Noiva Substituta para o Alfa do Norte - Capítulo 135

135: Um grito de frustração 135: Um grito de frustração No dia seguinte, Alvorada estava muito cansada, ela dormiu durante o café da manhã e Zaya lançou um olhar acusatório para seu irmão quando o viu chegando sozinho para tomar café com ela e Zander.

 
“O que você fez com ela até ela ainda estar dormindo agora?”

 
“Nada.” A expressão de Zenith não revelava nada.

 
“Você deveria acordá-la,” Zander entrou na conversa.

 
“Ela está cansada.”

 
“O que você fez para cansá-la assim?”

 
Zenith olhou severamente para seus dois irmãos para silenciá-los. Eles tinham esse café da manhã juntos para discutir sobre algumas coisas, especialmente sobre o veneno e essa seita que o Reino Sagrado acabou de descobrir.

 
Se a mesma coisa que aconteceu no Reino Sagrado aconteceu aqui, onde alguns usuários de mágica perderam a capacidade de usar sua magia, significava que aquela seita maldita havia se espalhado para este continente, mas era difícil rastrear seus movimentos.

 
Isso era ainda mais difícil quando nenhum deles entendia qual o objetivo desta seita. Zenith não teria nenhuma memória sobre isso, já que aconteceu depois de sua morte, mas nem Zaya nem Alvorada se lembram dessa parte da informação, já que ainda não recuperaram totalmente suas memórias.

 
“Precisamos verificar todas as pessoas que vieram e deixaram o continente pelo porto.” Zaya sugeriu.

 
“Será difícil fazer isso. O porto na Alcateia da Luz da Lua é muito movimentado.” Zander rejeitou a ideia. “Precisamos pedir a alguém, em quem podemos confiar, mas que também conheça todos os cantos do porto.”

 
“Eu conheço alguém que pode fazer isso,” Zenith disse. Se havia alguém, só podia ser aquela pessoa.

 
Eles tomaram seu café da manhã no jardim, a visão era rara de se ver, porque os três irmãos raramente estavam juntos, especialmente à medida que cresciam.

 
Seus marcantes olhos azuis que herdaram de sua mãe os faziam parecer muito atraentes, eles pareciam muito vivos, enquanto discutiam questões pesadas de forma leve.

 
Eles haviam sido separados por anos, mas quando estavam juntos, era como se esses anos nunca tivessem acontecido. Sentia-se natural, como se tivessem um ao outro de volta.

 
Contudo, esse momento foi arruinado quando Aurel tentou se intrometer. Ela veio procurar Zaya, mas foi informada de que ela estava tomando café da manhã com seus dois irmãos.

 
Sentindo-se justificada por ser uma deles, Aurel se aproximou dos irmãos, só para ser impedida por Pyro.

 
“Qual é o seu problema?” Aurel estava furiosa quando o beta bloqueou seu caminho. Ela podia ver os três de longe, conversando sobre algo, com um olhar solene no rosto.

 
“Há algo que eu preciso falar com você.”

 
“Você pode falar comigo mais tarde,” Aurel disse, dispensando-o, mas quando estava prestes a se aproximar dos irmãos reais novamente, dois guerreiros a impediram, o que a deixou irada. “Qual o sentido disso!?”

 
“Não faça alvoroço e siga-me, Aurel.” Pyro parecia sério. Sua voz era firme e isso a assustou um pouco.

 
“Sobre o que você quer falar?”

 
“Siga-me,” Pyro disse friamente e sem outra escolha, a curandeira seguiu-o.

 
Assim como Alvorada desejava, Aurel foi proibida de se aproximar do palácio principal e agora, ela seria enviada para a Alcateia da Luz da Lua.

 
“O quê? Você está brincando comigo? Isso nem é engraçado.”

 
“Eu não te contei isso para te fazer rir.”

 
Pyro acabara de dizer a Aurel que ela seria enviada para a Alcateia da Luz da Lua para aliviar a praga que havia lá, já que ela era uma curandeira.

 
Os dois estavam atualmente dentro de uma biblioteca, a sala mais próxima do jardim onde os irmãos reais estavam tomando seu café da manhã.

 
“Que tipo de praga?!” Aurel estava tão irritada que seu rosto ficou vermelho, mas Pyro esperava essa reação dela. “Não há nenhum relatório sobre isso! Aliás, por que eu deveria ser a pessoa que tem que ser enviada? Há Celine e outras curandeiras neste palácio!”

 
Pyro se encostou na estante. “Essa é uma ordem do rei.”

 
Aurel estreitou os olhos. “Isso não é uma ordem do rei, isso é o que Alvorada queria, a maneira como ela queria se vingar de mim pelo meu pedido outro dia, certo?” Pelo menos ela não era tão tola a ponto de perceber isso. “Você não acha que ela é muito vingativa para fazer isso comigo?”

 
Pyro suspirou e então endireitou as costas. “Você partirá amanhã, Aurel. Tudo foi preparado. Você só precisa arrumar suas coisas.”

 
O beta real pôde ouvir o grito de frustração dela quando fechou a porta atrás de si.

 
=============================== 
 
“Sobre Aurel…” Zaya murmurou. Ela olhou para Zander, que estava um pouco pálido, mas no geral, estava bem. Ainda resistente e irritante.

 
“Nós a subestimamos por causa de sua obsessão por Zenith, pensando que ela só estava apaixonada por ele e tentava se aproximar.” Zander completou a palavra que Zaya queria dizer. “Provavelmente iríamos ignorar, se Zenith não trouxesse suas suspeitas sobre ela, já que ela é irritante.”

 
Parecia muito simples, ridículo até, mas eles não queriam lidar com Aurel simplesmente porque ela era irritante. Se pudessem, queriam evitá-la por essa razão tola.

 
Zaya olhou para a cadeira vazia, onde Zenith estava sentado mais cedo. Ele voltou para seu quarto porque precisava acordar Alvorada para que ela não pulasse o café da manhã.

 
“Você acha que está tudo bem em deixá-lo com aquela mulher?” A preocupação estava presente em sua voz. Ela não tinha nada contra Alvorada, ela entendia por que Alvorada matou seu irmão na primeira vida. Ela também queria matá-lo quando soube o que aconteceu. Mas… “A profecia.”

 
“Eu sei.” Zander assentiu. “Eu tentei matá-la, mas ela é sortuda o suficiente para escapar todas as vezes.”

 
Zaya deu a Zander um olhar, mas com um sorriso caloroso nos lábios. “Se você estivesse sério em matá-la, ela não estaria aqui, Zan.”

 
Zander não estava sério em suas tentativas.