O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 190
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190: UM ABRAÇO APERTADO 190: UM ABRAÇO APERTADO “Você matou três crianças, colocou a vida do Alfa em perigo e usou magia negra.” Ethan listou suas ofensas. “Um crime por si só pode te levar ao corredor da morte, mas você não parou em apenas um. Devemos te matar três vezes?”
“Não me importo quantas vezes você vai me matar. Já morri inúmeras vezes antes, não importa se terei que morrer novamente desta vez.” As lágrimas de Aria escorriam silenciosamente pelo rosto.
Eles a mataram quando a desonraram, eles a mataram quando a torturaram, humilharam e riram de sua miséria, deixando-a sem nada, nem mesmo dignidade. A única coisa que ela tinha e desejava nesta vida miserável era Cane. Ela só o queria.
Mas, ela não conseguiu tê-lo.
Toda vez que via Cane com Iris, sentia o ciúme matá-la, enquanto o ódio dominava sua mente. Por que era Iris? A filha de Gerald? Ela não aguentava a vista.
Foi ela quem passou por toda a tortura e espancamentos por Cane.
Ela foi quem ficou ao lado dele durante seus momentos mais sombrios e difíceis.
Ela foi a única que estava lá para tirar a dor dele e tranquilizá-lo de que estava tudo bem machucá-la, se isso significava aliviar um pouco de sua dor.
Ela não hesitaria em dar sua alma e vida se pudesse ajudá-lo, mas por que era a filha do tirano que teve a chance de estar com ele?
Como isso poderia ser justo para ela? Como ela podia ficar de lado e assistir Iris se tornar a Luna da matilha? A mesma matilha que seu pai havia destruído?
“Eu quero vê-lo.” Foi um pedido, ela estava implorando ao Gama agora. Mesmo que ela tivesse que morrer, ela queria vê-lo. “Por favor.”
“Não seja teimosa, Aria. Me diga o que você sabe sobre esse feiticeiro.” A única informação que Ethan obteve de Dália e Bian foi; o feiticeiro era do Bando do Rio.
Ele deixou isso de lado porque a situação estava muito caótica naquele momento e achou que voltaria para perguntar a elas mais tarde.
Entretanto, ele não teve a chance.
“Eu quero vê-lo”, ela continuava dizendo a mesma coisa. Ela baixou a cabeça enquanto brincava com os dedos.
Ali estava ela, de volta à masmorra quando pensou que nunca mais colocaria os pés naquele lugar. Ali estava ela, no lugar mais baixo, por causa de sua estupidez e de quão cego era seu amor por ele.
“Eu realmente quero vê-lo…” Os lábios de Aria tremeram. Ela realmente sentia falta dele. “Eu nunca quis machucá-lo.”
Aria não conseguia superar seu passado, ela não conseguia ignorá-lo. Não importava o que Iris havia feito, ela não conseguia vê-la como ela mesma, ela sempre seria filha de Gerald. Ela sempre estaria presa no passado…
Ethan massageou a testa. Ele não conseguia conversar com Aria quando ela estava muito emocionada. Ele conseguia entender até certo ponto, embora discordasse da maneira como ela via as coisas. Seu impulso implicava muitas pessoas e criava problemas maiores que queriam evitar a todo custo.
No final, ele se levantou e a deixou sozinha na cela.
Por tudo o que ela havia feito, ainda o machucava tê-la trancada dentro desta cela, por isso ele apenas fechou a porta e a deixou destrancada, afinal, havia guardas lá fora, ela não seria capaz de escapar.
Até hoje, Ethan entraria em pânico se fosse trancado dentro de uma sala. Isso lhe dava uma sensação terrível e este era o único gesto gentil que podia fazer por ela.
Ele saiu do quarto e viu Jace esperando por ele.
“Conseguiu algo?” Jace perguntou enquanto ambos saiam da masmorra. O céu escureceu enquanto a noite caía e o vento frio agitava seus mantos.
“Não”, respondeu Ethan secamente.
“Hm.” Jace assentiu. Não foi uma surpresa porque Cane esperava isso.
“Cane ainda não quer vê-la?”
“Não.”
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Sonhando com as cinco espadas e um salão vazio novamente, Iris acordou abruptamente ao tocar uma das espadas e perceber que estava num quarto desconhecido.
Ela piscou os olhos e olhou ao redor, tinha certeza de que este não era o quarto dela nem o quarto de Cane.
Iris inclinou a cabeça e viu Cane pousado no parapeito da janela. Ele apenas a encarou com seus olhos profundos e insondáveis por um momento, antes de ir à mesa e despejar um copo de água morna para ela.
Ele não disse nada quando a ajudou a beber a água depois de empilhar mais travesseiros atrás das costas dela, para que ela não engasgasse.
Iris aceitou o copo, mas ele a ajudou a segurá-lo com firmeza. Sua palma sobre a dela estava tão fria.
“Como você está se sentindo?” Iris perguntou depois de beber toda a água e colocar o copo vazio.
Cane pegou o copo e despejou mais água para ela, mas não respondeu à pergunta dela. Desta vez, Iris não bebeu a água e apenas encarou-o antes de repetir a questão.
“Aria será enforcada amanhã.”
Iris ficou surpresa ao ouvir tal notícia, especialmente quando se tratava disso. Deve ter havido muita coisa acontecendo durante o tempo em que ela estava inconsciente.
Ela não gostava da amante porque a odiava tanto que estava disposta a machucá-la de todas as formas possíveis, mas saber que ela encontraria seu destino amanhã não lhe causava alegria.
Porém, apesar de todas as perguntas que queria fazer a Cane, ela sabia que ele não precisava dessas indagações.
Então Iris colocou o copo de lado e abraçou Cane. Ela o envolveu em um abraço apertado sem dizer nada, o que o pegou de surpresa.
Cane não esperava isso dela, mas não a empurrou para longe também.