271: Fofa Mas Agressiva 271: Fofa Mas Agressiva Os dois homens Dryadalis arfaram e recuaram em medo, como se estar no mesmo cômodo que eu resultasse em um acasalamento. Quer dizer, não é como se eu pudesse dizer que isso nunca aconteceu, mas acho que meus genes teriam escolhido melhores espécimes.

— Não se preocupem, vocês não serão escolhidos — disse Da’kea, com uma risada, falando pela primeira vez desde que entramos na sala.

Observei os dois homens à minha frente se olhando enquanto bolavam um novo plano. Eu ainda seria morta pelo ‘bem maior’? Seria interessante saber onde eles se posicionavam. Infelizmente para eles, não importava qual plano elaborassem, eu ainda teria um melhor.

— Não vamos ser colocados na mesma situação de antes — resmungou Orzoth, tomando finalmente uma decisão. Ele acenou para seu segundo e, antes que alguém pudesse reagir, a pistola a laser disparou um feixe em minha direção.

Sorri enquanto levantava minha mão, garantindo que Da’kea e Tha’juen não se movessem. Eles sabiam que isso poderia ser uma possibilidade, e eu havia avisado antes para não interferirem.

Como previsto, meus brincos piscaram uma vez, e o feixe destinado a mim foi imediatamente refletido de volta para o homem com a arma em sua mão.

Soltei uma risada baixa enquanto Orzoth se levantava com medo, enquanto seu segundo caía no chão.

— Que pena — disse eu, com mais um suspiro. Seria muito bom se as pessoas parassem de me decepcionar o tempo todo. — Mas, pensando bem, acho que foi o melhor resultado possível para ele. Ele teve uma morte fácil.

Orzoth se virou para me olhar. A pura raiva que apareceu em seu rosto poderia ter assustado alguém que o conhecesse, mas eu simplesmente achava engraçado. — Meu plano original era enviar você para a Princesa, mas ela não gosta de comer coisas que já estão mortas. Minha garota prefere fazer sua própria caça.

Não houve reação do homem Dryadalis, como eu esperava. Eu não sabia se a tristeza dele era por ter perdido seu segundo ou seu amante, mas de qualquer forma, isso não me envolvia nem um pouco. Se ele pensava que iria se vingar, ele tinha outra coisa por vir.

Eu queria minha vingança primeiro. Talvez em sua próxima vida, ele conseguisse triunfar em obter sua vingança, mas não nesta.

— Princesa é minha rainha Istar — expliquei a ele como se ele tivesse respondido ao meu comentário anterior. Levantando, caminhei da minha cadeira do outro lado da mesa para a que ele acabara de desocupar. Olhei para a cadeira de escritório muito padrão; soltei um resmungo de descrença.

Sério. Eles não entendem que só de serem alienígenas do espaço exterior, eles precisam de móveis de escritório mais legais?

Eu ia sentar na cadeira dele, mas a ideia mesmo de sentar em algo em que ele acabara de estar era o suficiente para me revirar o estômago.

De novo, muitas coisas estavam revirando meu estômago nesse momento.

Empurrei-o para que se sentasse e me acomodei na beira de sua mesa. Inclinando-me para a frente, estudei o homem.

— Você fez muitas coisas que não deveria ter feito — disse eu, suavemente. Virando-me, peguei o que parecia ser um laptop e o abri para ele.

Ele olhava entre mim e o dispositivo em minhas mãos e deu um pulo leve quando o rosto humano de Jun Li apareceu na tela.

— Está pronto para mim? — ele perguntou, olhando para o canto da tela como se pudesse me ver.

Orzoth engoliu em seco e seguiu o olhar de Jun Li.

— Sempre — assegurei o AI. — Ah, e você não precisa se preocupar com o Stargazer no seu sistema mais. Jun Li assumiu o controle, e garanto que ele é muito melhor em gerenciar as coisas do que a Pippa ou o Stargazer jamais foram.

De repente, a tela piscou e quinze janelas menores apareceram.

— Oh, quem são estes? — perguntei como se não fizesse ideia. Tenho certeza de que o sorriso em meu rosto contava uma história completamente diferente, no entanto.

Orzoth engoliu em seco, mas de resto não emitiu som algum.

— Ele está apertando o botão de pânico — disse Jun Li pelos alto-falantes. Orzoth empalideceu mais uma vez e olhou para o teto como se pudesse ver Jun Li. — Você pensaria que depois de apertá-lo 18 vezes e ninguém chegar, ele entenderia que não está funcionando.

— Quer dizer, você poderia deixar os guardas entrarem — disse eu, com um encolher de ombros. — Mas aí Orzoth estaria chamando eles aqui para morrer, e isso seria maldade. Ou será que você se esqueceu que eu vim com dois Saalistaja que você podia ver? — Inclinei-me para a frente até minha boca estar bem ao lado da orelha pontuda do Dryadalis. — E um que você não podia.

O olhar de pânico puro me fez rir, e pude ver o pulso em seu pescoço batendo freneticamente.

— Agora, onde estávamos? — perguntei, voltando minha atenção para as telas. — Ah sim, seus amigos. Você sabe o que vai ver? Devo contar?

Orzoth começou a balançar a cabeça freneticamente, fazendo-me rir de novo. Awe, este cara era realmente bastante engraçado quando ele queria.

— Um dos maiores componentes do meu plano para derrubar a Aliança era usar a Colmeia e assassinar todos em uma posição de autoridade ao mesmo tempo. Com eles mortos, eu poderia dissolver a Aliança sem problemas. Mas você sabe o que dizem sobre planos.

Franzi o nariz. Ainda estava um pouco irritada por a rainha da Colmeia não ter concordado em trabalhar comigo, mas essa era a prerrogativa dela.

A minha era matar tantas pessoas quanto eu pudesse agora.

O que mais eu poderia dizer? Acordei da minha soneca me sentindo particularmente fofa e irritada.

O fato de Raguk cheirar a outra fêmea foi o suficiente para me fazer vermelha de raiva. Mas eu fui razoável. Ouvi o argumento dele e concordei que, já que ele a alimentou para a Princesa, ele estava livre de culpas. Mas isso não significava que eu não queria ver sangue derramado hoje.