O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 251
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251: O QUE SOU PARA VOCÊ? 251: O QUE SOU PARA VOCÊ? “Por que você me abraçava todas as noites e depois agia como se fosse nada de manhã?” Iris sentiu sua língua ficar dormente quando fez a pergunta. Ela não sabia de onde tirou coragem para perguntar isso a ele.
Mas ela sempre foi muito clara com suas emoções e tudo sobre ela. Ela não escondeu nada dele.
Portanto, sua ação e sua maneira caprichosa de tratá-la a deixaram apreensiva. Ela continuava questionando o que ele queria dizer com isso. Ela precisava de uma explicação, para saber onde estava.
Ele queria ela? Ou era um impulso do vínculo de companheiro, especialmente quando ela soube da razão pela qual o lycan escolheu ele. Ela nem conseguia perguntar sobre isso, porque Cano mal dava uma explicação para ela sobre qualquer coisa.
“Você me deixa confusa”, admitiu Iris quando Cane não disse nada. Ela esperava isso, mas queria realmente saber por que ele fazia isso?
Cano ficou em silêncio por um tempo antes de falar: “Você não quer que eu te abrace?”, perguntou direto ao assunto, mas então, a resposta para a pergunta que Iris queria era complicada, não era uma resposta de ‘sim ou não’ e não podia ser simplificada da maneira que Cano pensava.
Iris apertou os lábios em uma linha fina. Ela queria desviar os olhos do olhar intenso dele e voltar atrás em sua pergunta. Ela deveria ter ficado quieta e não dizer nada, mas por quanto tempo ela aguentaria isso?
O relacionamento entre eles era muito vago e ela não sabia o que esperar e como vê-lo.
Cano deixou claro para Aria que só a queria por seu desejo carnal, nada mais, mas para Iris, a última vez que fizeram isso foi quando ela estava no cio e todas as vezes que dividiram a cama, ele não fez nada além de segurá-la firme.
Será que ele só queria ela porque o vínculo de companheiro lhe dava conforto e um pouco de paz à sua mente anárquica?
“Eu preciso que você me diga onde estou. O que sou para você?”
“Você é minha companheira, a luna do grupo.”
“Você realmente sente isso? Você realmente me vê como sua companheira?” Iris enrolou os dedos no cobertor, se segurando para não chorar, porque de alguma forma, ela estava muito chateada. “Ou eu ainda sou filha de Gerald aos seus olhos? E você se contenta comigo por causa do vínculo de companheiro”? E esse peso a fez se sentir tão fraca.
Cano podia ver a dor nos olhos dela, mas ele não sabia o que fazer com ela, nem sabia como responder à pergunta. O que ela era para ele?
“Podemos conversar sobre isso depois?” Cano disse no final. Ele tinha muitas coisas acontecendo hoje, das quais Iris não tinha conhecimento, e ele estava à beira da insanidade.
“Quando?” a pergunta veio como um sussurro desesperado. “Você nunca explica nada para mim e estou confusa.”
Iris não queria se envolver com ele, nem queria se apaixonar por ele se ele não quisesse o mesmo, mas com a ligação que eles tinham um pelo outro e o vínculo de companheiro entre eles, isso não era impossível, mas ela não queria acrescentar amor à complicação da situação, porque a profundidade de seu amor hoje seria a profundidade de sua dor amanhã.
Cano era a única pessoa que ela tinha, alguém que ela poderia chamar de família.
O pensamento de que ela estava tão descontente com a visão de Cane carregando Laluna e a maneira como a princesa o encarava, a incomodava muito. Era ciúme, ela não era tão densa a ponto de não reconhecê-lo, e por isso tinha medo desse desenvolvimento.
Cano não pôde dar a ela uma resposta definitiva, porque ele não tinha uma. Ele não queria ter essa conversa, o que significava que queria manter a ambiguidade, porque ele não precisava explicar nada, nem precisava esclarecer uma certa coisa.
Contudo, isso não era justo para Iris.
“Você é minha companheira, vou lhe tratar com respeito.” Esse era o fato. Ele a tinha tratado com nada menos que o maior respeito na frente de todos, até ofendendo o rei ao rejeitar a intenção de Nala de ser sua amante. “Eu cometi muitos erros e deixei minha dor dominar. Quebrei minha promessa de não te machucar, mas o fiz, por isso, peço desculpas. Isso nunca mais vai acontecer.”
Iris sabia que Cano estava falando sobre como ele perdeu o controle na biblioteca, mas a memória daquele dia se apagou. Seu subconsciente a fez esquecer tudo o que a machucava, como uma forma de lidar com a realidade.
Cano finalmente pediu desculpas pelo que fez e explicou as coisas um pouco mais claramente, mas Iris não ficou satisfeita com isso. Não era o pedido de desculpas que ela queria e sua explicação não respondia à pergunta dela. O que ela era para ele? Onde ela estava?
O alfa então saiu da cama e foi até o guarda-roupa para pegar algo antes de voltar e se sentar na beirada da cama, perto de Iris, enquanto entregava algo a ela.
Era uma pequena adaga.
“Esta é uma adaga de prata. Você pode me impedir se achar que sou um perigo para você.” Cano fez Iris agarrá-la. Era uma adaga branca, com símbolos intrincados em sua bainha.
A expressão de Iris escureceu. Cano não respondeu à pergunta dela. “Mas, então, seu povo vai me odiar ainda mais por machucar seu alfa.” Ela devolveu a adaga e saiu da cama.
Seu coração estava tão pesado.
Iris pegou seu manto e saiu do quarto. Ela fechou a porta atrás de si e esperou, mas não havia sinal de que Cano viria atrás dela e isso deixou seu humor ainda mais sombrio.
Chateada e machucada, Iris seguiu sem rumo em direção a um jardim. Mal sabia ela que um certo lobo preto a seguia sorrateiramente.