O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 147

147: O ALFA GANANCIOSO 147: O ALFA GANANCIOSO De jeito nenhum… esse urso nem parecia assustador ou perigoso. Como uma criatura que tinha dificuldade de mover o próprio traseiro poderia colocá-la em perigo?

Cano nem se mexeu quando o urso arrastou sua grande barriga em direção a Íris e farejou o embrulho que ela tinha nos braços. Este urso sabia que o embrulho estava cheio de pedras mágicas de água e queria um pouco.

E quando Íris não se mexeu, ele começou a choramingar de forma lamentável, tentando ganhar sua simpatia enquanto fazia bico e parecia mimado.

“Você quer isso?” Íris tirou uma das pedras mágicas de água e o urso rolou no chão feliz. “Ele é realmente um urso? Por que age como um cachorro?” Ela murmurou para si mesma.

O urso babou em sua mão e mordeu a pedra mágica de água, como uma criança que ganhou um doce.

Íris riu suavemente, mas ao ver a baba do urso em sua mão, fez uma careta. Agh… ela usou a capa de Cano, que agora era o embrulho improvisado em seus braços, para limpar, enquanto o urso parecia desfrutar a recompensa.

“Existe uma criatura que come pedras mágicas?” Íris olhou para Cano confusa, mas o alfa também não parecia ter ideia disso.

“Vamos embora. Achamos isso.” Cano se afastou.

Na verdade, seria correto dizer que foi este urso que os encontrou…

Íris seguiu Cano, assim como o urso branco. Ele rolou preguiçosamente e mexeu sua bunda gorda para segui-la, pedindo mais guloseimas.

“Que extravagância desse bicho em lanchar uma pedra mágica?”, Íris balbuciou. Onde o rico comerciante conseguiu um animal de estimação assim?

Mas justamente quando Íris estava intrigada com esse estranho urso, o pequeno lagarto em sua bolsinha enfiou a cabeça para fora curiosamente.

Não só isso, ele pulou da bolsinha e pousou no focinho do urso e o que aconteceu depois foi algo que Íris não esperava de jeito nenhum.

Tudo aconteceu tão rápido, ela nem teve tempo de reagir.

O pequeno lagarto pousou no focinho do urso, mas então o urso o pegou rapidamente. Este era um movimento rápido, especialmente depois de ela ter testemunhado como essa grande bola de pelo era preguiçosa, e depois o engoliu.

“Arggh!” Íris gritou em pânico, o que fez Cano se virar na mesma hora, pensando que o urso tinha mordido ela ou algo assim.

Mas o que ele viu foi ; Íris apontando seu dedo para o urso, enquanto a criatura parecia inofensiva com sua expressão tola, mastigando algo.

“O que houve?” Cano estava confuso, nada fora do comum aconteceu ali. Ela não estava nem machucada, nem ferida.

“Essa bola de pelo comeu meu lagarto!” Íris gritou em pânico. Ela estava à beira das lágrimas. Se Lou considerava aquele urso seu animal de estimação, Íris também considerava o lagarto o dela.

Na verdade, não era um lagarto, mas uma salamandra de fogo, mas aos olhos dela, eles pareciam iguais.

Ao ouvir isso, Cano não sabia o que fazer. O que ele deveria fazer? Ele estava curioso sobre o lagarto, mas não se importaria se tivesse que perdê-lo. Quanto àquele tolo urso, ele não achava que conseguiria fazê-lo cuspir o lagarto, mas então Íris estava puxando a sua manga, instigando-o a fazer algo para salvar seu pequeno animal de estimação.

Felizmente, apenas alguns segundos depois, o urso cuspiu o lagarto por conta própria, enquanto a pequena criatura caía na terra, uma mecha de fumaça saindo da boca dela. Parece que essa criaturinha tentou queimar a boca do urso por dentro, o que fez com que cuspisse.

“Ah!” Íris imediatamente se agachou e limpou o pequeno lagarto, colocando-o com segurança em sua bolsinha. Depois disso, ela se aproximou do urso e estalou a língua com raiva. “Mau urso!”

Neste momento, Cano já se afastou, ele não queria perder mais tempo com aquelas criaturas tolas, pois precisava voltar à cidade de Arleen e deixar essa alcateia o mais rápido possível.

Se não fosse pela chance de pegar tantas pedras mágicas de água, ele nem teria vindo aqui.

“Abra a porta e chame seu mestre”, disse Cano secamente ao velho.

O velho ficou surpreso ao ver o urso branco, mas não era a primeira vez que o via, então aquele urso gordinho deveria ser o tal Lil Thing.

Ele abriu a porta e logo atrás estava Lou, que sorria alegremente ao ver o urso branco e imediatamente correu em direção a ele para abraçar seu animal de estimação.

“Lil Thing!”

Cano fez sinal para Íris ir com ele, porque ele não queria estar lá para testemunhar tal reencontro sentimental entre as duas criaturas estranhas.

Íris correu em direção a ele e saiu da caverna com seu embrulho, mas o urso reclamou, querendo segui-la.

Levou a Cano cerca de três a quatro horas para sair daquela caverna com Íris, então, quando ele voltou à sala de espera, Redmond e Will já estavam impacientes e estavam prestes a perguntar onde eles estavam.

“Pensei que nunca mais ia te ver de novo”, disse Redmond a Íris com exagero, o que a fez franzir os lábios. “O que é isso?” Ele apontou para o embrulho.

“Pedras mágicas de água”, respondeu Íris em voz baixa, mas não baixa o suficiente, pois Lou, que acabara de entrar na sala com o urso atrás de si, ouviu.

“Você pegou minhas pedras mágicas de água!” Lou gritou. “Como você conseguiu encontrar tantas pedras?!” Não é à toa que Lil Thing queria segui-la.

“Aquela é uma caverna abandonada, lembra? Você mesmo disse.”, Cano ficou na frente de Lou. “Agora, onde está o caule de Asturi?”

Baseado na regra deste continente, um lugar abandonado não tinha dono, então o que quer que você encontrasse lá, pertenceria a você. A mesma regra se aplicava aqui.

Lou ficou furioso, ele não acreditava no que ouvia. “Você acabou de roubar minhas pedras mágicas de água e quer o caule de Asturi também?! Não acha que você é muito ganancioso?!”