de mineração. Íris e Aderan seguiram atrás dele.

“Encontre-a.”