Necromante Mais Forte do Portão do Céu - Capítulo 844

844: O Poder da Fé [Parte 2] 844: O Poder da Fé [Parte 2] “Devastar!” Leonidas bradou. “Filho de Hércules!”

“Perfure o Vazio!” Lux gritou. “Lança de Longinus!”

Dois poderosos ataques se chocaram, criando um barulho estridente que quase fez todos no coliseu tamparem os ouvidos.

O chão sob os pés de Leonidas estilhaçou, e sangue fluía do canto de seus lábios. Mas ele se manteve firme e encarou fixamente a ponta da lança gigante que ameaçava apagar sua própria existência.

A única coisa que impedia que isso acontecesse era a lança indestrutível em sua mão, que se mantinha firme apesar do fato de que a arma contra a qual lutava era inúmeras vezes maior do que ela.

De repente, o som alto de algo quebrando chegou aos ouvidos de Leonidas.

Atrás de suas costas, ele ouviu um dos Escudos Dourados se quebrar, e logo em seguida, outro.

Alguns segundos depois, mais três escudos explodiram em um jorro de luzes. Essas partículas de luz voaram em direção a Leonidas como se passassem a ele seus desejos.

Dez segundos mais tarde, mais vinte escudos explodiram.

Naquele exato momento, uma névoa de sangue irrompeu do lado direito de Leonidas.

Sangue saía dos poros de seu corpo como se fosse espremido de dentro dele.

Era doloroso, mas Leonidas não prestou atenção e se manteve firme, apesar de lidar com uma força tão forte que o chão sob seus pés estava se partindo, criando uma cratera em expansão enquanto o Líder Mercenário se segurava com tudo que tinha.

Os Escudos Dourados atrás de suas costas agora haviam se tornado vermelho sangue, e três a cinco deles explodiam a cada segundo que passava.

Mesmo assim, a cada escudo que explodia, as luzes dos escudos restantes ficavam mais brilhantes, até que se tornaram quase cegantes.

A aura em torno do corpo de Leonidas agora também se tornara carmesim, refletindo o sangue que escorria de quase todos os poros do seu corpo.

250 Escudos.

238 Escudos.

194 Escudos.

135 Escudos.

99 Escudos.

77 Escudos.

69 Escudos.

41 Escudos.

28 Escudos.

13 Escudos.

4 Escudos.

1 Escudo.

O último escudo restante nas costas de Leonidas rachou lentamente ao atingir seu limite.

Esse era também o momento que Leonidas estava esperando.

No momento em que o último escudo se quebrou, os olhos de Leonidas, que brilhavam um carmesim intenso, brilharam ainda mais.

“Desafiar os Céus!” Leonidas rugiu. “Batalha de Termópilas!”

De repente, a lança na mão do Líder Mercenário lentamente empurrou a Lança de Longinus para trás.

Leonidas deu um passo à frente como se estivesse pisando em um degrau, ganhando lentamente, mas com certeza, impulso enquanto empurrava a Lança Gigante que o havia transformado em uma bagunça sangrenta.

Os Agarthianos assistiam com o fôlego preso enquanto viam inúmeros Guerreiros Etéreos empurrando Leonidas para trás, estimulando-o a seguir em frente.

A cada passo que o Líder Mercenário dava, Guerreiros Etéreos, segurando escudos, ajoelhavam-se e criavam uma plataforma pela qual ele podia caminhar, suportando o peso do homem que agora lutava enquanto as brasas de sua vida queimavam até se extinguirem.

De repente, um jovem se levantou na multidão e gritou com todo o seu poder.

“Leonidas! Vai!”

Esse grito se espalhou por todo o Coliseu, tirando todos de seu transe.

Logo, incontáveis gritos permearam toda a arena enquanto inúmeros Agarthianos despejavam seus corações, chamando apaixonadamente o nome do homem que desafiava todas as expectativas.

“Não perca! Leonidas! Vença-o!”

“Você consegue! Vai!”

“Lute! Não perca a esperança!”

“””Leonidas!”””
“””Leonidas!”””
“””Leonidas!”””
“””Leonidas!”””
Aclamações irromperam novamente, e com elas, Leonidas deu um passo dolorido de cada vez, subindo mais e mais, empurrando a lança gigante para trás enquanto continuava a caminhar em direção à joia azul no peito do Rei Esqueleto, onde seu inimigo atualmente estava.

O atual Leonidas estava encharcado com seu próprio sangue da cabeça aos pés, e ele já não conseguia ver o que havia à sua frente.

Entretanto, as mãos que o empurravam pelas costas, e os gritos das pessoas que torciam por ele o impeliram para a frente.

Até mesmo o Rei Septímio, que estava sentado no lugar de maior honra, tinha os punhos cerrados, enquanto silenciosamente incitava o Líder Mercenário em seu coração a criar um milagre.

Após o que pareceu uma Eternidade, Leonidas havia rompido o abismo intransponível e estava apenas a alguns metros de distância do cristal azul.

Lux, que estava dentro dele, observava o incrível homem, que havia desafiado todas as probabilidades para alcançá-lo.

Quando o Líder Mercenário chegou à cintura do Rei Esqueleto Gigante, Lux cessou seu ataque, pois sabia que Leonidas já não podia mais suportar a força de sua Arma Divina.

Como alguém que havia desafiado os Céus e se tornado o Progenitor de uma Classe Sagrada, ele queria ver o poder da Fé se manifestar diante dele.

Por Leonidas ter conseguido empurrar a Lança de Longinus para trás até chegar à área da cintura do Rei Esqueleto Gigante, o Meio-Elfo estava profundamente impressionado com sua tenacidade.

Alguns minutos depois, um som de tilintar fraco chegou aos ouvidos de todos.

O Coliseu estava tão silencioso que até o menor dos sons podia ser ouvido.

“Eu… alcancei… você?” Leonidas perguntou roucamente.

“Sim,” Lux respondeu com um tom cheio de admiração. “Você me alcançou.”

A ponta da lança de Leonidas finalmente tocou a joia azul no peito do Esqueleto, mas não havia mais nenhuma força por trás disso.

O som anterior era como o som de dois cálices de vinho se tocando, partilhado entre dois velhos amigos que não se viam há muito tempo.

Um sorriso fraco apareceu nos lábios ensanguentados de Leonidas enquanto toda a força em seu corpo desaparecia como se finalmente desistisse dele.

Ele havia feito o que deveria fazer, e agora… ele finalmente poderia descansar.

“Eu… reservarei um lugar… para você… no Inferno,” Leonidas disse suavemente. “Certifique-se… de trazer… bom vinho… para mim.”

“O Inferno pode esperar um pouco,” Lux respondeu. “Ainda tenho promessas a cumprir e milhas a percorrer antes de dormir.”

Os Guerreiros Etéreos que haviam ajudado Leonidas a chegar ao seu destino todos desapareceram, e com eles, o Líder Mercenário caiu do céu.

Porém, seu corpo nem mesmo tocou o chão, pois um certo Caixão Negro o pegou cuidadosamente como se ele fosse algo muito precioso.

Seria um desperdício um homem tão corajoso desaparecer completamente deste mundo.

Mesmo que os Deuses permitissem…

Fogo Negro não permitiria!

Lux sorriu para o Caixão Negro, que começou a engolir avidamente os 250 Rankers restantes que haviam materializado na arena após a queda de Leonidas do céu.

Michael, que era o organizador do evento, tentou impedir isso porque os Rankers ainda estavam vivos e apenas meio-mortos. Depois de uma luta tão incrível, ele decidiu que iria se dirigir ao Rei de Agartha para poupa-los e deixá-los continuar lutando como Gladiadores.

Entretanto, o Caixão Negro não permitiu que ninguém interrompesse, então deu um golpe em Michael e o jogou para longe da direção contrária à arena.

Depois, libertou diversos tentáculos negros parecidos com gavinhas de seu corpo, que se prenderam a todos os Rankers que estavam deitados impotentes no chão, incapazes de fazer qualquer coisa.

Fogo Negro então puxou todos os Rankers para dentro dele antes de desaparecer completamente.

Foi assim que a Luta até a Morte entre os 300 Gladiadores e Lux terminou, tornando-se a mais memorável Batalha dos Gladiadores em Agartha, que seria lembrada por anos a vir.