O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 180

180: EU NÃO QUERO QUE ELE MORRA 180: EU NÃO QUERO QUE ELE MORRA A expressão de Ethan parecia muito assustadora naquele momento. Seu jeito bobo não estava em lugar algum. Ele parecia uma fera prestes a destroçar seu inimigo. Todo o seu corpo irradiava uma aura perigosa, enquanto encarava Bian e Dália.

“Repita o que você disse agora!” Ethan gritou, seus olhos castanhos pareciam ameaçadores quando olhava furioso para elas.

“A-a amante foi até a Bando do Rio… para procurar o feiticeiro, ela quer que ele revogue a magia negra…” Dália gaguejou. Ela tropeçou em suas palavras, mas não conseguia se forçar a falar mais e lançou um olhar para Bian ao seu lado.

Ambas se ajoelhavam diante do gama, tremendo de medo.

Enquanto isso, Ethan estava tendo dificuldades em controlar sua raiva. Havia sido seu problema por muito tempo. Ele poderia mudar cento e oitenta graus quando se sentia provocado.

E agora, estas duas mulheres acabaram de dizer a ele que foi Aria quem fez tudo isso. Ela criou essa enorme confusão que resultou na morte de uma criança inocente e colocou a vida do Alfa em perigo também!

“Isso é traição!” Ethan latiu para elas, o que as fez bater a cabeça no chão, implorando por perdão.

“Tenha piedade, Gama Ethan!”

“Por favor, tenha piedade de nós!”

Piedade? Elas acabaram de dizer a ele como instigaram sua amante a buscar ajuda de um usuário de magia negra para causar uma rachadura entre Cane e Iris, algo que agora estava completamente fora de controle!

“Ela amaldiçoou o Alfa! E as duas não vão sair ilesas!” Aria deveria ser responsabilizada pelo que havia feito, mas estas duas eram as instigadoras. Sem suas ideias malditas mexendo com suas emoções, Aria não teria feito isso!

Magia negra!

Essa não foi a primeira vez que Cane tocou nisso! O que aconteceria com ele agora!? Aria poderia matá-lo sem saber ou piorar ainda mais as coisas para Cane! Aquela mulher estúpida!

“Guardas!” Ethan rugiu com raiva e dois guardas entraram apressadamente na sala. Eles pareciam temerosos, porque não estavam acostumados a ver o gama perdendo a paciência assim. Ethan costumava beber e fazer brincadeiras com eles, então, ao vê-lo tão sério e sem humor, sentiram que não o conheciam. “Levem-nas para a masmorra!”

Elas gritaram alto, enquanto eram arrastadas para fora da sala. Elas estavam no quarto de Aria, onde Ethan interrogou as duas sobre o desaparecimento da amante. Não havia como elas não saberem onde ela estava e Ethan podia sentir que algo estava errado com toda a situação, especialmente ao ver como elas agiam com desdém.

“Gama Ethan! Por favor, tenha piedade!”

“Não! Não a masmorra! Não a masmorra!”

Era cruel colocá-las de volta na masmorra depois do que passaram, mas o que tinham feito era imperdoável! O Alfa poderia morrer apenas por causa de uma decisão tão impulsiva!

Não sabiam que Cane já havia tocado a magia negra uma vez e como isso quase lhe custou a vida, mas agora fizeram isso com ele. Ethan não conseguia imaginar o que aconteceria com Cane agora.

Depois que os guardas arrastaram Dalia e Bian para fora da sala e as trancaram na masmorra, Ethan foi procurar Jace, para informá-lo sobre isso, já que apenas ele e Amee sabiam sobre a situação de Cane.

Porém, antes que pudesse encontrá-lo, ouviu a confusão e seu coração quase parou de bater ao ver o licantropo lutando contra quatro guardas com Iris em seus braços, enquanto tentava fugir em direção à montanha. De longe, Ethan podia ver Jace e Will perseguindo-o em sua forma de fera.

Contudo, eles não eram páreos para a fera amaldiçoada, que se desvencilhou facilmente deles e dirigiu-se à montanha Goffa.

Ethan sabia que a situação havia se agravado bastante.

Sem pensar duas vezes, Ethan se transformou em sua fera e perseguiu o lycan junto com os outros. A única coisa em sua mente era: eles sabem que era Cane?

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Já era quase meio-dia quando Aria chegou ao Bando do Rio. Ela correu imediatamente em direção à cabana do feiticeiro e bateu na porta com força, chutando e batendo sem qualquer reserva porque estava com medo de que chegasse tarde demais para salvar Cane.

Felizmente, ela era habilidosa o suficiente com cavalos, então ela não precisou esperar até que preparassem uma carruagem para ela ou temer que alertaria as outras pessoas na alcateia porque saiu no meio da noite.

Ela não parou até que a porta se abriu e um homem na faixa dos trinta e poucos anos apareceu, ele parecia arrumado e limpo.

“Você está tentando derrubar minha porta?” Ele perguntou languidamente, parecendo divertido com a raiva da mulher diante dele.

Porém, Aria não estava disposta a aceitar isso, já que o empurrou para dentro da cabana. Ela o empurrou para o lado e começou a desabafar com ele.

“Uma das crianças morreu!” Ela ruge. “O que você fez com eles!? Você disse que era inofensivo! Você disse que ninguém morreria!” Aria estava sem fôlego, seu medo a deixava sem respiração.

Ela não queria fazer mal a Cane. Ela não queria feri-lo! Mas, se a criança morresse, o mesmo poderia acontecer com Cane também!

“Acabe com isso! Eu não quero! Acabe com isso!” Aria bateu no peito do feiticeiro, chorando copiosamente.

Enquanto isso, o feiticeiro deixava que ela o batesse como quisesse, sem sequer tentar impedi-la, porque isso poderia ajudar Aria a se acalmar.

Demorou mais de meia hora para Aria parar antes de cair ao chão, seu rosto estava tão vermelho por causa das lágrimas e seus cabelos estavam bagunçados.

“Posso falar agora?” O feiticeiro perguntou a ela suavemente, estendendo a mão para enxugar suas lágrimas e acariciar suas bochechas.

“Acabe com isso, eu não quero que ele morra”, soluçou Aria.