245: A RESPONSABILIDADE 245: A RESPONSABILIDADE “Mamãe, quando o dada vai chegar?” Zade perguntou quando Alvorada o aconchegou para dormir. Ela se deitou ao lado dele e acariciou sua bochecha. Seus olhos pareciam sonolentos.

“Dada não vai vir…” Alvorada sentiu uma pontada no coração, mas não queria amenizar nem mesmo mentir para ele. Ela não sentia que era a coisa certa a fazer.

Zade abriu os olhos, ele franziu os lábios porque não concordava com ela. “Dada vai vir.”

Alvorada respirou fundo, por um momento, ela não sabia o que dizer sobre isso ou como responder a sua resposta determinada, mas observou como o sono finalmente o venceu e a respiração de Zade se tornou uniforme.

“Espero a mesma coisa, querido. Desejo nada além de que ele volte para casa também.” Alvorada beijou a testa de Zade. Ela lutou contra as lágrimas, mas no fim, ela perdeu.

Alvorada chorou a noite toda em silêncio. Ela queria acreditar que Zenith voltaria, mas era tão difícil manter tal esperança quando sabia que isso nunca aconteceria.

Ela realmente esperava que o que Zade disse fosse verdade.

No dia seguinte, Axel veio até ela. Ele havia estado cuidando dos assuntos da alcateia, portanto, como a luna, Alvorada seria a pessoa a quem ele entregaria seu relatório.

“Brinque com a Yara, tá bom?” Alvorada beijou a bochecha de Zade e o entregou a Yara.

“Vamos, eu vou te mostrar o resto da alcateia! Você vai gostar!” Yara parecia feliz por voltar à alcateia, porque ela poderia ver seus pais novamente.

No entanto, a morte do alfa ainda pairava pesadamente no ar. Todos os membros da alcateia estavam vestidos de preto, como um sinal de luto, enquanto Alvorada vestiria um vestido preto por um mês.

“Me desculpe por incomodá-la com essa questão enquanto ainda está de luto,” Axel disse, ele os levou ao escritório do alfa.

“Eu poderia dizer o mesmo para você.” Alvorada caminhou em direção à cadeira, onde Zenith costumava sentar. Ela a acariciou e encolheu os dedos, enquanto se compunha. “Você conheceu Zenith mais tempo do que eu. Todos nós o perdemos.”

Por um momento, a atmosfera ficou tão pesada dentro do quarto, antes de Alvorada limpar a garganta e se sentar na cadeira, enquanto Axel tomava o assento oposto.

“Então, como eu devo fazer isso?”

Axel respirou fundo. Ele franziu a testa. “Talvez eu deva voltar mais tarde. Isso é muito cedo.”

Alvorada balançou a cabeça. “Se você veio até mim, significa que este assunto é urgente. Eu quero ouvir isso.” Além do mais, isso ajudaria Alvorada a distrair sua mente da sua tristeza.

Axel então começou a falar sobre algumas coisas importantes relacionadas à alcateia e como eles precisavam estar preparados para o inverno.

Alvorada tentou tanto se concentrar no que Axel lhe dizia. Ela nunca havia cuidado de uma alcateia antes, ela realmente tinha que aprender do zero.

“Alvorada?” Axel a chamou. “Você está me ouvindo?”

“Oh, o quê? Desculpe, o que você disse?” A mente de Alvorada se desviou e Axel viu isso. Ele se sentiu muito mal por ela, porque perder um companheiro era algo que nenhum transformador queria sentir.

“Eu não acho que você esteja pronta para isso…”

Alvorada balançou a cabeça vigorosamente. “Não. Eu preciso disso.” Ela estava desesperada. Ela enlouqueceria se deixasse suas emoções correrem soltas.

Havia momentos em que ela sentia tanta insensibilidade, mas também havia momentos em que ela se sentia muito sobrecarregada. Ela queria gritar para o vazio para aliviar essa dor.

“Há outra maneira de fazer isso, na verdade.” Axel cruzou os braços, ele parecia relutante em dar essa sugestão.

“Como?” Alvorada estreitou os olhos.

“Você pode tomar outro alfa como seu companheiro escolhido, ou…” Axel rapidamente adicionou quando viu o olhar de desgosto nos olhos de Alvorada. “Você pode pedir ao seu pai para agir como um alfa para a alcateia.”

Alvorada não gostou da segunda sugestão também. “Por que você não se torna o alfa então?”

Axel deu uma risada quando ele ouviu isso. “Se eu me tornasse um alfa, significa que você e eu teríamos que ficar juntos. Eu não acho que funcionaria.”

Alvorada não conseguia ver Axel dessa maneira. “Não. Eu serei a luna.”

“Se essa é a sua decisão, você será a primeira luna a liderar uma alcateia.”

“Sempre há uma primeira vez para tudo, certo?” Alvorada sorriu, mas não chegou a seus olhos. Ela havia chorado a noite inteira.

“Não vai ser fácil, Alvorada.”

“Eu sei.” Alvorada assentiu. “Mas, eu tenho você e Dario. Vocês dois vão me ajudar, certo?”

“Obviamente.”

Mais ainda, ela tinha o rei e Zaya. Não havia nada do que ela devesse ter medo.

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Alex, o gamma da Alcateia da Luz da Lua, voltou com o mercador do continente Karam antes do inverno chegar e o mar congelar.

Por causa do que aconteceu, a primeira coisa que Zander teve que cuidar foi do suprimento de alimentos e Alex esteve no continente Karam todo esse tempo cuidando disso.

O Reino Sagrado já não era mais um problema agora, porque eles haviam violado a regra inúmeras vezes, não havia mais misericórdia para eles, especialmente quando os anciãos e o líder do Reino Sagrado não estavam lá para defender seu território.

Foi bastante fácil derrubá-los e agora, o Reino de Andel era o único reino no Continente Andel. A relação entre o Continente Ogregon e o Continente Andel estava melhor do que nunca.

No entanto, a tristeza ainda estava muito presente no ar, pois eles perderam muitas pessoas, especialmente no rescaldo da guerra, onde todos os transformadores não conseguiam mais se transformar em suas formas de besta.

Foi uma grande perda para eles, já que confiavam tanto em sua forma de besta para atos de defesa e ataque.

Eles ainda estavam se ajustando a essa nova situação.

Enquanto isso, no norte, o inverno chegou cedo, o vento estava tão frio e era ainda mais frio à noite.