O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 131

131: PERDI A HORA 131: PERDI A HORA Iris não tinha certeza de como conseguira ficar viva com o corpo de Cano pesando sobre ela, mas estava agradecida por acordar e estar viva. Ela olhou ao redor, mas descobriu que estava sozinha.

Entretanto, pouco tempo depois, ela viu Cano saindo do banheiro, seu cabelo estava molhado, com gotas de água escorrendo por sua mandíbula bem definida até o pescoço e o ombro. Ele apenas havia enrolado uma toalha em volta dos quadris quando seus olhares se encontraram.

Por um breve segundo, eles se encararam, até que Cano resmungou. “Eu dormi demais!” Ele a encarou acusadoramente, o que a assustou, mas logo desviou o olhar e colocou sua camisa e calça.

Na verdade, não era que Cano estava com raiva dela por tê-lo colocado para dormir, mas provavelmente ele não sabia o que fazer a respeito, era tão bizarro para ele ter uma boa noite de sono, sem seus pesadelos atormentando-o.

Pela primeira vez, ele se sentiu… normal, se é que se podia colocar dessa forma…

Depois de vestir sua camisa e sentir que não havia movimento da parte de Iris, ele se virou e a encarou com o cenho franzido. “O que você está fazendo? Ainda não se mexeu?”

Iris estava com medo quando ele parecia tão bravo, então ela não fez nada caso ela o deixasse mais bravo com ela.

Mas, com aquele comentário, ela se lembrou que Cano havia dito que eles iriam visitar o chefe da guilda Rosante hoje.

Como esta organização era do continente Caram, seria bom se pudessem usar Kars durante a conversa, apenas por precaução.

Na noite passada, Will e Redmond saíram para descobrir mais informações sobre essa guilda e como entrar em contato com eles.

E pelo que eles relataram a ele nesta manhã, não foi difícil encontrar onde eles estavam, mas encontrar o chefe da guilda era outro problema completamente.

“Eu – eu vou lavar meu rosto,” Iris apressou-se em direção ao banheiro e, quando saiu, Cano já não estava lá, mas havia um café da manhã esperando por ela na mesa.

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“Eu avistei o Príncipe Herdeiro mais cedo. Ele chegou duas horas atrás com Sir Maleen, o conselheiro,” Will relatou isso a Cano enquanto esperava Iris descer.

“Você consegue descobrir o que eles estão procurando neste mercado negro?” Cano olhou para a rua pela janela ao seu lado. Ainda era estranho para ele ver como a situação aqui não era diferente da superfície.

Ele se perguntava quão vasto era esse subterrâneo. Será que era tão grande quanto o deserto de areia luminescente? Estariam eles sob aquele deserto?

“Vou tentar descobrir mais”, disse Will. “Mas, não sei se conseguirei encontrar algo.” Ele estava sendo honesto, já que era quase impossível se aproximar tanto deles sem ser percebido. Ainda mais quando não tinha conexões neste lugar.

“Hm.” Cano assentiu. Ele sabia que essa tarefa seria difícil de realizar e não pressionou mais Will.

O que Alan estava fazendo neste lugar e o que estava procurando, por ordem do rei, não era da sua conta. Ele não precisava se envolver nisso, mas não fazia mal coletar informações sobre a família real, já que ele precisava tomar precauções contra o que eles estavam tramando.

Não tinha como o rei deixar passar o fato de que ele não tinha mais controle sobre as minas.

Pensando até aqui, seu pai deve ter sentido que algo estava acontecendo antes do ataque da Matilha da Lua Azul, mas o tempo não estava a seu favor, pois tudo aconteceu muito rápido, fora do seu cálculo.

Ele soube de tudo isso quando voltou para a casa do bando e leu seu diário e todos os planos que havia preparado para o desastre, mas então foi traído, tornando seus planos inúteis.

Cano teve que aprender tudo isso e coletar todas as informações e todos os homens que seu pai havia colocado em vários lugares.

Por sorte, ninguém sabia onde estava o tesouro de sua matilha, exceto ele, então as informações importantes puderam ser salvas mesmo depois que a casa da matilha foi transformada em um bordel e muitas pessoas foram e vieram por aquele lugar.

Pouco tempo depois, Iris desceu, vestida com um simples vestido azul da mesma cor que seus olhos, enquanto seu cabelo castanho-avermelhado estava trançado atrás. Ela olhou ao redor e encontrou Cano quase imediatamente, enquanto caminhava em direção a ele.

Ela não era uma mulher devastadoramente bonita, ou alguém que faria você cair de cabeça ao primeiro olhar, mas havia algo nela que a tornava atraente ao longo do tempo.

A forma como ela se portava e como se movia com facilidade fazia-a parecer muito despreocupada. Ou como seus olhos brilhavam quando sua curiosidade era despertada e como ficava corada quando se sentia envergonhada, isso era algo que você só poderia conhecer quando chegasse mais perto dela.

“Desculpe por demorar tanto”, disse ela quando se aproximou de Cano e Will.

Cano imediatamente se levantou assim que ela desceu, conversou com Will e informou o que precisava fazer e disse-lhe para transmitir as tarefas a Ethan e Redmond também.

Depois disso, ele levou Iris para fora da estalagem.

No caminho, eles não disseram nada e havia esse entendimento tácito entre os dois; o que aconteceu entre eles na noite passada nunca aconteceu, assim como quando Iris passou pelo cio, eles nunca falaram sobre isso.

Finalmente, após cerca de vinte minutos de caminhada, eles chegaram a uma casa tão grande quanto a estalagem em que ficaram, o portão era alto e havia dois homens vigiando na frente.

De relance, Cano soube que eram metamorfos, provavelmente desonestos, já que os metamorfos geralmente não trabalham para um comerciante.

Porém, além deles, havia mais alguém que chegou ao mesmo tempo.