O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 123

123: ELE TEVE VONTADE DE TOCAR 123: ELE TEVE VONTADE DE TOCAR “Acorde! Alfa!” Will estava batendo na porta há um tempo, mas Cano nem se mexia do lado de dentro, o que o deixava ansioso, pois sabia que o alfa tinha sono leve, não tinha como ele estar dormindo com toda aquela confusão que ele criou. “Alfa! Se você não responder, vou derrubar a porta!”

Não era todo dia que se via Will tão agitado assim, mas, diante da situação atual, ele estava presumindo o pior.

No entanto, felizmente, antes que Will pudesse arrombar a porta com o ombro, ela foi aberta de dentro e ele entrou, quase se chocando com um dos pilares da cama. Ele piscou os olhos e olhou para Cano, que estava parado no batente da porta. Sua expressão era indecifrável.

“Alfa, estive batendo na porta por um tempo agora, mas você não respondeu, então pensei que algo tinha acontecido com você.”

“Eu estava dormindo”, disse Cano simplesmente.

Will não acreditou nisso, desde quando ele dormia até ignorar o que acontecia ao seu redor, mas então, pelo canto dos olhos, viu a cor vermelha. Iris ainda estava dormindo e só então ele entendeu. Ele esqueceu que na noite passada o alfa havia pedido a ele que chamasse Iris.

Mesmo assim, ainda não fazia sentido por que ele poderia ter dormido demais. “Você tem um compromisso para comprar a pedra mágica de água”, lembrou-lhe.

“Sim, eu me lembro”, disse Cano languidamente, enquanto acenava com a mão, indicando para Will sair.

Depois disso, Will não disse mais nada, embora achasse estranho que ele tivesse dormido demais. Sua insônia aguda não era segredo. Ele podia passar três dias e três noites acordado e mesmo que tentasse dormir depois disso, não duraria mais do que algumas horas.

Amee e Graça estavam tão preocupadas com isso e tentaram fazer alguns comprimidos para dormir para ele, infelizmente nada funcionou, mas ele dormiu demais nesta manhã? Era inconcebível.

No entanto, o mesmo pensamento assombrava a mente de Cano agora. Ele encarava Iris, que ainda dormia, enrolando seu corpo, enquanto o pequeno lagarto se aninhava em seu travesseiro.

O cheiro dela permaneceu neste quarto e isso aliviou sua dor de cabeça. Ele quase não sentia mais isso agora.

Cano passou alguns segundos olhando para ela e então se aproximou, ao abalar o ombro dela, mas ela afastou a mão dele e enrolou seu corpo ainda mais, até que seus joelhos tocassem sua testa.

“Acorde”, disse Cano, ao sacudir o ombro dela novamente.

Iris murmurou algo e afastou a mão dele de novo e desta vez, ela puxou o cobertor sobre sua cabeça para cobrir seu rosto. “Muito… claro.”

Cano franziu a testa, olhou para as cortinas e atravessou o quarto para abri-las, de modo que houvesse mais luz iluminando o quarto antes de se aproximar de Iris e impiedosamente puxar o cobertor que ela usava para proteger os olhos da luz.

“Ugh!” Iris resmungou lamentavelmente quando a luz quase cegou seus olhos. “Não, Hanna, eu quero dormir…”. Ela estendeu a mão para o cobertor, mas não o encontrou, então usou o travesseiro para cobrir seu rosto, o que fez o lagarto cair da cama.

Mas, Cano também tirou o travesseiro, forçando Iris a abrir os olhos.

“Hanna!” Iris estava sendo mal-humorada, sentindo seu corpo todo dolorido e precisando de mais sono. Sua bunda ainda estava dolorida, mas então ela despertou ao ver Cano.

Ela olhou em volta, como se procurasse Hanna, mas então se lembrou que Hanna não estava ali. Ela estava viajando com Cano e os outros.

“A- Alfa…” Iris gaguejou, como se sentisse sua aflição, o lagarto pulou em seu ombro. Iris esfregou o rosto e tentou arrumar seu cabelo. Ela sabia exatamente como ficava pela manhã com seus cachos fazendo sua cabeça parecer tão grande quanto a de um troll. Ela pareceria um leão com juba.

Por outro lado, Cano não fez nenhum comentário sobre sua aparência, mas falou languidamente. “Desça em quinze minutos.” Seus olhos fitaram seu cabelo castanho-avermelhado. A luz do sol brilhava intensamente, fazendo-a parecer que estava pegando fogo. Ele teve uma vontade repentina de passar os dedos pelos cachos dela, mas saiu do quarto em vez disso.

Quinze minutos?!

Iris imediatamente saiu da cama e correu para o quarto ao lado deste, lavou o rosto e tentou desembaraçar o cabelo. Ela não conseguiu pentear o cabelo, então só pôde trançá-lo e terminar o mais rápido possível.

Depois de terminar, ela colocou seu lagarto em uma pequena bolsinha. Ethan comprou isso para ela na noite passada, para que essa coisinha não chamasse atenção de ninguém. Junto com a pequena bolsinha, ele também lhe deu o livro que ela pediu a Redmond para comprar, já que não tinha dinheiro para isso.

O gama era muito legal e ela gostava dele.

Iris desceu as escadas e olhou ao redor do restaurante no primeiro andar procurando Cano. Não foi difícil encontrá-lo, ele estava sentado com Will e Ethan, enquanto Redmond não estava à vista.

Apesar de estar cercado por outras pessoas e de se vestir casualmente, ele ainda irradiava uma aura dominadora e indiferente.

Iris se aproximou deles e sentou-se ao lado de Ethan, que a cumprimentou com um sorriso brilhante, como se o que aconteceu ontem naquela pequena sala nunca tivesse ocorrido.

“Nós vamos embora assim que você terminar de comer”, disse Cano, empurrando dois sanduíches na frente dela. Ainda era muito cedo para ir ao mercado negro.

Iris pegou um sanduíche e o saboreou em silêncio, depois que terminou, Cano se levantou, pronto para partir, mas Ethan e Will ficaram para trás.

Além disso, Redmond ainda não havia descido.

“Você não está vindo? Redmond ainda não está aqui”, disse Iris, intrigada.

“Não, você irá com Cano, sozinha”, Ethan respondeu à sua pergunta.