255: Suficientes por Nós Mesmos 255: Suficientes por Nós Mesmos “Quem?” Eu perguntei, o desejo turvando meu cérebro enquanto tudo que eu podia ver e sentir era o homem gigante que me segurava.

“Prata é a Lua,” suspirou Jun Li, claramente contrariado. Eu não sabia qual era o problema dele, mas claramente tinha algo a ver comigo.

“Não faço ideia de quem seja,” admiti, puxando Raguk para mais perto. Esticando-me o quanto podia, lambi uma de suas presas, fazendo com que ele tensionasse os músculos ao meu redor.

“É um amigo,” grunhiu Meia-noite, claramente tão feliz com a interrupção quanto eu. “E meu segundo em comando. Ele deve ter algumas informações sobre onde encontrar uma nave Colmeia.”

Foda-se, esqueci disso. Ah, bem, o dever me chama. Mais tarde eu escalo essa árvore.

Deixando um beijo gentil no lábio inferior de Raguk, desci dele. O Uugazt lentamente relaxou seu aperto, observando-me o tempo todo, caso eu perdesse o equilíbrio. Feliz por ter sua atenção, sorri para ele.

“Guarde esse pensamento,” garanti a ele enquanto seus braços caíam e eu conseguia dar um passo para trás. “Retomaremos assim que eu terminar.”

“A Colmeia?” perguntou Raguk, com uma expressão de preocupação no rosto. “Eu posso te fornecer todos os guerreiros de que precisar. Você não precisa da Colmeia.”

Acariciei seu peito enquanto me virava e começava a caminhar em direção ao elevador que me levaria à ponte de comando. “Não preciso de guerreiros,” disse enquanto todos nós entrávamos no elevador. Era um pouco apertado, mas como eu estava no meio, realmente não ia reclamar. “Eu preciso de assassinos.”

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Sentei-me na cadeira do capitão e cruzei a perna direita sobre a esquerda. Minha perna estava totalmente exposta, a saia se abrindo como uma cortina para mostrar minha pele lisa e cremosa. Eu teria que ser extremamente cuidadosa ao me mover desta posição, se não quisesse mostrar tudo para o universo.

Ouvi alguns gemidos atrás de mim enquanto meus homens se mexiam, tentando aliviar a pressão entre as pernas. Eles não precisavam se preocupar, no entanto; eu estaria mais do que feliz em fazer isso depois de ter feito o que precisava fazer.

GA pegou o cobertor de pele preta e o colocou sobre meu colo. Não sabia se ele fez isso por ele próprio ou por mim, mas ele merecia um beijo por isso.

Ou talvez eu só quisesse beijá-lo.

É, aparentemente, eu ainda estava bastante excitada, mesmo depois de ter ficado com alguns dos meus homens um pouco mais de uma hora atrás.

Ajeitei-me para ficar confortável antes de voltar minha atenção para a lente da câmera no canto da ponte. “Estou boa. Pode colocá-lo na linha.”

“Saudações,” disse um lobisomem prateado enquanto ele aparecia na tela à minha frente. Ele rapidamente inclinou a cabeça antes de olhar ao redor. “Meia-noite não está aí?”

“Estou,” rosnou o homem em questão, deixando sua posição e vindo ficar ao meu lado. “E você a tratará como Luna.”

Prata pareceu surpreso por um segundo antes de voltar sua atenção para mim. “Minhas desculpas, Luna, eu não sabia.”

Assenti com a cabeça como se soubesse o que estava acontecendo e esperei que ele fosse ao ponto.

“Meu contato pediu que eu falasse com um indivíduo chamado O Caçador para encontrar uma nave Colmeia na área,” começou Prata, e eu pude sentir Ye’tab e Tha’juen se enrijecendo com suas palavras. “Infelizmente, quase assim que fiz meu pedido, O Caçador desapareceu, e não tive mais notícias dele desde então. O mesmo aconteceu com meu informante.”

Senti a tensão na sala aumentar significativamente com suas palavras, mas eu não os chamaria para perguntar o que estava acontecendo. Pelo menos, não até desligar o telefone metafórico.

“—E é por isso que levei tanto tempo para me reunir com você.” Prata é a Lua continuou a falar, mas infelizmente para mim, eu não ouvi realmente o que ele disse.

“Você os encontrou?” exigiu Meia-noite. Era engraçado vê-lo assim, como um verdadeiro homem Alfa. Para mim, ele sempre foi o brincalhão, o palhaço que conseguia me fazer sorrir. O Meia-noite que estava ao meu lado agora poderia fazer um homem adulto se mijar de medo. No entanto, eu estava me molhando por um motivo completamente diferente.

“O Caçador ou a Colmeia?” perguntou o outro homem, inclinando a cabeça para o lado.

“A Colmeia,” rosnou Meia-noite, claramente não impressionado com seu amigo no momento. Deitei a mão sobre seu antebraço e vi a tensão se esvair de seu corpo.

“Não importa,” eu o tranquilizei. “Agora temos os nomes de duas pessoas que podem nos ajudar a procurar.”

“Posso conseguir ainda mais,” grunhiu Raguk de onde ele estava ao lado de Da’kea. “Minhas naves cobrem toda seção do universo. Nada e ninguém pode se esconder sem que saibamos.”

Um sorriso explodiu em meu rosto com sua declaração. Como a Aliança poderia ser tão idiota a ponto de não trazê-lo para o seu controle na primeira oportunidade que tivessem? Bom, a perda deles era definitivamente meu ganho.

“Quão longe você está?” perguntou Meia-noite, seu tom já não tão áspero quanto antes.

“Ainda alguns catawrs,” veio a resposta imediata.

Meia-noite grunhiu e acenou com a cabeça. “Quando chegar, quero que você assuma a liderança.”

“Tenho duas naves atualmente voando em cada lado desta embarcação e outras 28 atrás dela,” interrompeu Raguk, claramente não satisfeito com o comando de Meia-noite. “Somos suficientes para protegê-la.”

“Sem mencionar que temos Sha Shou,” adicionou Jun Li pelos alto-falantes. “Isso faz 31 naves, sem nos incluir.”

“Prata pode assumir a liderança,” eu disse, pondo fim a qualquer discussão. As naves não importavam para mim. Poderia ser apenas nós ou 100 delas; tudo o que importava era que a Aliança fosse destruída.

Prata acenou com a cabeça antes da comunicação entre nossas duas naves ser encerrada.

A tensão continuou a se propagar ao nosso redor, e eu soltei um suspiro. “Não acho que nenhum de vocês seja mais forte ou mais fraco que os outros,” disse, imaginando se essa seria a razão do estresse de todos. “Tecnicamente, com todo o equipamento roubado e contrabando em Jun Li, somos suficientes por nós mesmos para enfrentar qualquer ameaça.”