O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 243

243: ELA SE PERGUNTOU SE ELES PODERIAM TER UMA CONVERSAÇÃO ADEQUADA 243: ELA SE PERGUNTOU SE ELES PODERIAM TER UMA CONVERSAÇÃO ADEQUADA Iris seguiu Cano de volta para o quarto silenciosamente, não disse nada e manteve a cabeça baixa. Era claro ver que ela não estava feliz com algo e o alfa também podia sentir isso.

Ele olhou em sua direção algumas vezes, mas ela nem mesmo se incomodou em olhar para onde estavam indo e apenas encarou o chão que caminhava.

Não era comum para Iris agir assim, porque costumava falar sobre algo, contar a ele o que aconteceu no salão principal ou qualquer coisa. Ela tentaria perguntar ou envolvê-lo em conversa, especialmente após um grande incidente como este.

Mas agora, ela estava excepcionalmente quieta.

Ela estava com muito medo, por isso não conseguia dizer nada? Isso fez Cano franzir um pouco a testa, porque não parecia ser isso.

Assim que voltaram para o quarto, Cano colocou o dedo embaixo do queixo dela, ergueu a cabeça dela, para que ela pudesse ler o que ele estava prestes a dizer.

Mas as palavras ficaram presas na garganta quando ele viu os olhos dela. Aqueles olhos azuis pareciam um pouco mais escuros e os lábios se apertaram em uma linha fina. Ela estava… com raiva?

Cano não podia dizer, pois nunca a vira com raiva antes. Ele também não pensava que ela seria capaz de ficar com raiva, pois a mulher diante de seus olhos sempre parecia tímida e falava suavemente. Mas, ainda assim, o que a deixou com raiva?

“Aconteceu alguma coisa no salão principal?” Cano mudou sua pergunta e ele pôde ver como Iris piscava os olhos e tentava esconder suas emoções, ela balançou a cabeça.

Mas, ela não era uma boa mentirosa e Iris sabia que Cano não acreditava, então ela fez uma tentativa desesperada de mudar de assunto.

“Não consigo encontrar a Hanna, pode pedir a alguém para encontrá-la?” Não era mentira, ela estava realmente preocupada com ela e o fato de que não conseguia encontrar sua empregada pessoal e Redmond fez uma busca desanimada para encontrar Hanna, não a fazia se sentir melhor. Iris queria saber se Hanna estava bem.

“Ok”, concordou Cano. Ele supôs que Iris estava de mau humor porque Hanna havia desaparecido. Ele então estendeu a mão rapidamente para pegar algo de seu ombro e agarrou firmemente, quase muito fortemente, o que poderia esmagar a coisa em sua mão.

Iris foi surpreendida ao ver seu movimento, mas então soltou um grito de pânico quando viu o lagarto. “Alfa! Você pode sufocá-lo!” ela gritou. Ela tentou abrir a mão de Cano, mas não conseguiu. No final, ela levantou a cabeça para olhar para ele timidamente. “Pode soltá-lo, por favor?”

Cano olhou para o rosto pequeno de Iris por um tempo, o que a deixou um pouco nervosa e abaixou o olhar para encarar seus lábios, porque seus olhos eram intensos demais.

“Eu já disse para não mostrar isto a mais ninguém. Além das pessoas que estavam conosco a caminho do mercado negro, ninguém deveria saber disso”, Cano reiterou o que disse quando estavam dentro da caverna, especialmente a origem da criatura.

No entanto, Iris mostrou a Hanna e deixou a amiga vê-lo também. Agora, ela estava tomada pela culpa por esquecer algo que Cano havia alertado.

“Desculpe”, disse Iris em voz baixa.

Cano não saberia que Iris andava com a criatura escondida em suas roupas se esse pequeno lagarto não se mostrasse quando encontrassem o feiticeiro. Enquanto isso, Iris não conseguia mais manter o pequeno lagarto quieto dentro do bolso, porque ele estava ficando maior e o espaço dentro do bolso não era mais adequado para ele.

“Não quero que isso aconteça de novo”, Cano disse severamente, enquanto entregava o lagarto deplorável, que imediatamente se afastou e se escondeu nos cachos de Iris.

“Sim, vou me atentar a isso”, respondeu imediatamente Iris. Ela pensou que Cano ficaria muito bravo e por um momento imaginou que ele faria algo horrível com ela para despejar sua raiva. Em seu subconsciente, ela costumava ter esse pensamento de que quando você fica com raiva, se transforma em violência física.

Cano mostrou a ela que era capaz de fazer isso quando estavam na biblioteca.

Mas neste momento, ela esqueceu o motivo de ele ter ficado com raiva naquela época e o evento também ficou turvo em sua mente. Ela tendia a esquecer coisas que a machucavam e agora o que aconteceu na biblioteca parecia uma lembrança distante para ela. Era assim que ela lidava com toda a sua dor e trauma.

“Fique aqui.” Vendo como Iris estava arrependida, Cano não disse mais nada e virou-se para sair, mas Iris de repente agarrou seu manto para impedi-lo.

“Na verdade…” Iris tropeçou com suas palavras, ela parecia tão assustada quando disse isso a ele, mas ela tinha que. “Na verdade, Hanna mostrou o lagarto a algumas amigas dela na alcateia…” sua voz foi ficando menor quando ela deixou ele saber disso. Ela olhava com medo para sua expressão gélida.

Por um momento, Cano ficou sem palavras. Ela se esqueceu completamente de sua advertência, mas ao ver o quanto a sua companheira estava com medo de contar a ele sobre isso, ele ficou ainda mais sem palavras.

Iris estava esperando pela resposta de Cano ao que ela disse, mas o alfa apenas olhou para ela antes de levantar a mão. Ela estremeceu ao ver o movimento pelo canto dos olhos, pensando que ele a bateria por causa de como tinha sido estúpida em esquecer.

Cano viu a forma como ela se retraiu e seus olhos escureceram um pouco, mas tudo o que ele fez foi acariciar sua cabeça levemente e depois saiu.

Ele não disse nada como de costume e deixou Iris com mais perguntas sobre sua ação e o que estava em sua mente.

Por muito tempo, Iris permaneceu em seu lugar, olhando para a porta fechada. Ela tocou a cabeça. Ela se perguntava se haveria um dia em que Cano explicaria suas ações, ou mesmo teria uma comunicação adequada com ela?

E a imagem do jeito que Laluna olhou para Cano passou por sua mente, enquanto seu humor ficava ainda mais sombrio.