Noiva Substituta para o Alfa do Norte - Capítulo 40

40: VOCÊ ESTÁ TENTANDO MATAR O REI?! 40: VOCÊ ESTÁ TENTANDO MATAR O REI?! Se fosse outro dia, Dário riria ao ver como Aurel foi rapidamente humilhado, mas não nessa situação. Eles estavam tensos demais para saber a condição do rei.

 
Zenith poderia substituí-lo por uma ou duas semanas, ou até mais que isso, mas obviamente, ele não poderia desempenhar o papel pelo resto de sua vida se algo realmente acontecesse com seu irmão.

 
Além disso, a morte do rei mergulharia o reino em um caos completo, comprometendo muitas coisas.

 
Mas ainda mais, Zenith não seria capaz de sair ileso.

 
Pessoas que queriam derrubá-lo atribuiriam a morte do rei ao fato de Zenith estar lá. Isso o implicaria a longo prazo.

 
Havia uma razão para Zander e Zenith criarem uma imagem de que os dois não se davam bem, quando na verdade, por trás das sombras, os gêmeos frequentemente trabalhavam juntos e esta não era a primeira vez que Zenith assumia o papel de rei quando Zander precisava deixar o palácio incógnito.

 
“Isso é uma ameaça?” Aurel rangeu os dentes.

 
“É um lembrete.” Alvorada empurrou Aurel para fora do caminho e sentou-se na beira da cama. “Você pode ficar quieta? Já falou demais, não acha?”

 
Alvorada não conseguia entender o ódio cego que Aurel nutria por ela. Sim, ela sabia que esta curandeiro tinha uma queda por Zenith ou algo do tipo, mas ela achava que, odiando-a, Zenith iria gostar dela em seu lugar?

 
Lance tomou a iniciativa de se aproximar de Aurel e falar baixo com ela, ele parecia severo ao lidar com esta curandeira.

 
Alvorada demorou um pouco quando ela examinou Zander. Suas sobrancelhas se juntaram e ela tentou lembrar da lição que aprendeu com a curandeira de sua alcatéia. Não era fácil, já que ela não nascera curandeira, havia um poder de cura que apenas alguém nascido como curandeira poderia usar.

 
“O que você deu ao rei?” Alvorada franziu a testa, olhando para Aurel com um olhar afiado. “O que você o fez ingerir?”

 
“Claro que dei medicamento a ele! O que você acha que eu dei?”

 
Alvorada revirou os olhos. “Seja específica.”

 
Aurel parecia irritada, mas, felizmente, Zenith assumiu a questão e pediu a Pyro que lhe entregasse o prontuário de saúde de Zander.

 
“Você não pode mostrá-lo a ela.”

 
“Você tem alguma objeção?” Zenith literalmente rosnou para a curandeira, o que a transformou em uma mulher submissa.

 
Pyro não pôde ignorar a ordem, assim ele imediatamente buscou o prontuário de saúde do rei e entregou a Zenith, que por sua vez, deu a Alvorada.

 
O beta real não gostou disso, porque o prontuário de saúde do rei não era algo que você podia ver casualmente e nem todos tinham permissão para lê-lo, mas ele não pôde dizer nada.

 
Alvorada imediatamente examinou o registro e ficou surpresa ao ver o último medicamento que Aurel deu a Zander.

 
“Você é estúpida?!” Alvorada estalou na curandeira com ferocidade. “Por que você lhe deu pó de Agonalia?!”

 
“O quê? O que aconteceu?” Lance imediatamente olhou para Aurel. Todos foram surpreendidos com a repentina raiva de Alvorada.

 
“Isso é porque o Rei estava sofrendo tanto, eu lhe dei isso para aliviar a dor!” Aurel gritou de volta para Alvorada. Ela sabia o que estava fazendo.

 
“Como você pode ser a curandeira real?” Alvorada disse afiadamente, fazendo com que Aurel visivelmente recuasse.

 
“Qual é o problema?” Zenith perguntou, ao ver Alvorada tão perturbada assim, não era um bom sinal.

 
Alvorada então explicou que, embora o pó de Agonalia pudesse aliviar a dor, ele também teria um efeito calmante, o que significava que Zander não percebeu que seu corpo começou a piorar. Em alguns casos, você poderia não sentir dor alguma, enquanto a dor poderia ser um indicador se o medicamento que foi dado teve efeito ou não.

 
Neste caso, mesmo que o medicamento não funcionasse e originalmente Zander deveria estar sofrendo muito por causa disso, ele não podia saber porque Aurel lhe deu pó de Agonalia para entorpecer sua capacidade de sentir seu próprio corpo.

 
“Mas… mas o Rei estava com tanta dor… E esse é o procedimento correto,” disse Aurel. Em um caso diferente, ela estaria certa, mas agora eles estavam lidando com um veneno de ação lenta.

 
“Você realmente precisa descer do seu pedestal e aprender sobre venenos,” Dário comentou e recebeu um olhar cortante da curandeira, mas infelizmente para ela, o gamma estava ao lado da mulher do seu alfa. Ele pouco se importava com ela.

 
Pyro imediatamente pegou algo do armário e entregou a Alvorada. Era a flor de Brettel que ela havia pedido alguns dias atrás.

 
“Você pode salvá-lo?” A expressão dele era muito séria. Aurel havia provado que não era capaz e esta questão estava muito além de suas capacidades.

 
“Isso não é suficiente,” disse Alvorada, balançando a cabeça.

 
“Do que mais você precisa? Diga-me.” Pyro era geralmente uma pessoa calma e equilibrada, mas até Alvorada podia perceber o quanto ele estava ansioso. “Diga-me e eu providenciarei para você.”

 
“Primeiro, é preciso extrair o efeito do pó de Agonalia de seu corpo.” Alvorada olhou para Aurel. Ela precisava fazer isso usando seu poder de cura, já que não havia maneira de Alvorada fazer isso.

 
“Mas, ele vai sofrer tanta dor.” Aurel não estava feliz em receber uma ordem de Alvorada.

 
“Você não ouviu minha explicação mais cedo?”

 
“O que é?” Lance perguntou, evitando a argumentação desnecessária. “Do que mais você precisa?”

 
Alvorada ignorou o surto de Aurel e focou no assunto em questão. “Preciso de duas coisas para fazer um preparado.” Ela mencionou Treann Birch e a pele da planta Elbrone.

 
“O que é isso?” Dario nunca tinha ouvido falar das coisas mencionadas por Alvorada. “Onde podemos conseguir isso?”

 
“Nós temos Treann Birch,” disse Aurel relutantemente. “Mas, você não conseguirá encontrar a pele da planta Elbrone. A maioria das pessoas deste continente não come peixe.”

 
“Não. Eu não disse que é um peixe literalmente.” Alvorada explicou que era uma planta que geralmente crescia em pântanos.

 
Aurel ficou muito envergonhada para admitir que não sabia nada sobre isso, então ela se calou.

 
“Por enquanto, você pode expulsar o efeito do pó de Agonalia do corpo do rei. Tentarei impedir que o veneno piore,” Alvorada disse. Então ela pegou as Flores de Brettel e pediu para Zenith mostrar onde ficava a cozinha. Ela ia fazer um preparado.

 
Isso não eliminaria todo o veneno, já que havia se espalhado para os órgãos vitais de Zander, mas era suficiente para impedir que se intensificasse.

 
“Espere, eu vou mostrar para você…” Dario estava prestes a acompanhar Alvorada, mas Zenith o impediu.

 
“Venha comigo,” disse Zenith, ele a guiou para fora do quarto e os dois foram para a parte sul do palácio.

 
“Ele não deveria ir com ela tão casualmente assim.” Dario estava preocupado que isso desse origem a rumores entre o rei e Alvorada. As pessoas então iriam perseguir Zenith com muita força e usar essa oportunidade para criar problemas novamente.

 
Mas então, Dario só pôde suspirar profundamente.

 
“O que você está esperando?” Pyro perguntou a Aurel. “Faça o que ela disse.” Ele franziu a testa para Aurel, que não fez nada e apenas ficou parada em silêncio.

 
“Você realmente acredita nela?”

 
“Você tem outra opção?” Pyro estreitou os olhos. “Você pode até ser útil para Zenith, mas diagnosticar erroneamente o rei e causar sua morte é o crime mais alto que você precisa ponderar.”

 
Aurel não disse mais nada e foi fazer o que Alvorada mandou. Ela não estava feliz. Mas, ao mesmo tempo, se perguntava como Alvorada poderia saber tanto sobre veneno, se ela nem era uma curandeira?

 
Por outro lado, todos os ômegas na cozinha tremeram de medo quando viram o rei. Eles imediatamente se ajoelharam e estavam com muito medo até de respirar um pouco mais alto, especialmente com a aura distante e fria que emanava do soberano.

 
“M- meu Rei… o senhor precisa de algo?” O chefe da cozinha perguntou com medo. Mesmo morando no palácio, não significava que tinham o privilégio de ver o rei o tempo todo.

 
“Todos vocês podem sair,” disse Zenith. Ele acenou com a mão e todos eles imediatamente deixaram a cozinha.

 
“Você não precisa parecer tão assustador, sabia?” Alvorada sentiu pena daquelas pessoas, mas começou a preparar as coisas de que precisava.

 
Enquanto isso, Zenith sentou-se na cadeira, ele não tirou sua máscara dourada, mas Alvorada conseguiu ver que ele havia fechado os olhos.

 
“Você não precisa me acompanhar aqui,” disse Alvorada, pensando que Zenith poderia estar cansado com tantas coisas que tinha que lidar.

 
No entanto, quando Alvorada viu que ele não se mexeu de sua posição, ela só pôde suspirar e continuar com sua tarefa.

 
Zenith acordou cerca de uma hora depois e observou Alvorada de trás, fazendo algumas perguntas sobre o preparado.

 
Esse preparado não era fácil de fazer, porque ela precisava garantir que o calor estava estável e tinha que mexer sem parar por três horas seguidas.

 
“Três horas?” Zenith levantou-se imediatamente. “Você deveria mandar outra pessoa fazer isso.”

 
Alvorada não conseguia ver sua expressão, mas podia ouvir o quão irritado ele estava.

 
“Não, não pode. É complicado demais.”

 
“Há quanto tempo você está de pé aqui?”

 
“Uma hora.”

 
Isso a deixava com mais duas horas.