Noiva Substituta para o Alfa do Norte - Capítulo 235

235: A SITUAÇÃO CRÍTICA (27) 235: A SITUAÇÃO CRÍTICA (27) Com o céu louco e aparentando estar em chamas eternas, eles não sabiam se era noite ou dia, ou mesmo quantos dias haviam passado naquela batalha.

Estavam cansados, exaustos e o fim da batalha nem ao menos estava próximo. Eles não sabiam quando isso terminaria, ou se terminaria.

As coisas não melhoravam, pelo contrário, só pioravam. Quando pensavam que não poderia piorar, o universo provava que estavam errados e mostrava como podia escalar para uma noite de terror.

A pior parte veio quando começaram a ver pessoas que conheciam. O cavaleiro que morreu durante a guerra, as pessoas queridas a eles, que os tinham deixado há muito tempo, isso não parecia nada bom, para dizer o mínimo.

E Rowan viu seu pai…

O rei anterior tinha uma ferida enorme no peito, exatamente no local onde Rowan arrancou seu coração. Ele matou o rei anterior, seu próprio pai e também dois de seus irmãos mais velhos, que se tornariam os sucessores de seu pai.

Ele era o terceiro na linha de sucessão, mas matou todos eles para ser o rei.

Ele apertou os lábios. “Merda. Não isso.” Ele resmungou. Odiava ver seu pai novamente. Ele não gostava nada dessa visão. “Eu te matei uma vez, você acha que não vou te matar duas ou três vezes?” Veneno na ponta da língua, enquanto ele balançava a espada e cortava a cabeça do rei anterior e o chutava de volta para as crateras.

Rowan odiava ver seu pai.

Como terceiro filho, ele nunca foi bem tratado. Seu pai tinha o herdeiro e a reserva, assim ele não era nem mesmo uma reserva para a reserva aos olhos de seu pai, não importava como provasse a si mesmo.

No entanto, o que o levou a fazer o que fez não foi por falta de atenção de seu pai ou como seus irmãos o tratavam mal, era porque ele não suportava as regras de seu pai. Ele fazia o povo de seu reino miserável.

Desde pequeno, Rowan saía do palácio e brincava com os plebeus, já que era fácil para ele fazer isso, porque seu pai não prestava muita atenção nele, ao ponto de não se importar.

Por isso também observou de perto o que as regras de seu pai fizeram ao povo, ao longo dos anos, tentou fazer com que seu pai mudasse de ideia.

Mas a gota d’água foi quando uma família de um amigo próximo foi morta porque não conseguiu pagar o imposto e suas terras foram apreendidas pela realeza e dadas a um dos apoiadores do rei.

Rowan estava furioso.

Raiva era um eufemismo para descrever o que ele sentiu naquele momento, ao assistir como os corpos deles eram deixados na floresta e entregues aos animais selvagens.

Ele e outros amigos os enterraram.

Rowan matou seus dois irmãos mais velhos porque eles não prestavam. Eles tentavam pegar as mulheres do povo e as levavam para a cama, abandonando-as na rua na manhã seguinte.

Muitos diziam que Rowan queria ascender ao trono por causa de sua ambição de ser o rei e talvez estivessem certos, porque havia algo de verdade nisso.

Desde que percebeu, ele não podia ajudar ninguém se não tivesse poder.

“Rowan!” Addie gritou quando a mente de Rowan não estava presente, ele jogou a adaga em direção a ele, mas passou por sua orelha e cortou uma pequena parte dela, mas a mira de Addie era obviamente na criatura atrás dele.

“Você acabou de cortar minha orelha,” Rowan disse, ele tocou sua orelha, estava sangrando, mas já havia tanto sangue em suas mãos nesse ponto.

“Ei, você deveria me agradecer, sabia. Acabei de salvar sua vida!” Addie protestou. “Foque! Não quero que você morra e depois tenha que te matar de novo.” Ele estremeceu, sentindo enjoo de lutar contra essas pessoas mortas.

Contudo, Rowan não era o único que via pessoas que conhecia voltando a viver na pior condição possível.

Porém, Alvorada viu seu filho também… ela viu seu corpinho pequenino, ela não podia acreditar no que via no começo, porque não havia como ele ter morrido quando nem deveria ter nascido nessa linha do tempo.

“De jeito nenhum…” Alvorada estava com dificuldade para se levantar, ela assistiu um dos cavaleiros balançar sua espada em direção ao corpo do menino e empurrá-lo de volta para as crateras. “NÃO!” Alvorada gritou a plenos pulmões, mas Dario a impediu quando ela estava prestes a sair do escudo.

“Calma, o que aconteceu?!” Dario rangia os dentes, a dor ainda era insuportável, mas ele já estava se acostumando.

“Eles mataram meu bebê!” Era o bebê Rex. Seu bebê em sua primeira vida com Zenith. Ela se lembrava dele. Mesmo que fosse apenas um vislumbre.

“Quem? O que? Zade?”

Alvorada temia ainda mais a ideia de que fosse Zade, mas ela negou com a cabeça. “Meu bebê… bebê Rex…”

Dario tentava se lembrar quem era Rex, mas não conseguia se recordar, provavelmente porque a dor e a situação caótica estavam embaralhando sua mente, mas ele lembrou Alvorada de que aquelas pessoas já haviam morrido.

“Você não precisa se sentir mal, Alvorada, eles já morreram, todos eles morreram. Não há nada que você possa fazer.”

Dario estava certo. O bebê Rex havia morrido, mas assistir seu bebê sendo cortado ao meio e empurrado para a cratera, ainda era uma visão devastadora.

No entanto, Alvorada não só viu seu bebê, mas também viu sua mãe… ela chorou muito quando um dos guerreiros ‘matou’ ela também. Ela se lembrava daquele dia em que sua mãe foi morta por um renegado.

Tudo era demais para ela e ela não aguentava mais. Ela queria que isso acabasse…