O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 114

114: LAGARTO DE FOGO 114: LAGARTO DE FOGO Era natural que Cano fosse mais sensível ao aroma dela, uma vez que ela era sua companheira e ele a havia marcado. Depois de receber sua marca, o vínculo de companheiro entre eles começou a crescer também.

Assim, quando todos pensaram que Iris estava vagueando pela floresta e começaram a procurar do lado de fora da caverna, pois a floresta era tão vasta e eles tinham que cobrir o máximo de terreno possível para encontrá-la, o alfa ficou parado em seu lugar enquanto olhava para a caverna.

Cano caminhou em direção à caverna e começou a examinar tudo em volta dela.

Ele se aproximou do local onde ela estava dormindo na noite passada e encontrou o manto que ela usava para dormir jogado ali. Seu aroma era mais forte aqui, e com base nisso, ele concluiu que, em vez de sair, ela se aprofundou na caverna.

Cano apertou os olhos, enquanto seguia seu aroma suave e delicado cada vez mais para dentro da caverna.

Não foi tão difícil encontrá-la, mas o caminho intrincado que ele percorreu para alcançá-la fez Cano franzir a testa. Por que Iris se perdeu aqui em primeiro lugar? Por que ela iria passear quando todos estavam dormindo?

Não demorou muito para ele encontrar a mulher e, à medida que se aproximava, podia ouvi-la conversando. Com quem ela estava falando?

As sobrancelhas de Cano se juntaram quando a voz dela ficou mais clara. Havia alguém com ela!

“Este também não é o caminho…”, queixou-se Iris. “Precisamos voltar logo, senão eles vão me deixar nesta caverna.” Ela estava à beira das lágrimas, as pernas doíam por ter andado por esse lugar por tempo demais.

Ela temia que a deixassem para trás assim que descobrissem que ela não estava na caverna, sem se dar ao trabalho de procurá-la.

Redmond provavelmente a procuraria, mas e os outros? Ele conseguiria encontrá-la aqui quando já era tão difícil para ela se lembrar do caminho que havia tomado anteriormente?

“É por isso que você não deveria ter fugido.” O pequeno lagarto pousou em sua cabeça, escondido em seus cachos. Era difícil vê-lo se não se olhasse de perto, já que a cor do cabelo castanho-avermelhado e encaracolado dela e a cor do lagarto eram quase iguais. “Agora estamos perdidos…”

Por outro lado, Cano a seguia há cerca de cinco minutos e não conseguia ver mais ninguém aqui. Ela estava falando consigo mesma? Ele não queria acreditar que ela tinha um amigo imaginário, mas se esse não era o caso, deve ser porque havia algo errado com a cabeça dela.

No final, quando Cano finalmente se certificou de que não havia mais ninguém ali além dos dois, ele deu um toque no ombro dela para chamar sua atenção, como de costume.

Iris ainda não percebia que estava sendo seguida. Ela estava tão alheia ao seu entorno e como não conseguiu perceber se havia mais alguém perto dela quando todos os metamorfos podiam fazer isso tão facilmente?

Foi porque ela era uma rejeitada, e todos os privilégios de ser um transformador foram retirados também?

“Argh!” Iris soltou um grito agudo quando sentiu alguém tocar seu ombro de repente, porque estava ocupada pensando em seu próprio dilema.

Porém, assim que viu Cano, que agora a encarava com uma expressão carrancuda, ela se acalmou e o alívio inundou todo o seu ser.

Mas então, naquele momento, seu pequeno amigo decidiu sair de seu esconderijo e deslizou pelo seu cabelo até o ombro, antes de tentar atacar Cano.

Iris ficou chocada ao ver que esse pequeno ser podia cuspir fogo, embora não fosse suficiente para causar ferimentos, é claro, isso era algo que nenhum deles havia previsto.

Cano deu um passo atrás, mas a distância que o fogo do pequeno lagarto podia alcançar era muito curta para queimá-lo, assim, em um movimento rápido, ele agarrou a pequena criatura e estava prestes a esmagá-la até a morte em sua mão.

Contudo, Iris gritou alarmada quando viu o olhar assassino em seus olhos escuros e imediatamente agarrou sua mão.

“Não! Não! Não!” Iris balançou a cabeça veementemente, deixando Cano confuso e foi o suficiente para fazê-lo parar o que estava prestes a fazer, mas ele não soltou a criatura. “Esta é a pedra mágica de fogo!” Iris exclamou, pois não sabia como mais explicar isso.

“Pedra mágica de fogo?”

Iris assentiu, ainda segurando a mão dele, enquanto o pequeno lagarto lutava para se soltar de seu aperto. Tentou atirar fogo em Cano novamente, mas não conseguiu alcançá-lo, e embora pudesse sentir o calor da criatura não era o suficiente para causar danos nele.

“Pedra mágica é um ovo?” Cano achou difícil acreditar nisso depois de ouvir o que Iris havia dito, ele a olhou incrédulo.

“Por favor, solte, o lagarto é inofensivo.”

“Então, isto é um lagarto?”

Iris pareceu duvidosa quando respondeu. “Eu não sei… mas, parece um.”

Cano olhou para a pequena criatura em seu aperto que continuava tentando queimá-lo. Tanto pelo fato de ser uma criatura inofensiva.

“Alfa, o lagarto só atacou porque pensou que você iria me machucar.”

“Você consegue falar com essa coisa?” A confusão de Cano só aumentava, cada vez mais inexplicável.

“Não é que eu consiga me comunicar com este lagarto…” Iris arrastou suas palavras, como se não tivesse certeza de como explicar isso. “Isso é quase como quando eu consigo encontrar aquelas pedras mágicas, eu apenas sinto e sei disso.”

Cano ficou em silêncio, olhando para o lagarto que continuava tentando se contorcer em suas mãos, enquanto cuspiam fogo nele. Mas então, ele soltou a pequena criatura.

Ele viu o lagarto cuspir fogo em sua palma mais uma vez antes de pular no ombro de Iris e se esconder de volta em seu cabelo castanho-avermelhado, enterrando-se em seus cachos.