O Alfa: Conquistando a Filha do Inimigo - Capítulo 109

109: VOCÊ ESTÁ BEM? 109: VOCÊ ESTÁ BEM? Como a carruagem havia sido destruída, Iris precisava montar um cavalo, mas o problema era; eles estavam com um cavalo a menos e ela não sabia montar.

“Eu não sei como…” Iris disse, pedindo desculpas. Mais uma vez, ela sentiu que era um fardo e não conseguia ajudar em nada. Cane não deveria tê-la trazido. Ele seria capaz de voltar para a alcateia antes da lua nova de qualquer maneira, já que se moveria mais rápido sem ela.

“Nesse caso, você precisa montar com alguém”, disse Will, essa era a única solução para eles. Mesmo que comprassem um cavalo, ela não seria capaz de montar um de repente.

“É, acho que preciso fazer isso…” A primeira opção de Iris era Redmond. Ela não ousaria pedir a Cane que a deixasse montar com ele. “Vou pedir ao Redmond.”

Will olhou por cima do ombro e suspirou ao ver Redmond e Ethan ainda discutindo. “Acho que preciso ir e fazê-los parar antes que se matem”, resmungou enquanto se levantava.

Enquanto isso, Iris reorganizou as rações em duas bolsas, para que não tivessem problema para carregá-las. Felizmente, o troll não era um tipo de monstro venenoso, então eles não precisariam se preocupar se as rações entrassem em contato com eles.

Iris tentou ajudar no que pôde, já que não queria sobrecarregá-los com sua presença.

Alguém tocou em seu ombro e, quando se virou, era Cane. Ele olhou para ela. “Você se machucou?” Seus olhos escuros rapidamente analisaram seu corpo em busca de ferimentos externos.

“Não.” Iris balançou a cabeça. Era gentil da parte dele perguntar sobre o bem-estar dela após o ataque.

“A pedra ainda está com você?”

Iris sentiu-a dentro do bolso. “Sim.”

“Hm.”

E depois disso ele se foi.

Então, não era ela que ele estava preocupado. Ele só não queria que ela perdesse a pedra durante a batalha. Com isso, Iris continuou a reorganizar as rações dentro das bolsas.

Depois que tudo estava bem e os cadáveres dos trolls foram tratados, eles estavam prontos para continuar a jornada. Levaria cerca de dois dias antes que pudessem chegar à Matilha da Lua do Orvalho.

“Como você não sabe montar um cavalo?” Redmond perguntou com uma carranca. “Eu te vi perto das estrebarias quando você era criança.”

Aquela deve ter sido a época em que ela se tornou amiga daquele menino das estrebarias. Embora ela tenha lido o que ele disse, Iris fingiu não ouvir nada e subiu no cavalo com a ajuda dele. Ela estava sentada atrás dele, segurando sua cintura enquanto tentava manter uma distância entre eles, apesar do pequeno espaço.

“Isso não vai dar certo”, disse Redmond, sentindo-se irritado. “Você vai cair se me segurar assim.”

Resmungando, Redmond pegou os dois braços de Iris e os envolveu ao redor de sua cintura, puxando-a até que seu rosto ficasse pressionado contra suas costas.

“O quê?” Iris tentou colocar algum espaço entre eles, porque não era confortável estar tão perto dele.

Aborrecido, Redmond se virou e olhou para ela. “Você vai cair se me segurar assim.”

“Não, eu- eu vou ficar bem.”

Redmond revirou os olhos. “Se você está realmente desconfortável em estar tão perto de mim, por que não monta com o seu companheiro ali?” Redmond acenou para Cane, que estava à frente deste pequeno grupo.

Iris não disse nada, ela envolveu os braços ao redor da cintura dele, mas não encostou a cabeça em suas costas.

“Tanto faz”. Redmond deixou-a fazer o que quisesse. Afinal, ela não morreria se caísse do cavalo.

Não muito tempo depois, confirmando que estavam prontos para partir, o pequeno grupo seguiu para o sul.

Iris, que tentava manter uma distância entre os dois, acabou abraçando-o bem de perto. Ela literalmente enterrou o rosto em suas costas porque o cavalo se movia tão rápido. Seus arredores eram um borrão, como se aquelas árvores corressem ao lado deles. Ela precisava esconder seu rosto atrás das costas dele, enquanto o vento brincava com seu cabelo.

Mas, a pior parte foi; não demorou muito para ela sentir sua bunda pegando fogo. Era muito desconfortável andar de cavalo! Ela se mexia, tentando encontrar uma posição confortável, mas não conseguia, por mais que tentasse, a dor em sua bunda aumentava, mas ela tinha que aguentar, já que não havia como pedir à eles que parassem e esperassem que ela melhorasse.

No final, ela enterrou o rosto nas costas de Redmond, segurando as lágrimas. Era tão doloroso…

Eles finalmente pararam quando o sol se pôs e encontraram uma caverna para passar a noite. O solo dentro estava seco e como tinha chovido nos últimos dias, este lugar era perfeito para eles.

“Você consegue descer?” Redmond perguntou, inclinando a cabeça para verificar como ela estava, mas ela ainda estava enterrada em suas costas, então ele bateu em sua perna para chamar sua atenção.

Iris levantou a cabeça para olhar para ele. “Vamos descansar?” Ela perguntou com uma voz pequena, sentindo tanta dor que mal conseguia endireitar as costas sem fazer uma careta.

“Sim, você consegue descer?”

“Ah, sim, eu consigo…” Iris estava muito feliz em descer e tocar o solo novamente, mas porque estava com pressa e superestimou sua resistência, ela tropeçou direto no chão quando tentou descer do cavalo. “Argh!”

As pernas dela não queriam cooperar, já que ela não sentia as pernas neste momento e se preparou para o impacto, enquanto Redmond estava alarmado e tentou alcançá-la, mas era tarde demais, sua posição dificultava alcançá-la a tempo.

Iris cobriu o rosto por instinto, esperando o impacto, mas em vez do chão duro, ela sentiu alguém pegá-la, quando se chocou contra um peito forte.

Os braços que a envolviam eram fortes e a mantinham estável.

Cane a encarou quando ela tentava se firmar sobre os próprios pés.