Necromante Mais Forte do Portão do Céu - Capítulo 825

825: Todas as Coisas Boas Devem Pertencer à Família. 825: Todas as Coisas Boas Devem Pertencer à Família. “Todos vocês estavam tão arrogantes antes, até zombando de mim,” Piccoro disse com desprezo. “Cadê essa arrogância agora, hein?!”

“E-Eu sinto muito! Eu cometi um erro terrível!” um dos Santos do Reino de Reika respondeu enquanto o Nascido do Dragão pisava em sua cabeça, a esfregando no chão.

“Desculpe?” Piccoro riu. “Você acha que o seu pedido de desculpas é suficiente para eu perdoar você? Tolice. Você acha que o Palácio de Cristal esqueceria facilmente daqueles que tentaram apunhalá-los pelas costas?”

O Nascido do Dragão de escamas negras aumentou o peso que colocava no pé, fazendo o chão sob a cabeça do Santo se estilhaçar.

“Nossa, ele está fazendo muito bem o papel de vilão,” Lux murmurou enquanto olhava para Cethus, que observava seu tio com admiração. “Você parece bem feliz agora. Ver seu tio pisando na cabeça de um Santo te excita?”

“Hah~ isso é uma coisinha à toa, Lux,” Cethus respondeu. “O lema da nossa família é pisar nos outros enquanto eles estão caídos! Ao contrário desses fracotes que só intimidam os fracos e temem os fortes, nosso Clã trata todos igualmente. Contanto que sejam nossos inimigos, e desde que não sejam Supremos, nós pisaremos neles, especialmente quando estiverem mais vulneráveis!”

“…Nossa.” O canto dos lábios de Lux se contraiu após ouvir o lema da família de Cethus. “Contanto que não seja um Supremo, todos são alvos legítimos, certo?”

“Claro,” Cethus respondeu. “Está bobo? Supremos podem me matar com um espirro. Quanto ao meu Tio, um único tapa o transformaria em pasta de carne. Por que iríamos procurar confusão com eles? Enquanto forem Santos e abaixo, meu Tio e Vovós podem pisar neles quantas vezes quiserem. Eles são apenas Santos, sabe?”

O Avô do Cai, Maximiliano, riu alto após ouvir as palavras de Cethus.

“Eu gosto desse Nascido do Dragão,” Maximiliano disse. “Meu hobby também é pisar nos outros enquanto eles estão caídos.”

“Bem, para um Morador das Terras Baixas, você entende do assunto,” Cethus olhou para Maximiliano como se encontrasse um espírito afim. “Ainda bem que estamos do mesmo lado. Eu gosto de pessoas fortes como você.”

“Hahaha! Que coincidência. Eu também gosto de pessoas fortes.”

“Vamos nos dar bem, velho. A propósito, pode me chamar de Cethus.”

“Eu sou Maximiliano, o Vovô do Cai.”

Lux observou enquanto o velho homem e o Nascido do Dragão apertaram as mãos. Os dois então riram juntos enquanto Piccoro pisava na cabeça do Santo, que Gaap havia liberado temporariamente para ser interrogado.

Os outros Santos estavam presentes, e todos estavam amarrados pelo poder do Antero, impedindo-os de escapar.

“P-Por favor, o que eu posso fazer para compensar o meu erro?” o Santo do Reino de Reika implorou. “Eu farei qualquer coisa! Além disso, por favor, poupe meu Reino dos meus pecados. Eu fiz isso por conta própria.”

Piccoro gargalhou como o vilão de segunda que era e chutou o corpo do Santo até ele ficar voltado para cima.

“Eu gosto dos anéis nos seus dedos,” Piccoro disse. “Dê-os para mim. Claro, você pode recusar. Eu só vou arrancá-los do seu corpo morto. A propósito, você já sabe que esse rapaz aqui e aquele Halfling ali são Necromantes, certo? Tenho certeza que eles farão bom uso do seu cadáver uma vez que estiver morto.”

Diante da ameaça de morte, o Santo do Reino de Reika, bem como os outros Santos que foram feitos prisioneiros, todos estremeceram internamente.

Uma vez que eles só tinham uma opção para sobreviver, perder as posses dentro de seus anéis de armazenamento era muito melhor do que perder suas vidas.

O Santo do Reino de Reika entregou todos os anéis que possuía para Piccoro, fazendo o Nascido do Dragão sorrir maliciosamente.

O Santo do Reino de Reika pensou que o pior havia passado, mas ele estava terrivelmente enganado em sua suposição.

“Agora, por favor, assine este contrato de servidão,” Piccoro entregou ao Santo um pergaminho mágico. “Não se preocupe, isso não é um contrato de escravidão. Você só terá que fazer alguns recados em prol do nosso Palácio de Cristal e fazer o que mandarmos por um ano. Depois disso, você recuperará sua liberdade. Repito, isso não é um contrato de escravidão, mas um contrato de servidão, ok?”

As mãos do Santo tremeram enquanto ele lia o conteúdo do “Contrato de Servidão” de Piccoro.

“S-Senhor, você disse que eu só faria alguns recados por um ano,” o Santo do Reino de Reika disse com voz trêmula. “Mas, aqui diz 10 anos. Tem algum erro??”

“10 anos?” Piccoro arqueou uma sobrancelha. “Ah, eu devo ter escrito errado. No entanto, já que está escrito como 10 anos, então vamos seguir isso. Você é um Santo, não é? Você tem uma vida muito longa pela frente. 10 anos não é nada para você, certo?”

“M-Mas…”
“Então você prefere morrer? Ok. Bom. Podemos fazer isso também.”

“Eu vou assinar!”

Lux, que estava assistindo a isso, não podia deixar de se perguntar por que Piccoro sempre parecia ter Contratos de Servidão consigo. Talvez, o Nascido do Dragão de escamas negras tivesse esse hobby de forçar outros a se tornarem submissos a ele.

De repente, o corpo de Lux estremeceu quando ele se lembrou de algo.

Piccoro o estava esperando do lado de fora dos Portões dos Caídos por um mês. Se ele tivesse saído do Calabouço pela via normal, também teria sido forçado a assinar esse Contrato de Servidão?

‘Ele não teria feito isso, certo?’ Lux pensou, enquanto olhava ansiosamente para o Santo do Palácio de Cristal.

No exato momento, Piccoro também olhou em sua direção e sorriu.

‘É realmente uma pena que eu não tenha pego esse moleque de volta no Portão dos Caídos,’ Piccoro pensou. ‘Se o fizesse meu servo, não estaria desfrutando dos benefícios de tê-lo como meu subordinado?’
O que Piccoro não sabia era que Eiko conseguia ouvir automaticamente os pensamentos de outras pessoas que tinham más intenções em relação a ela e seu Papai.

Esta habilidade também era compartilhada com Lux, então o Meio-Elfo conseguia ouvir os pensamentos mais íntimos do Nascido do Dragão.

‘Parece que consegui desviar de uma bala.’ Lux suspirou internamente. ‘O tio do Cethus é um personagem muito problemático.’
Após o primeiro Santo ser forçado a assinar o contrato, os outros Santos também entregaram suas posses e concordaram em servir ao Palácio de Cristal por 10 anos.

Lux estava de acordo com esse arranjo, pois o Palácio de Cristal o ajudou muito desta vez.

“Tio, você pode me dar alguns desses anéis que você pegou?” Cethus perguntou a Piccoro com um sorriso no rosto. “Não seja mesquinho, tá? Se você for, eu vou contar para a Vovó sobre isso. Tenho certeza que você vai esquecer de contar a ela a parte sobre você garantindo recursos para o Palácio de Cristal.”

“Hã? Quem você acha que eu sou?” Piccoro deu um tapa na cabeça de Cethus fazendo o último gritar de dor. “Minha lealdade é apenas ao Palácio de Cristal. Mas, já que você é meu sobrinho, eu te darei este anel… Um, este anel tem muitos recursos dentro dele. Isso é bom demais para você. Deixe-me olhar os outros e ver qual deles tem menos itens dentro…”

Piccoro então examinou todos os anéis de armazenamento que ele havia extorquido de seus novos servos antes de entregar um a Cethus.

“Certifique-se de não contar para sua Vovó sobre isso, tá?” Piccoro sussurrou no ouvido de Cethus. “Todas as coisas boas devem pertencer à família. Vamos manter esse negócio paralelo em segredo, tá?”

“Eu quero alguns Equipamentos Lendários. Meus lábios ficariam selados.”

“Tsk, seu moleque. Quando foi que você aprendeu a ser sem vergonha? Ok, pegue estes Sapatos Lendários. Eles têm atributos decentes. Certifique-se de manter seus lábios selados como prometeu, tá?”

“Tio, você é realmente o melhor!”

Os outros Santos do Palácio de Cristal, que tinham visto e ouvido a dupla de Tio e Sobrinho sem vergonhas, desviaram o olhar com vergonha.

Piccoro havia conseguido as posses dos Santos, o que não era pouca coisa.

Contudo, vendo sua atitude, parecia que ele estava sério em ficar com todas elas para si em vez de adicioná-las ao tesouro do Palácio.

“S-Sua Alteza, isso…,” um dos Santos sussurrou no ouvido de Aur.

“Não se preocupe,” Aur respondeu. “Eu vou contar para minha Tia mais tarde.”

Os outros Santos então olharam para Piccoro com risos nos olhos. Nenhum deles ousou contar ao seu Mordomo sobre a extorsão de Piccoro. No entanto, se fosse o Príncipe que fizesse, até o arrogante Nascido do Dragão não teria escolha senão entregar os “bens confiscados” que ele havia coletado para serem adicionados ao Tesouro do Reino.

Com isso, os Seis Santos que se aliaram ao Exército Divino da Luz estavam sob o controle do Palácio de Cristal.

Agora que seus perseguidores haviam recuado, sua jornada continuou sem mais contratempos.

Vera, Alexander e Maximiliano permaneceram na Ilha Flutuante até que ela alcançasse o território do Palácio de Cristal antes de retornarem às suas funções.

Agora que a segurança de Lux estava assegurada, eles podiam se concentrar em suas próprias tarefas sem se preocupar com uma poderosa organização caçando seu familiar, que carregava muitos fardos sobre os ombros.