1038: HISTÓRIA LATERAL (NERA): LUNA 1038: HISTÓRIA LATERAL (NERA): LUNA Nera saltou na primeira oportunidade que conseguiu para fugir do lugar que a confinava. Ela usou seu poder para ocultar sua presença, para que aqueles usuários de magia não pudessem encontrá-la, mas assim que saiu do castelo, ela feriu sua própria habilidade de usar o poder divino, para que o Rei não pudesse mais rastreá-la.

 
Ela se machucou, colocou a vida em perigo porque destruiu seu próprio poder. Claro, Nera poderia curá-lo depois, mas pensaria nisso mais tarde. Sua única prioridade agora era sair deste continente o mais rápido possível.

 
Graças a Deus, ela conseguiu chegar ao porto a tempo e pulou para o navio, que a levou para o continente Caram.

 
Nera adoeceu durante a viagem, porque destruiu seu próprio poder divino, mas ainda se recusou a restaurá-lo. Ela odiava seu poder, porque Rei o amava tanto. Ela sabia o que tinha acontecido, sabia da obsessão dele por Na, a primeira Serafim e como ele a via como ela.

 
Na realidade, Nera vinha agindo como Na nos últimos dias para que o Rei baixasse a guarda.

 
Elasabia sobre Na, porque Rei não se calava sobre ela.

 
Esta era a parte assustadora daquele homem. Ele estava disposto a passar pelo inferno e voltar, apenas para ter aquela mulher de volta.

 
“Estou bem… Estou bem…” Nera cochilava de vez em quando durante esse tempo, foi apenas uma semana depois que ela se sentiu um pouco melhor, à medida que se aproximavam do continente Caram.

 
Essa era a primeira vez que Nera estava aqui, mas Dan, Ardie e Adie falavam muito sobre esse lugar, a aldeia onde cresceram e onde fica a casa deles.

 
Portanto, com um pouco de ajuda perguntando por aí, Nera conseguiu encontrar a casa que Adie sempre descrevia como a mais bonita da aldeia.

 
A casa deles era mesmo muito bonita e Nera viu uma mulher com sua filha. Ela tinha dois anos. Sem dúvida, a pequenina parecia com Dan.

 
Nera acariciou sua barriga, ela estava contente por ainda ter sua filha.

 
Ela não sabia o que dizer ou como começar, mas precisava contar à mulher sobre o que aconteceu com seus filhos e seu marido, caso ela continuasse esperando por eles…

 
E sem que Nera percebesse, ela já estava na porta deles e a mulher se aproximou dela com a filha.

 
“Com licença, está procurando alguém?” Ela perguntou.

 
“Sim.” Nera assentiu. O grampo de cabelo estava quente em seu bolso. “Você é Maleen e esta deve ser Yessa, certo?”

 
Maleen arregalou os olhos surpresa e então sorriu suavemente. “Sim. Como você nos conhece?”

 
“Podemos conversar lá dentro?” Disse Nera. “Eu tenho algumas notícias para compartilhar sobre sua família.”

 
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Nera se afastou dessa casa bonita. Ela ainda conseguia ouvir Maleen chorando alto, segurando o grampo de cabelo que Ardie comprou para ela, mas infelizmente ele não conseguiu colocar nela como tinha planejado.

 
Nera sentia uma culpa extrema em seu coração, não conseguia ficar ali por muito tempo.

 
Na verdade, ela não contou a verdade, apenas disse que a família foi atacada por assaltantes e não sobreviveu e que ela por acaso os conhecia.

 
Nera não teria coragem de contar a verdade para Maleen, mas talvez fosse porque ela temia ver o olhar acusador e de nojo dela. Ela sabia de seu papel ativo enquanto eles encontraram seu fim.

 
Nera saiu um pouco para fora e depois que sentiu que se acalmou, só então entrou novamente. Ela encontrou Maleen dormindo no sofá, onde ainda chorava, enquanto Yessa sentava ao lado da mãe, a menininha parecia confusa porque sua mãe estava chorando tanto, mas estava sendo uma boa menina, ela não a acordou.

 
“Yessa,” Nera chamou seu nome e a pegou.

 
“Mamãe dorme…” Ela apontou o dedo para Maleen e então olhou para Nera.

 
“Sim, mamãe está dormindo. Vou te cobrir na cama, tá bom? Vou te contar uma história. Quer?”

 
A menininha parecia confusa, mas assentiu.

 
E depois que Nera cobriu Maleen com o cobertor, ela pediu para Yessa levá-la ao quarto dela e começou a contar uma história sobre um monstro e a menininha.

 
“Sabe, há muito tempo, havia uma menina chamada Na. Ela tinha um lobo chamado Lu.” Nera começou.

 
Ela escolheu uma versão de canção de ninar dessa história, porque a original não era apropriada para crianças, já que tinha conteúdo violento.

 
Esta era uma canção de ninar no continente Andel, mas que foi adotada e se espalhou por bardos, você encontraria versões diferentes dela em áreas diferentes. Era uma história antiga.

 
Na história original sobre o monstro e a menina. Lu e Na tiveram um final trágico.

 
Na história, Na e Lu estavam sempre juntos. O lobo Lu protegeria Na de qualquer ataque de monstro, enquanto Na alimentaria o lobo em troca.

 
Eles estavam sempre juntos, até que um dia, um jovem comerciante muito rico pôs seus olhos na beleza de Na e a desejou, mas ele não queria que o lobo viesse com eles, no entanto, quando Na insistiu para que seu amigo peludo viesse ou do contrário, ela não iria com o rico comerciante, ele finalmente cedeu.

 
No entanto, uma noite, o jovem comerciante rico tentou matar o lobo ele mesmo, mas como um lobo que costumava lutar contra um monstro, ele poderia matar esse homem facilmente.

 
Não demorou muito antes que o rico comerciante morresse, seu corpo foi dilacerado e uma vez que Na soube disso, ela ficou devastada. Não pela morte do jovem comerciante, mas porque seu lobo estava sendo caçado.

 
Ela foi até a floresta e procurou seu lobo, assim como o resto dos aldeões, mas enquanto essas pessoas tentavam encontrar o lobo e matá-lo, Na queria fugir com seu lobo.

 
Ela queria levar seu lobo para a segurança. Ela chamou seu lobo incessantemente e, ao ouvir sua voz, apesar do perigo que o cercava, o lobo veio.

 
‘Vamos,’ Na disse. Ela acreditava que seu lobo não estava errado. O lobo não podia falar, mas não havia dúvida em seu coração.

 
Assim, sob a luz da lua, ambos tentaram escapar dos aldeões.

 
Infelizmente, eles foram encontrados e logo estavam cercados por pessoas que queriam matar o lobo, mas Na não queria largar de seu lobo.

 
Ela tentou dizer a eles que seu lobo não prejudicaria o comerciante se ele não tentasse prejudicá-lo, mas ninguém a ouvia.

 
Na rezou a qualquer deus para salvá-los e Selene, a deusa da lua ouviu seu pedido de ajuda e transformou o lobo em humano, para que o lobo pudesse contar aos aldeões sobre o que realmente aconteceu.

 
No entanto, isso só enfureceu os aldeões, porque eles pensaram que o lobo que se transformou em humano era um mau presságio e agora eles queriam matar ambos.

 
Para proteger a menina, Lu lutou contra todos os aldeões, matando-os todos. Foi uma longa luta e quando a manhã chegou, Lu estava tão exausto, ele se transformou em sua forma de lobo novamente e morreu nos braços de Na.

 
Ele amava essa menina tanto e seu amor tocou a deusa da lua, pois ela criou transformadores, que assumiam a forma de lobo e humano. Eles também foram abençoados com o vínculo de companheiro. Era um vínculo sagrado. Um lembrete de quanto Lu amava sua Na.

 
Portanto, seu companheiro seria chamado de Luna.

 
Em cada vínculo sagrado que foi criado entre os transformadores, significava que o amor de Lu por Na era criado de novo.

 
E para Na, ela levou seu lobo para o fundo da floresta e essa foi a última vez que alguém os viu.

 
“Cansada?” Nera perguntou no final da sua história, ela aconchegou Yessa. Claro, ela não contou a versão original dela.

 
“E então o que aconteceu com Lu e Na?”

 
“Eles viveram felizes para sempre em outro mundo.”

 
Com isso, Yessa adormeceu e no próximo dia, Nera já tinha ido embora antes de Maleen acordar, ela apenas deixou um bilhete, agradecendo pela hospitalidade, mas ela precisava partir.

 
Ela não podia colocar a família deles em perigo e arriscar a segurança deles para ficar lá.

 
Ela estava com medo de que Rei conseguisse rastreá-la. Nesse caso, ela teve que deixá-los em paz.

 
Mais tarde, ela pegou um navio para o continente de Ogregon, onde ela conheceu um jovem interessante. Ele tinha essa magia quente dentro dele, que despertou o interesse de Nera.

 
Ela começou a mostrar e seu bebê começou a se mexer em sua barriga. Ela deixou o menino tocar sua barriga e ela sentiu esse sentimento quente e felicidade de alguma forma.

 
Esse era um sentimento sem explicação.

 
Ela sentiu como se fossem se encontrar novamente.

 
Um dia…

 
Seu poder começou a se curar, mas ela o destruiu novamente, porque ela não queria mais tê-lo.

 
Contudo, essa ação cobrou um preço dela, especialmente depois que ela deu à luz a sua filha. Sua saúde se deteriorou rapidamente e quando sua bebê fez um ano, ela não suportou mais e deixou este mundo para se encontrar com seu Dan, deixando para trás sua menina…

 
Mas antes disso, ela suprimiu o poder de sua filha, porque sabia que sua bebê tinha herdado.