O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 23

23: A CHEGADA DO REI E DA RAINHA 23: A CHEGADA DO REI E DA RAINHA Aparentemente, havia uma coisa que Íris acabara de aprender; eles poderiam ganhar sopa quente e alguma carne se conseguissem encontrar uma pedra mágica preciosa.

Sopa quente e carne…

E agora, por causa da pedra mágica que Iris encontrou, Renald podia desfrutar do tratamento especial e ela só podia assistir de longe.

Íris só podia salivar sobre isso, fazia um tempo desde que ela tinha comido uma refeição quente. No passado, mesmo que fosse mal tratada, ela não precisava se preocupar com comida.

O sol se pôs e era hora de todos os escravos deixarem o local de mineração, mas havia alguns que ainda estavam trabalhando e a maioria dessas pessoas eram as que tinham cometido uma grande ofensa aos instrutores de escravos, ou eles simplesmente queriam fazer certas pessoas trabalharem mais sem motivo nenhum.

Considerando o que eles tinham feito no passado, não se incomodavam de trabalhá-los até a morte.

Depois de olhar para Renald por um tempo, Iris desviou os olhos e se virou, mas antes que Iris pudesse sair, uma menininha correu em sua direção e a abraçou por trás, o que a fez saltar de surpresa. Ela imediatamente se virou novamente para ver quem a havia abraçado.

“Ania!” Stone correu imediatamente em direção à sua filha, que estava abraçando a perna de Íris, sorrindo para ela.

Enquanto isso, após sua surpresa inicial, Íris sorriu alegremente para a garotinha e acariciou sua cabeça. É claro, ela a reconheceu.

Ainda assim, Stone se aproximou delas e afastou a mão dela rudemente, fazendo Iris retrair de dor. Imediatamente, ele levantou sua filha.

“Não toque em minha filha!” Ele rosnou em voz baixa para Íris. Fez questão que ela o olhasse para que pudesse entender o que ele estava dizendo.

Stone olhou para a menina, ela era tão pequena e magra, também pálida e não saudável. Ele ainda estava em negação sobre o fato de que ela tinha tentado proteger sua menininha.

Seu ódio por todos esses anos era profundo demais para ser apagado por apenas um incidente. Ele ainda estava de guarda, embora não houvesse nada que uma rejeitada como ela pudesse fazer a ele.

“Eu não fiz nada.” Iris acariciou a mão. Ela estava ferida.

Mas, Stone simplesmente levou a menina embora, enquanto lhe dizia que ela não podia se aproximar de Iris ou estar perto dela.

Sua mão doía, mas também seu coração. Iris pensou que não seria afetada por isso, mas parecia que ela não conseguia se anestesiar completamente.

Ela sentiu que, não importava qual matilha ganhasse a guerra, seria sempre ela contra o mundo. Nem a matilha do Lobo Uivante nem a matilha da Lua Azul eram sua casa.

Eles a odiavam sem motivo algum.

Iris cerrava os dentes e se afastava do local de mineração, sua figura recuada parecendo tão solitária e derrotada.

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Hoje à noite, como muitas outras noites, o pesadelo assombrou Cane novamente. Ele se tornou inquieto no momento em que caiu em um sono profundo, seus demônios começaram a brincar em sua mente, lembrando-o do horror quando ele viu sua companheira ser morta bem diante de seus olhos.

Ele uivou de dor e raiva ao ver sua doce Leana cair no chão, banhada com seu próprio sangue. Ela estava pesadamente grávida naquela época e não podia se transformar em sua loba para se proteger ou então, ela perderia o bebê deles.

Mas então, não foi apenas o bebê deles que ela perdeu, mas também a própria vida.

Foi dever e responsabilidade de Cane proteger sua companheira e seu filho por nascer, mas ele não conseguiu, nem mesmo proteger seu próprio povo.

Ele não conseguiu proteger ninguém.

Leane gritou dolorida quando uma adaga de prata perfurou seu pescoço e Gerald ficou ali, assistindo-a contorcer-se de dor, sorrindo com o rugido raivoso e ensurdecedor que a besta negra soltou, ao testemunhar sua amada morrer lentamente.

A dor o imobilizou quando sentiu a vida dela escapar deste mundo.

Sua bela vida estava desaparecendo com cada gota de sangue que escorria de sua ferida e seu filho morreu quando Gerald o cortou da barriga de Leana.

A cena continuava a se repassar implacavelmente diante de seus olhos, não lhe mostrando misericórdia para ter um descanso mesmo por uma noite.

E quando Cane finalmente acordou, ele estava suado. Ele respirava pesadamente, enquanto seu coração acelerava em seu peito.

Até depois de uma década ter passado, toda vez que ele fechava os olhos, esses demônios do passado nunca cessavam de vir. Sempre parecia que tinha acontecido ontem. A queda da matilha do Lobo Uivante.

Cane esfregou o rosto rudemente e então saiu da cama. A vida era um pesadelo e ele não ousava desejar nem sequer um piscar de olhos tranquilo.

Provavelmente porque este quarto era inicialmente o quarto do Gerald, o lugar onde ele cometera a maior parte de seus crimes e fizera suas sujeiras, ele não conseguia escapar das garras dos pesadelos.

Ele precisava acelerar a mudança deles para a casa da matilha do Lobo Uivante, se esse era o problema.

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Aria se vestia lindamente, sabendo que hoje seria o dia em que o rei chegaria. Para alguém de baixa patente como ela, a chance de estar na mesma sala que o rei era quase nula, especialmente quando o rei nunca participou de nenhuma festa que Gerald ou Mason organizavam.

“Qual delas você acha que combina melhor comigo?” Aria perguntou, levantou dois conjuntos diferentes de brincos e perguntou a Bian e Dália.

“As azuis, eu acho que as azuis combinarão melhor com você,” Dália disse.

“Mas, os pretos são da mesma cor do nosso brasão.” Bian apontou. O brasão da matilha do Lobo Uivante era um lobo preto e isso foi suficiente para Aria escolher os pretos, já que ela estava quase desesperada para mostrar que era uma figura importante nesta matilha.

“Eu vou ficar com este.” Aria se olhou no espelho e sorriu alegremente, a cor de seu vestido destacava sua pele beijada pelo sol. Ela parecia excepcionalmente bonita hoje e quando ela foi para a câmara do alfa, ela queria que ele a elogiasse.

Mas ela esqueceu que Cane não era um homem que diria algo assim.

“Estou muito nervosa para conhecer o rei,” disse Aria alegremente, enquanto caminhava ao lado de Cane, quando a carruagem real foi vista entrando no território da matilha da Lua Azul.

Cane a olhou indiferente. “Aja naturalmente.”

“A rainha também estará aqui?”

“Sim.”

“Eu vou caminhar com a rainha, enquanto você conversa com o rei.”

“Certo, se é isso que ela quer.” Não havia respeito nenhum quando ele falava sobre o rei e a rainha, mas Cane teve que segurar a língua na presença dos dois reais.

Aria sorriu alegremente, ela nunca imaginou que estaria na presença da família real.

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“O rei e a rainha vieram visitar hoje.” Hanna observava a agitação de longe. Ela parecia animada.

Nesse meio tempo, a segurança era reforçada em torno da matilha, enquanto eles iam e voltavam para verificar a situação ali, para ter certeza de que tudo estava bem, já que eles não queriam ter nenhum incidente. Este era um momento crítico para eles terem uma visita real.

Íris observava a multidão e não dizia nada.

“Se você quiser ver os reais, vá e veja-os, posso caminhar até a mina sozinha,” ela disse gentilmente.

Ela sentiu que sabia como encontrar aquelas pedras mágicas e estava tão impaciente para provar que sua teoria estava correta. Mais ainda, a sopa quente e o fatia de carne a motivaram o suficiente para cavar.

“Esta é a primeira vez que vejo o rei e a rainha,” disse Hanna animada.

Até onde Iris se lembra, o rei visitou a matilha duas vezes antes e a última vez foi há cerca de onze anos, apenas alguns meses antes de seu pai decidir arrasar a matilha vizinha e escravizá-los.

Mas, a visita do rei da última vez foi um segredo, Íris só soube porque costumava sair às escondidas e passear pela casa da matilha à noite, já que encontraria menos pessoas.

“Você pode ir se quiser vê-los.”

“Não, eu vou primeiro contigo até as minas.” Hanna balançou a cabeça, mas Iris podia ver em seus olhos que ela realmente queria ver a família real. Afinal, não era uma ocasião comum para eles virem a uma matilha. Na maioria das vezes, seria o alfa que seria convocado ao palácio.

“Vá e veja-os, eles não ficarão aqui por muito tempo, eu acho.” Iris observava de longe que as pessoas se vestiam tão bem. Eles queriam ficar bonitos diante dos reais e embora a matilha da Lua Azul tivesse caído, não houve muitas mudanças com os membros da matilha, eles viviam suas vidas como de costume. Hanna lhe disse isso.

Pelo menos, Cane não era como seu pai, mesmo depois de tudo que passou nas mãos do alfa Gerald.

“Vamos, vai. Você pode voltar mais tarde.” Iris continuou insistindo e Hanna finalmente cedeu.

“Te vejo à noite, ok?” Hanna finalmente cedeu.

“Ok,” Iris riu ao ver como os olhos de Hanna se iluminavam enquanto ela sacudia o vestido para ir até as pessoas, que se agrupavam ao longo da estrada.

Uma vez que Hanna se foi, Iris apressou seu passo em direção às minas, ela passou por todos os movimentos rapidamente e mudou de vestido antes de ir para o local.

Provavelmente, ela era a única que estava tão animada para ir para as minas hoje.

Quando ela chegou lá, ela sentiu de novo. A mesma sensação inquieta e estranha que ela não conseguia descrever. E desta vez, ela seguiu seu instinto e começou a cavar imediatamente.