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Capítulo 696: Capítulo 696: Nós Amamos Você

Dylan e Savannah gasparam.

Eles estavam em estado de excitação desde que receberam a ligação de Jacob.

Eles nunca esperavam que Greta ainda estivesse viva.

Dois anos atrás, Dylan recebeu uma ligação de um subordinado na Itália. Dizia-se que um chefe da Máfia conhecido como padrinho havia sido morto a tiros em seu escritório, e a suspeita era sua filha adotiva.

Na época, Dylan e Savannah souberam que Greta havia sido adotada pelo padrinho, Barzini, quando ainda era um bebê.

Eles não sabiam por que Greta atirou em Barzini, mas ela devia estar em uma situação perigosa. Ela seria despedaçada se fosse pega pelos homens de Barzini. Dylan imediatamente ordenou a seus homens na Itália que procurassem sua sobrinha e a levassem de volta para LA. Mas antes que pudessem encontrar seu paradeiro, más notícias chegaram: segundo a tripulação de um navio, Greta, após atirar em Barzini, pulou no mar.

Chocados e incrédulos, Dylan e Savannah enviaram pessoas para vasculhar a costa da Itália.

Infelizmente, nada havia sido encontrado nos últimos dois anos.

Eles não esperavam que Greta fosse lançada à costa de um vilarejo de pescadores e sobrevivesse.

“Como ela está agora?” O casal perguntou ao mesmo tempo.

“Não se preocupem,” Jacob os confortou. “Não é nada sério. Greta tem uma boa constituição. Ela está apenas muito fraca por causa de um coma de dois anos. Ela deve se recuperar rapidamente com bons cuidados.”

Eles suspiraram aliviados.

Dylan decidiu voltar para contar a seu pai sobre Greta. Desde que soube que Greta havia pulado no mar, ele hesitou em mencionar a existência de Greta. Se George descobrisse que ele tinha uma neta, mas ela estava morta, ele teria um ataque cardíaco! Por que desapontá-lo depois de dar-lhe esperança? Então ele e Savannah concordaram em não mencionar isso para George.

Agora era diferente. Eles encontraram Greta viva, e eles poderiam contar a George imediatamente.

Ele ficaria muito feliz.

Depois que Dylan deixou o hospital empolgado, Savannah seguiu Jacob para o quarto.

Greta, sentada na cama, deu um pequeno sobressalto quando viu Savannah entrar.

Savannah olhou para a menina com emoção.

Já fazia quase três anos desde que se encontraram pela última vez no armazém em Milão.

O menino frio que havia atirado em Dylan impiedosamente agora se tornara uma garota adolescente.

Ela parecia mais jovem e mais magra que seus colegas. Sua pele estava pálida e descorada, e seu cabelo estava murchado.

Savannah sentou-se em uma cadeira ao lado da cama. Ela estava tão angustiada que não conseguiu evitar pegar na mão dela, sussurrando, “Você sofreu demais, Greta. Sinto muito seu tio e eu não termos te levado para casa mais cedo.”

Greta parecia não estar acostumada com o cuidado dos outros e afastou a mão.

Jacob sorriu e disse em um tom gentil, “Greta, você não se lembra dela? Ela é Savannah, sua tia.”

Greta mordeu o lábio. Ela se lembrava, claro, de ter sequestrado a mulher à sua frente.

Savannah podia ver que ela ainda se sentia um pouco culpada pelo que havia feito a eles.

“O passado é o passado,” Savannah disse suavemente, “Temos certeza de que você não teve a intenção. Dois anos atrás, você voou para LA e veio ao nosso casamento, certo? Você nos deu um colar como presente, não foi? Nós aceitamos o presente e aceitamos seu pedido de desculpas no cartão. Esqueça isso e, a partir de agora, você tem uma família. Vamos morar juntos, e nós cuidaremos bem de você, certo?”

“Família…” Greta murmurou.

“Somos uma família, Greta, nós te amamos,” Savannah murmurou palavras de incentivo. “Você tem um avô, um tio, uma tia e primos. Ah, sim, você viu seu primo. No dia do casamento, você entregou pessoalmente o colar para ele. Ele não parava de falar sobre você. E sua priminha de um ano. Ela tem seus olhos e seu nariz.”

Greta olhou para Savannah, e seus olhos ficaram úmidos.

Era tão bom ter uma família.

Ela conheceu o sabor da felicidade pela primeira vez.

***

Foram duas horas depois quando George chegou ao hospital.

Ele não podia acreditar em seus ouvidos quando Dylan lhe contou sobre Greta.

Seu filho mais velho teve uma filha póstuma.

Além de Kaiden e Sheila, ele tinha outra neta?

Entre o espanto e a alegria, ele mal conseguia dizer uma palavra durante todo o caminho.

No quarto, no momento em que viu Greta, não pode evitar ficar com os olhos vermelhos.

A garota na cama se parecia com Geoffrey. Sem um teste de DNA, ele ainda podia ter certeza de que ela era do sangue dos Sterlings.

Dylan havia lhe contado grosseiramente sobre a experiência de Greta.

George sentiu-se mal por ter falhado na proteção da garotinha.

Ele se aproximou e quis abraçar Greta, mas hesitou com medo de quebrar algo precioso.

Greta sabia que o velho homem à sua frente era seu avô. Ela olhou para ele, seus lábios tremendo de emoção.

Savannah quebrou o constrangimento, sussurrando, “Greta, este é seu avô.”

George prendeu a respiração e disse gentilmente, “Seu nome é Greta, certo?”

Greta assentiu, recuando como se não conseguisse resistir ao chamado terno do velho homem.

George sentiu-se mais triste ao ver sua covardia.

“Sinto muito, Greta. Você deve me culpar. Eu me repreendi muito também. Desde que seu pai morreu, eu me culpei e me arrependi de ter separado seus pais… Depois de uma discussão comigo, seu pai sofreu um acidente de carro, e sua mãe foi embora em silêncio com você na barriga. Se não fosse por mim, você não teria vagado num país estrangeiro e sofrido tudo isso… De qualquer forma, é tudo minha culpa. Sinto muito, Greta, sinto muito…”

Dylan e Savannah sabiam como era difícil para George, o chefe da família, se humilhar tanto para uma garotinha.

George valorizava essa neta, e ele queria consertar o relacionamento com ela.

Greta parecia estar passando por uma luta silenciosa. Ela fechou suas mãos e não falou por muito tempo.

George pensou que ela ainda não podia perdoá-lo, e ele não queria pressioná-la. Dando dois passos para trás em silêncio, ele disse a Dylan e Savannah para cuidarem dela e pretendia sair primeiro.

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