O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 216

216: SEGURANDO-A PERTO DELE 216: SEGURANDO-A PERTO DELE “Devo acordá-la?” Hanna parecia saber por que Cano veio até aqui. Ela também ouviu falar do banquete que estava sendo realizado em homenagem ao alfa e à luna deles.

“Você pode ir,” disse Cano simplesmente, enquanto ele ficava parado.

Hanna estava prestes a dizer que teria Iris pronta em alguns minutos se Cano pudesse esperar, mas engoliu em seco e assentiu respeitosamente ao alfa enquanto saía do quarto, deixando os dois a sós.

Quando Cano ouviu o som da porta fechando suavemente, caminhou até a cama e olhou para o rosto adormecido de Iris. Ela parecia muito cansada após uma longa jornada. Ela fora tão forte durante a árdua jornada até a cidade capital. Nem uma única reclamação escapou de seus lábios, apesar do clima extremo.

Esta deve ser a hora em que ela pode dormir confortavelmente na cama, não dentro da carruagem sacolejante após semanas.

Cano sacudiu levemente o ombro dela para acordá-la, pois o jantar estava sendo realizado em homenagem a ambos, era uma cortesia básica que Iris comparecesse, mas vendo como sua companheira estava em sono profundo, Cano parecia relutante em se esforçar para acordá-la.

Ele sacudiu o ombro dela levemente pela segunda vez antes de acariciar seu cabelo cacheado e macio e depois sair.

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“O que você fez comigo?” A voz de Aria estava muito rouca quando ela falou pela primeira vez em dias. Ela soava como alguém que acabou de comer areia. Sua garganta estava ardendo e seus olhos estavam fixos na palma sangrante de Dexter.

Ela estava repugnada consigo mesma por desejar o sangue dele. Levou tudo de si para impedir-se de beber seu sangue para saciar sua sede.

Aria não sabia quanto tempo estava assim ou quantos dias ou semanas haviam se passado desde que estivera com esse feiticeiro, mas sua última lembrança das forcas começou a desaparecer de sua mente, como se fosse algo que aconteceu anos atrás, ainda que, ao mesmo tempo, as emoções daquele dia ainda estivessem tão vivas. Ela podia sentir a dor de ser estrangulada quando não conseguia respirar, enquanto a corda apertava seu pescoço.

Ela ainda podia sentir a decepção e a miséria que sentiu naquele dia por não conseguir vê-lo pela última vez. Ele nem mesmo concedeu a ela o desejo de vê-lo em seus últimos momentos, mas ela ainda ansiava por ele.

“Não se machuque e venha até aqui,” Dexter disse suavemente, ele tratou-a com bondade, se é que se pode dizer. Mas havia muitas coisas na mente e no coração de Aria para perceber isso.

O sangue do feiticeiro gotejava no lençol branco porque Aria se recusava a bebê-lo. Ela olhava para ele com desprezo nos olhos, mas seus olhos voltavam ao sangue a cada segundo. Ela estava à beira da rendição e de aceitar sua oferta, mas então, ela sempre foi uma mulher teimosa desde o início.

Em um canto desta cabana, Letto se enrolou enquanto observava toda a troca. Ele tentou não chamar muita atenção para si mesmo enquanto observava silenciosamente.

“Explique-me!” Aria rugiu, machucando a garganta, mas isso não importava. Seu corpo todo tremia, e ela lutava contra o impulso de desistir. “Por que ainda estou viva?!”

“Eu vou te explicar mais tarde quando você estiver melhor.” Essa foi a única resposta que Dexter deu à pergunta dela.

“Eu quero a explicação agora!” Aria berrou, mas Dexter simplesmente encostou a palma da mão nos lábios dela para que ela pudesse provar seu sangue e isso foi suficiente para fazê-la ceder e começar a sugar seu sangue vorazmente.

O aspecto disso era tão doloroso e horrendo, Letto contorceu-se e encolheu-se quando ouviu o som de Aria sugando o sangue, mas tudo o que Dexter fez foi acariciar suas costas e murmurar gentilmente para ela.

“Devagar,” ele disse.

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Nada de relevante aconteceu durante o jantar porque Cano não falava muito. Ele estava sentado sozinho, o único líder sem a companheira ao seu lado, enquanto os outros tinham suas companheiras ou amantes acompanhando-os.

“Ela está doente.”

Essa foi a única resposta que Cano deu a eles sempre que perguntavam sobre Iris. Vendo isso, o rei ordenou que a filha de seu guarda real chefe ficasse com o alfa.

Contudo, Cano estava frio e insensível, o que assustou a pobre menina. Ela tentou se aproximar e agradá-lo como o rei e o pai dela queriam, mas um olhar mortal dele foi o suficiente para amedrontá-la.

Cano parecia estar de mau humor e não ficou mais tempo do que o necessário. O rei o convidou para conversar sobre os problemas recentes no tribunal da manhã e, depois disso, ele partiu. Sua desculpa foi válida porque havia estado em uma árdua jornada por semanas, então ele precisava descansar.

O rei não o deteve, mas olhou para suas costas por um pouco mais de tempo antes de falar algo com seu conselheiro em voz baixa.

Por outro lado, Cano foi direto para o quarto. Sua cabeça parecia pesada e, se não fosse necessário, teria pulado o jantar completamente.

Ele havia se certificado de que Ethan se comportasse bem em seu quarto, embora fizesse alarde de que não gostava do fato de estar trancado e isso o deixava ansioso e inquieto, Cano conseguiu acalmá-lo a respeito e o Gama relutantemente obedeceu.

Uma vez dentro do quarto, Cano tirou seu manto e trocou de roupa. Ele lançou um olhar para Iris, que ainda dormia profundamente e depois se juntou a ela na cama.

Ele não sabia do que Iris estava falando quando mencionou o sussurro escuro, mas agora ele só queria fechar os olhos e parar de pensar em qualquer coisa ou tudo, enquanto a segurava perto dele.