O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 208

208: CIDADE CAPITAL 208: CIDADE CAPITAL “Mestre, até quando vai alimentá-la com seu sangue?” Letto perguntou cautelosamente, ao ver que a mão de seu mestre estava sangrando novamente.

Se não fossem ervas, ele daria seu sangue à mulher, até que os olhos dela ficassem vermelhos e suas bochechas um pouco mais rosadas.

Dexter apenas olhou para o garoto, mas não respondeu sua pergunta. Até quando alimentaria Aria com seu próprio sangue? Claro, pelo tempo que fosse necessário.

Letto olhou para a mulher na cama. Desde que a trouxeram da montanha, ela não fez nada além de deitar-se na cama. Ela não falou nada e apenas encarou a parede. Letto não tinha certeza se ela sabia onde estava ou o que tinha acontecido com ela antes disso.

“Mestre, os rumores sobre o usuário de magia negra se espalharam neste bando, o que devemos fazer agora?” Letto perguntou preocupado.

Ele seguia Dexter desde que tinha apenas cinco anos, então sabia tudo sobre sua magia negra, mas não tinha certeza sobre a relação entre o feiticeiro e Alfa Gill, o Alfa do Bando do Rio.

“Não precisamos fazer nada”, respondeu Dexter, ao sair de sua cabana cambaleante. Letto seguiu de perto atrás dele com um manto para ele.

A noite estava fria, mas não nevava.

“Por quê? E se as pessoas souberem sobre seu poder? E se vierem até aqui e exigirem que você seja executado?” Letto temia que alguma coisa acontecesse e, conhecendo o sentimento das pessoas em relação à magia negra, eles fariam de tudo para se livrar de Dexter.

“Os rumores não mencionaram nada sobre mim”, declarou Dexter.

“É verdade… mas…” Letto quis retrucar, mas Dexter já acenou com a mão, indicando para ele entrar na cabana porque alguém estava chegando.

O garoto obedeceu e ficou dentro da cabana, espiando pela janela para ver que era realmente Alfa Gill. Ele veio pessoalmente visitar o feiticeiro no meio da noite. Pela aparência, os dois estavam discutindo, mas Dexter conseguiu o que queria, deixando o Alfa irritado.

O encontro não durou muito, porque depois disso, Alfa Gill se transformou em seu lobo cinza escuro e deixou a cabana.

Mas mesmo assim, Dexter ficou em sua posição por horas, olhando para o céu sombrio.

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No vigésimo segundo dia, Cane e os outros finalmente chegaram à cidade capital. Foi Vemion, o quarto príncipe da terceira concubina, quem os cumprimentou nos portões e os recebeu, em vez da família real.

Ele era um príncipe nascido da terceira concubina do Rei, que era da Alcateia Garra Vermelha. Seu pai era o Beta do bando e este casamento era para fortalecer as relações entre a alcateia mais rica deste continente e a família real.

Claro, mesmo que ele não fosse o Príncipe Herdeiro, nem o príncipe mais favorecido, ele detinha uma quantidade considerável de poder na corte por causa da influência de seu avô materno.

Era um jovem, cerca de vinte e sete anos, com cabelos castanhos e olhos brilhantes. Ele parecia inofensivo, mas não se deve baixar a guarda só porque ele sorria de forma brilhante e calorosa.

“Alfa Cane, faz muito tempo que não o vejo”, disse Vemion alegremente, ao sorrir quando Cane se curvou levemente para ele. Em termos de classificação, Cane deveria estar no mesmo nível que ele, mas como sua mãe desistiu de seu título de princesa para escapar da sangrenta luta pelo poder e ficar com seu companheiro, Cane não conferiu o título de príncipe, embora seu nome fizesse parte da família real.

“Faz muito tempo”, respondeu Cane, que entrou no jogo.

Falando a verdade, os dois nunca se encontraram antes, então estava muito claro que a saudação era apenas para mostrar e Cane não era tão mesquinho a ponto de pegar no pé por esse fato.

Cane então foi até a carruagem para ajudar Iris a descer. Esta poderia ser a primeira interação entre eles após uma longa jornada.

O Alfa segurou a mão de Iris e a levou para cumprimentar o Príncipe.

“É uma honra conhecê-lo, Príncipe Vemion”, disse Iris suavemente, enquanto se curvava perfeitamente para cumprimentá-lo. Ela estava radiante em seu vestido roxo escuro que Hanna escolheu para ela. Era da mesma cor do manto que Cane usava. Era a cor da família real.

“A honra é minha, Luna Iris”, respondeu Vemion respeitosamente. Ele ouviu falar da peculiar cor do cabelo de Iris e de seus olhos azuis, mas só depois de vê-la pessoalmente, entendeu o porquê do alarde. Ela parecia excepcional e linda, especialmente quando a luz brilhante do sol caía em seus cabelos castanho-avermelhados e cacheados.

Atrás de Vemion, estava sua companheira grávida, uma jovem na casa dos vinte e poucos anos. Ela ficou ao lado da carruagem. Só quando Iris e Cane foram mudar de carruagem, ela se aproximou e os cumprimentou.

Vemion colocou a mão nas costas de Laluna, ela era sua companheira destinada, também da Alcateia Garra Vermelha.

“Desculpe por não cumprimentá-los antes,” disse Laluna suavemente, colocando a mão em sua barriga protuberante.

“Não precisa se preocupar, Princesa Laluna”, respondeu Iris. Ela sabia algumas palavras de cortesia para esse tipo de troca, porque geralmente seriam as mulheres que tornariam a situação menos constrangedora, encobrindo a rigidez entre os homens. “Quantos meses você está?”

“Sete meses”, respondeu Laluna, com os olhos brilhando de empolgação.

Sete meses…
Os olhos de Cane encapotaram ao olhar para o ventre de Laluna, seus olhos demoraram um pouco mais nessa parte do corpo dela. Leane estava grávida de oito meses quando foi morta e Gerald arrancou o filho dela do ventre.