Necromante Mais Forte do Portão do Céu - Capítulo 1048

Capítulo 1048: Em Busca Da Felicidade

Cinco dias haviam se passado desde que a Princesa Anastasia e Nevreal visitaram a Sede da Guilda do Portão do Céu.

Desde então, a Princesa Anã costumava usar a função Bate-Papo da Guilda para conversar com Lux sempre que estava livre.

Para ela, essa era a oportunidade perfeita para se aproximar de Lux e conversar com ele a qualquer momento.

Como o Meio-Elfo não podia sempre visitar o Reino de Gweliven para vê-la, ela decidiu tomar a iniciativa de fortalecer seus laços e conhecê-lo melhor.

Suas conversas duravam poucos minutos no máximo, mas esses poucos minutos eram muito preciosos para a Princesa Anã.

Simplesmente ouvir a voz do Meio-Elfo e falar com ele sobre coisas triviais, como o que ele havia comido, o que estava fazendo e o clima, era o suficiente para fazê-la feliz.

Lux também gostava dessas breves conversas com a Princesa Anastasia e fazia algumas perguntas a ela em retorno.

Claro, as outras damas ouviram sobre isso, então também começaram a usar a função Bate-Papo da Guilda ao máximo.

Valerie, Aurélia, Ali, Ari e Aurora, frequentemente conversavam com Lux em privado. Às vezes, o Meio-Elfo até conversava com várias garotas ao mesmo tempo.

Na verdade, elas até criaram suas próprias salas de bate-papo para esse propósito.

Valerie, Aurélia, Aurora, Ali e Ari, frequentemente conversavam com Lux na sala de bate-papo que nomearam, Membros Favoritos do Harém de Lux, o que quase o fez engasgar quando foi convidado a entrar.

Claro, quem teve essa ideia foi a travessa criada, Ari.

No entanto, como o nome soava bem, Valerie, Aurélia, Aurora e Ali aceitaram relutantemente.

Todas elas queriam saber mais sobre ele, e ele também queria saber mais sobre elas.

Nos últimos cinco dias, Lux descobriu muitas coisas sobre suas amantes que o fizeram se apaixonar por elas novamente.

Ele especialmente adorava as histórias de Ari sobre Valerie e Ali, que fizeram as duas meninas se unirem contra a travessa criada, impedindo-a de contar a Lux sobre seus momentos mais embaraçosos.

Aurélia também ficou muito feliz em saber mais sobre suas Irmãs Dragão e Aurora, que amavam o mesmo homem que ela escolheu como sua pessoa especial.

Quanto mais ele conversava com suas amantes, mais próximo se tornava delas.

Mesmo Aurora, que não tinha boas lembranças enquanto estava presa no Santuário Interno, gradualmente se abriu e compartilhou suas memórias sobre sua irmã e sua mãe.

Lux ainda não havia contado a Aurora que a Rainha Bianca agora estava dentro de Fogo Negro, em recuperação.

Sua alma estava ficando mais forte a cada dia graças ao núcleo do Dragão de Cristal que o Fogo Negro estava usando para nutrir sua alma.

Uma vez que sua alma estivesse completamente recuperada, Lux planejava procurar o vaso perfeito que poderia ser usado para ajudar sua sogra a reformar seu corpo.

Lux sabia que só tinha uma chance remota de encontrar um Serafim Caído ou qualquer outra existência superior que pudesse ser potencialmente usada para reviver a Rainha, mas Lux não estava perdendo a esperança.

Ele queria que a mãe de Aurora tivesse um corpo forte que permitisse que ela retornasse ao mundo dos vivos e abraçasse suas amadas filhas novamente.

Por enquanto, ele planejava manter isso em segredo e dar à bela de cabelos rosados o melhor presente que ele poderia dar a ela nesta vida.

Enquanto suas amantes continuavam suas conversas com ele, finalmente abordaram o assunto sobre sua família.

Claro, ele mencionou que foi adotado por sua avó, Vera, e se tornou meio-irmão de Íris depois de ser registrado como filho de Alexander.

Valerie perguntou inocentemente a Lux sobre sua mãe, querendo saber como ela era.

A Princesa Dragão realmente amava sua mãe e frequentemente confidenciava a ela coisas que nunca poderia contar ao seu pai.

Claro, Valerie havia ocultado a informação sobre Lux se tornar seu amante porque Ali e Ari a alertaram de que não era o momento certo para revelar essa informação aos seus pais.

Lux, que foi perguntado sobre isso, ponderou um pouco.

Sua mãe de sua vida passada frequentemente o chamava de “erro” e alguém que “não deveria ter nascido”.

Claro, o Meio-Elfo não poderia compartilhar isso com sua amante inocente, que poderia se sentir triste ao saber a verdade.

Então, Lux se lembrou da mãe do corpo que ele possuía ao chegar no mundo de Solais.

Ele lembrou como a jovem Elfa chorou ao segurar amorosamente a cesta que continha seu bebê morto.

Ela até lhe deu um nome, embora ele já estivesse morto.

Lux.

O nome significava Luz.

Talvez, a Elfa quisesse que seu filho se tornasse a luz da sua vida, por isso deu-lhe este nome.

“Minha mãe e eu… fomos separados ao nascer,” Lux respondeu à pergunta de Valerie. “Devido a circunstâncias, ela foi forçada a se separar de mim. No entanto, estou certo de que ela me ama muito.”

“Oh, não, Valerie está chorando,” Ari afirmou. “Parece que ela se sente triste por você ter sido separado de sua mãe.”

“Lux, espero que você se reencontre com sua mãe,” Valerie disse depois de recuperar a compostura. “Tenho certeza de que ela sempre pensa em você.”

“… Un,” Lux respondeu. “Eu também espero por isso.”

O Meio-Elfo suspirou em seu coração ao se lembrar daquela cena que aconteceu dezoito anos atrás.

A bem da verdade, o dia em que completou dezoito anos foi em meio à sua conquista em cadeia dos territórios que tinham se aliado ao Exército Divino da Luz.

Ele havia completamente esquecido disso naquela época, e se não fosse pelo incitamento de Íris para que comemorassem, mesmo que tarde, Lux poderia simplesmente ter ignorado completamente.

Sim.

Lux agora tinha dezoito anos e já havia superado os Ranks de seus pares que haviam começado antes dele a ir para o mundo de Elysium.

No espaço de dois anos, Lux havia experimentado muitas coisas no mundo de Elysium.

Ele conheceu muitas pessoas importantes que lhe ensinaram muitas lições valiosas na vida.

Ele também conheceu seus amores, que o fizeram sentir-se o homem mais feliz e sortudo do mundo.

Conheceu seu Mestre, Gaap, que se tornou um de seus modelos de vida.

Ele riu.

Ele chorou.

Ele sentiu raiva.

Ele sentiu desespero.

Mas, mais do que tudo, ele se sentiu amado.

Amado por seus amores, família, amigos e conhecidos, que se tornaram parte de sua vida.

Depois que sua conversa com seus amores terminou, Lux visitou a tumba de seu Mestre e falou com ele sobre as coisas que havia experimentado desde a última vez que o visitou.

Embora soubesse que a alma de seu Mestre já havia deixado de existir, ele ainda sentia que compartilhar suas experiências com uma das pessoas que o tratou como família era algo que precisava fazer.

Fazendo isso, ele também foi capaz de liberar a emoção acumulada em seu coração ao confidenciar seus sentimentos ao seu Mestre, que costumava ouvir suas preocupações com um sorriso ciente no rosto.

Embora seu Mestre não piscasse ao realizar um genocídio unilateral, ele era, na verdade, muito caloroso com as pessoas de quem se importava.

“As melhores e mais belas coisas deste mundo não podem ser vistas nem ouvidas, mas devem ser sentidas com o coração.

“Para dar um significado à vida, deve-se ter um propósito maior que si mesmo. Acho que é o que todos deveriam buscar na vida, perseguindo a felicidade, mesmo que seja passageira como as nuvens no céu.”

Lux estava com os olhos marejados enquanto olhava para o túmulo de seu Mestre.

Ele sentia muita falta de seu Mestre, e um de seus maiores arrependimentos na vida foi não ver o Halfling segurar seus filhos depois que eles nasceram.

Gaap pode ter tentado esconder, mas ele realmente amava a ideia de fazer parte de uma família.

Ele tinha perdido tudo quando era jovem, e se não fosse por Hereswith, ele poderia ter morrido ao lado de sua família.

“Vou te ver em breve, Mestre,” Lux disse enquanto acariciava levemente a lápide. “Há alguém que quero encontrar agora.”

Depois de dizer essas palavras, Lux se transformou em partículas de luz e retornou a Solais.

Embora ele não precisasse fazer isso, queria dar um desfecho aos sentimentos que pesavam em seu coração, desde que ele recebeu uma segunda chance na vida.